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Sim. Uma mulher maravilhosa e solitária. Lutando sobretudo contra o próprio preconceito que a aconselhava a ser menos do que era, que a mandava dobrar-se.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Tanto esforço.

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"Novo amanhecer de Amor"

Em teus olhos, encontrei um novo amanhecer,
Um amor que faz meu coração florescer.
Tua presença é como uma doce canção, Um sentimento que me traz inspiração.
Cada momento contigo é uma descoberta, Uma jornada que aquece minha alma, sempre certa.
Em teus abraços, encontro meu lar, Um lugar onde quero sempre estar.
Nossas histórias se entrelaçam, assim como nossas mãos,
Neste novo amor, meu coração bate em tons suaves.
Com você, meu querido, o mundo é mais brilhante,
Um novo amor, eternamente
radiante.
Nossas histórias se entrelaçam, assim como nossas mãos,
Neste novo amor, meu coração bate em tons
suaves.
Com você, meu querido, o mundo é mais brilhante,
Um novo amor, eternamente radiante.
Que este sentimento cresça, floresça e perdure,
Um amor verdadeiro, tão doce quanto um
murmúrio.
Juntos, enfrentaremos o que o destino preparar,
Neste novo amor, juntos a voar.

"À medida que o sol se ergue em um novo dia, permita que seus sonhos fluam como as águas do mar, mergulhando neles com coragem e determinação. Pois é na busca incansável de nossos sonhos que encontramos a verdadeira essência da vida."

"Como um mestre da vida, use a arte do sorriso para se defender das tormentas, o poder do silêncio para resistir às provocações, e a maestria da indiferença para conquistar triunfos silenciosos."

"Só depende de nós quanto tempo levaremos para conquistar nossos objetivos.”

"Para se traduzir, é preciso afastar as línguas que feriram as melhores ideias a seu respeito. Fale a sua língua! Dite as suas regras! Assim, você ressurgirá!"

Acho que loucura é perfeição. É como enxergar. Ver é a pura loucura do corpo.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

As coisas foram feitas para serem ditas à luz do dia e se não se pode dizê-las é porque são de má qualidade.

Clarice Lispector
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016.

Nota: Trecho do conto Cartas a Hermengardo.

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⁠A mágoa

Os telhados sujos a sobrevoar
Arrastas no vôo a asa partida
Acima da igreja as ondas do sino
Te rejeitam ofegante na areia
O abraço não podes mais suportar
Amor estreita asa doente
Sais gritando pelos ares em horror
Sangue escoa pelos chaminés.
Foge foge para o espanto da solidão
Pousa na rocha
Estende o ser ferido que em teu corpo se aninhou,
Tua asa mais inocente foi atingida
Mas a Cidade te fascina.
Insiste lúgubre em brancura
Carregando o que se tornou mais precioso.
Voas sobre os tetos em ronda de urubu
Asa pesa pálida na noite descida
Em pálido pavor
Sobrevoas persistente a Cidade Fortificada escurecida
Capela ponte cemitério loja fechada
Parque morto floresta adormecida,
Folha de jornal voa em rua esquecida.
Que silêncio na torre quadrada.
Espreitas a fortaleza inalcançada.
Não desças
Não finjas que não dói mais
Inútil negar asa partida.
Arcanjo abatido, não tens onde pousar.
Foge, assombro, inda é tempo,
Desdobra em esforço a sua medida
Mergulha tua asa no ar.

Clarice Lispector
Diário de São Paulo, 5 jan. 1947. In: Moser, Benjamin. A Newly Discovered Poem By Clarice Lispector. Revista de Literatura Brasileira, n. 36, p. 37-46, ano 20, 2007.

Nota: Esse é um dos dois únicos poemas que foram publicados em vida por Clarice Lispector. Esse poema também tem uma versão em prosa publicado em “A descoberta do mundo” com o título A mágoa mortal. O outro poema publicado em vida pela autora é Descobri o meu país.

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⁠Ela era antes uma mulher que procurava um modo, uma forma. E agora tinha o que na verdade era tão mais perfeito: era a grande liberdade de não ter modos nem formas.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

⁠Talvez a divindade das mulheres não fosse específica, estivesse apenas no fato de existirem. Sim, sim, aí estava a verdade: elas existiam mais do que os outros, eram o símbolo da coisa na própria coisa.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

⁠As jovens mulheres saberão, então, que delas se espera o cumprimento do grave dever de ser feliz.

Clarice Lispector
Outros escritos. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Minha voz é o modo como vou buscar a realidade; a realidade, antes de minha linguagem, existe como um pensamento que não se pensa, mas por fatalidade fui e sou impelida a precisar saber o que o pensamento pensa. A realidade antecede a voz que a procura, mas como a terra antecede a árvore, mas como o mundo antecede o homem, mas como o mar antecede a visão do mar, a vida antecede o amor, a matéria do corpo antecede o corpo, e por sua vez a linguagem um dia terá antecedido a posse do silêncio.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por saritadeoli

Talvez desilusão seja o medo de não pertencer mais a um sistema. No entanto se deveria dizer assim: ele está muito feliz porque finalmente foi desiludido. O que eu era antes não me era bom. Mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. De meu próprio mal eu havia criado um bem futuro.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por fredvilar

rosas sao vermelhas
violetas sao azuis
camila eu te amo
me faça um lanche
nois

Inserida por Cooler

Dedico-me à tempestade de Beethoven. À vibração das cores de Bach. A Chopin que me amolece os ossos.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por leticiaroseira

Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é a resposta a meu – a meu mistério.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por leticiaroseira

Esta história será feita de palavras que se agrupam en frases e destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras e frases.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por leticiaroseira

Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” cairia estatelada e em cheio no chão. É que “quem sou eu?” provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por leticiaroseira

Eu às vezes tenho a sensação de que estou procurando às cegas uma coisa; eu quero continuar, eu me sinto obrigada a continuar. Sinto até uma certa coragem de fazê-lo. O meu temor é de que seja tudo muito novo para mim, que eu talvez possa encontrar o que não quero. Essa coragem eu teria, mas o preço é muito alto, o preço é muito caro, e eu estou cansada. Sempre paguei e de repente não quero mais. Sinto que tenho que ir para um lado ou para outro. Ou para uma desistência: levar uma vida mais humilde de espírito, ou então não sei em que ramo a desistência, não sei em que lugar encontrar a tarefa, a doçura, a coisa. Estou viciada em viver nessa extrema intensidade. A hora de escrever é o reflexo de uma situação toda minha. É quando sinto o maior desamparo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Conversa telefônica.

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Inserida por ZaidaMachado