Mensagens de Reflexão de Inveja

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Círculo Vicioso

Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
– "Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!"
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

– "Pudesse eu copiar o transparente lume,
Que, da grega coluna á gótica janela,
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!"
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

– "Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela
Claridade imortal, que toda a luz resume!"
Mas o sol, inclinando a rútila capela:

– "Pesa-me esta brilhante auréola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?"

Machado de Assis
Ocidentais (1901).

É mais fácil ter ciúmes de um amigo feliz do que ser generoso para um amigo que esteja na desgraça.

Não invejemos os que sobem muito acima de nós: a sua queda será muito mais dolorosa do que a nossa.

Quem sou eu? A alegria de quem me ama, a tristeza de quem me odeia e a ocupação de quem me inveja!

Eis minha dama. Oh, sim! É o meu amor. Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que és mais formosa que ela!

Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde é voltar ao Éden, onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz.

Anne Raver
Garden Notebook: A Loyal Friend, a Link to Paradise. The New York Times, 28 abr. 1994.

Nota: A citação costuma ser atribuída a Milan Kundera, mas, na verdade, pertence à colunista Anne Raver. A confusão acontece porque, no artigo em que publicou, atribuiu o pensamento à Milan Kundera. Mas, na verdade, era sua própria interpretação de outro pensamento do escritor.

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A sorte me acompanha, tenho corpo fechado à inveja, a intriga não me amarra os pés, sou imune ao mau-olhado.

Jorge Amado
Navegação de Cabotagem

O socialismo é a filosofia do fracasso, a crença na ignorância, a pregação da inveja.
Seu defeito inerente é a distribuição igualitária da miséria.

Winston Churchill
Never Give In! : The best of Winston Churchill’s Speeches, Hyperion, 2003

Nota: As duas frases pertencem a Winston Churchill mas foram proferidas separadamente.

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O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes e que têm como contraveneno: a caridade e a humildade.

Com a inveja e o ciúme, não há calma nem repouso para aquele que está atacado desse mal: os objetos de sua cobiça, de seu ódio, de seu despeito, se levantam diante dele como fantasmas que não lhe dão nenhuma trégua e o perseguem até no sono.

Falta de amigos - A falta de amigos faz pensar em inveja ou presunção. Há pessoas que devem seus amigos à feliz circunstância de não ter motivo para a inveja

Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão.
Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente, que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais
direito a nada.
Vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação.

Poucas coisas despertam tanto o lado negativo das pessoas e atraem tanto a inveja humana quanto o sucesso.

Se a inveja tem sono leve, não tem problema, porque quem me protege nunca dorme!

Wallace Vianna

Nota: Trecho da música "Eu Tiro Onda".

Não choro minhas perdas, nem temo a inveja e o olho gordo que me rodeiam. Sou de Deus, quem não é que se cuide!

Inveja

Perda de tempo
esforço a mais, em vão,
vendavais...
ódio mudo
contra-mão,
vento
que derruba tudo
ao chão.

Inveja é
luta desperdiçada
que arrebata o próprio vigor,
impedindo momentos
risonhos...amor.
A inveja puxa a vida
pra trás,
deturpa, divide,
produz tormentos,
ativa a ferida,
ainda mais,
acende lamentos,
tira a paz.

Quando nos sentimos ameaçados, a inveja, a cobiça ou o ressentimento que nos movem se tornam santificados, pois nos convencemos de estar agindo em defesa própria...

SONETO LXX
Se te censuram, não é teu defeito,
Porque a injúria os mais belos pretende;
Da graça o ornamento é vão, suspeito,
Corvo a sujar o céu que mais esplende.
Enquanto fores bom, a injúria prova
Que tens valor, que o tempo te venera,
Pois o Verme na flor gozo renova,
E em ti irrompe a mais pura primavera.
Da infância os maus tempos pular soubeste,
Vencendo o assalto ou do assalto distante;
Mas não penses achar vantagem neste
Fado, que a inveja alarga, é incessante.
Se a ti nada demanda de suspeita,
És reino a que o coração se sujeita.

Todos os tipos de aversão podem ser curados, menos aqueles que florescem da inveja.

Se nós invejamos os outros, eles por sua vez nos invejarão: o mal da inveja não conhece limites.