Mensagens de Autores Famosos
Era esboço também, nem por isso deixava de ser uma obra prima. Todo embrião de ciência tem esse duplo aspecto: monstro, como feto, maravilha, como germe.
Era um daqueles homens que se tornam curiosos unicamente em razão da sua longevidade, e que são estranhos porque noutro tempo se pareceram com toda a gente e agora não se parecem com ninguém.
Quando a ouviam falar, diziam: "É um policial"; Quando a viam beber, comentavam: "É um carroceiro"; Quando a viam dar ordens a Cosette, garantiam: "É um carrasco".
Com muito pouco trabalho, seria útil; é negligenciada, e por isso torna-se daninha. Então arranca-se. Quantos homens se assemelham à urtiga! (...) Não há nem ervas más nem homens maus. Só há maus cultivadores.
Ter um sorriso que - ninguém sabe a razão - diminui o peso da cadeia enorme arrastada em comum por todos os viventes, que queres que te diga? É divino.
Myriel teve que resignar-se à sorte de todas as pessoas que chegam a uma cidade pequena, onde é maior o número de bocas que falam do que cabeças que pensam.
A catedral era tão familiar ao corcunda que este se encontrava em todas as partes. Em tudo se via o homem que amava. Ele era a alma do monumento.
Existia entre os personagens grotescos esculpidos na parede um de quem Quasímodo gostava mais e com quem às vezes conversava. Uma ocasião a cigana ouviu-o a dizer: - Oh! Porque não sou de pedra como você!
Um raio de sol horizontal iluminava o rosto de Cosette, que dormia com a boca ligeiramente aberta, tendo o aspecto de um anjo a beber luz.
Tudo o que o rodeava, aquele jardim pacífico, aquelas flores odoríferas, aquelas crianças ruidosamente alegres, aquelas mulheres graves, e simples, aquele claustro silencioso, penetrava-o lentamente, e a pouco e pouco a sua alma compunha-se de silêncio como o claustro, de perfume como as flores, de alegria como as crianças.
As cidades, assim como as florestas, têm seus antros nos quais se esconde tudo o que elas encerram de mais temeroso e perverso. Com a diferença de que, nas cidades, o que assim se esconde é feroz, imundo e pequeno, isto é, feio: nas florestas o que se esconde é feroz, selvagem e grande, quer dizer, belo. Covil por covil, o dos animais é preferível ao dos homens. As cavernas são melhores do que as espeluncas.
Fomos contagiados por um vendedor de ideias que nos ensinou a não negar o que somos.
Antes desse contágo, éramos todos "normais", estávamos todos doentes. Queríamos de alguma forma
ser deuses, sem saber que ser deus é andar sobrecarregado, tenso, pesado, com o compromisso neurótico
de ser perfeito, de se preocupar com a imagem social, de dar importância vital para a opnião
alheia, de se cobrar, se punir, exigir. Perdemos a leveza do ser. Parecíamos zumbis engessados pelos nossos
pensamentos estreitos. Fomos educados para trabalhar, crescer, progredir e infelizmente
também para ser especialistas em trair a nossa essência no diminuto parêntese do tempo em que
existimos. Em que fábrica de loucura vivemos?
“ – Marco Polo, o mundo em que você vive é um teatro. As pessoas freqüentemente representam. Elas se observam o tempo todo, esperando comportamentos previsíveis. Observam gestos, suas roupas, suas palavras. A liberdade é uma utopia. A espontaneidade morreu.
Marco Polo jamais pensou que poderia encontrar sabedoria num maltrapilho. Recordou a primeira aula de anatomia, as palavras preconceituosas do seu professor, da psicóloga e da assistente social. Percebeu como somos superficiais ao julgar pessoas diferentes. Compreendeu a própria superficialidade.”
(O futuro da Humanidade - Página: 28)
A nossa maturidade intelectual está diretamente relacionada com a nossa capacidade de compreender que no fundo, mesmo que as pessoas nos decepcionem, elas são seres humanos que nós devemos valorizar e respeitar as diferenças, e acreditar que se nós não conseguimos ajuda-las a corrigir as rotas da vida, elas tem o direito de continuar sendo o que são, esperamos que as lições da escola na vida possam trazer-la a reflexão, o que a educação, o que os conselhos e as orientações não conseguiram fazer.
Um ser humano inteligente discute ideias. Um ser humano mediano discute comportamentos, como fatos, estilos e conceitos. Um ser humano superficial discute pessoas, quer dizer, suas roupas, projeção, imagem. Onde vocês se encontram?
Somos meninos brincando no teatro do tempo; todo conhecimento que temos, ainda não nos levou ao subsolo do nosso inconsciente.
Você faz faxina em seu escritório, em sua bolsa, em sua casa, mas não faz uma faxina em tudo o que perturba a sua alma. Você não desliga a sua mente, não gerencia seus pensamentos e vive fazendo velório antes de morto. O que significa isso? Significa sofrer por antecipação, viver problemas que ainda não ocorreram e que talvez nem ocorram.
Jamais diga: "O que estou fazendo neste mundo maluco? Não pedi para nascer!" Não é verdade. Você "optou" por nascer. Você não foi fruto passivo do seu pai e da sua mãe. Você "implorou" para nascer, lutou para nascer, batalhou para ter o direito à vida. A vida lhe pertence, você decidiu geneticamente por ela. Agora precisa decidir intelectualmente por ela. Nunca desista da vida!