Mensagens de Morte

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Morte é que dá sentido à vida. Saber que os seus dias estão contados. Que seu tempo é curto.

⁠Com a morte bem à sua frente, você entende o verdadeiro significado de estar vivo.

Até uma pessoa encarar a morte, é impossível dizer se ela tem o necessário para sobreviver.

Aceitar a morte de alguém é difícil. Nós nos convencemos de que essa pessoa não podia morrer. Você pode tentar encontrar um significado da morte, mas só há dor. Um ódio insuportável. Mortes sem sentido... Ódio eterno e dor que não passa.

⁠A estrada para o inferno é pavimentada de boas intenções.

(Livro "A dança da morte")

Jogue as cartas, leia minha sorte, tanto faz a vida como a morte. O pior de tudo já passei.

Amigos vem, amigos se vão.
Mas os verdadeiros amigos, nem mesmo a morte os afasta de nós. São eternos e incondicionais.

Anjos caídos nos meus pés
Sussurraram vozes na minha orelha
Morte diante dos meus olhos
Deitada ao meu lado, eu temo
Ela acena para mim, devo me entregar?
Sobre o meu fim, devo começar?
Esquecendo por tudo que eu caí
Eu subo para conhecer o meu fim

Morte.

Não lhe peço que silenciem a sua dor, mas que silenciem o desespero.
Não espero que estanquem suas lagrimas, mais estanquem os altos níveis de angustia. A saudade nunca é resolvida, mais o desespero deve ser aquietado, pois não honra quem partiu.

Augusto Cury
O vendedor de Sonhos...
Alexandra Jardim

Quem morre por amor à vida e quem morre por amor à morte? [...] Obviamente um suicida é o oposto de um mártir. Um mártir é um homem que se preocupa tanto com alguma coisa fora dele que se esquece de sua vida pessoal. Um suicida é um homem que se preocupa tão pouco com tudo o que está fora dele que ele quer ver o fim de tudo. Um quer que alguma coisa comece; o outro, que tudo acabe.

Não poderás vencer a morte. Mas impõe-lhe a vida como um bandarilheiro e verás que muitas vezes ela marra no vazio.

A morte nunca se aprende, mas pode-se saber-se de cor. As guerras sabem-no. E as epidemias. E um simples agente funerário.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

A velhice não se me afigura, de modo algum, (...) o melancólico vestíbulo da morte, mas antes como as verdadeiras férias grandes, depois do esgotamento dos sentidos, do coração e do espírito que foi a vida.

A morte, que há-de vir para todos, chegará nobremente se dermos as nossas posses e a nossa vida para ajudar os homens a viverem.

Ao lado do homem vou crescendo

Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente

Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas

Ao lado do homem vou crescendo

E defendo-me da morte povoando
de novos sonhos a vida.

Ó morte, por que não és negada aos vis, / por que não és prémio apenas para os fortes?

Numa epidemia a morte é desvalorizada. Porque se não desvaloriza no nosso quotidiano, que é como se houvesse também uma epidemia, embora ao retardador?

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

Toda a gente forceja por criar uma atmosfera que a arranque à vida e à morte. O sonho e a dor revestem-se de pedra, a vida consciente é grotesca, a outra está assolapada. Remoem hoje, amanhã, sempre, as mesmas palavras vulgares, para não pronunciarem as palavras definitivas. E, como a existência é monótona, o tempo chega para tudo, o tempo dura séculos.

A morte é o final a que chegam todos os homens e que não se pode evitar com a precaução de ficar fechado em casa. O homem de coragem deve entrar nas empresas com uma confiança generosa e opor a todas as desgraças que o céu lhe envia uma coragem invencível.

Irmãos, a um mesmo tempo, Amor e Morte, / criarei a sorte. / Coisas assim tão belas / no resto do mundo não há, não há nem nas estrelas.