Mensagem sobre Velhice
Conservar a esperança equivale a não envelhecer.A velhice é mais do que cabelos brancos e rugas.É sentimento de que é tarde demais, é o sentimento de que o palco já pertence a outra geração.A verdadeira doença da velhice não é o enfraquecimento do corpo: é a apatia da alma.
A velhice ridícula é, porventura, a mais triste e derradeira surpresa da natureza humana.
Nunca se está velho de verdade.
A velhice é subjetiva.
Está nos olhos cansados de quem vê...
De quem está cansado de sua própria vida.
A velhice pode ser o nosso tempo de ventura. O animal está morto, ou quase morto. Restam o homem e a alma.
A velhice não está nas rugas que o espelho nos mostra, mas na alma que precisa do espelho para ser feliz.
"Vá para casa, tome conta do negócio de seu pai, cuide de seus pais na velhice deles. Case com a moça que está à sua espera, seja leal, seja simples, seja humilde. Esconda sua virtude, viva em silêncio."
É na velhice que se entende a juventude
Na morte que percebe-se não haver preço para felicidade
Na solidão que se da valor a um abraço verdadeiro
Na fraqueza descobre-se a essência da verdadeira amizade
Quando pegarmos a estrada da velhice,que não aja espaço,para murmúrios e lamentações,e continuemos a caminhada,firme e forte,apesar das limitações,agradeçamos por chegar a envelhecer,porque quem não chega ,é porque já morreu.
Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice. E digo para você, não pense.(...)
Sei que alguém vai ter que me enterrar, mas eu não vou fazer isso comigo.
A velhice me dá certo medo. O medo de eu olhar pra trás, e descobrir quem eu realmente fui a vida inteira.
...da inocência da infância até à velhice extrema, continuará exatamente assim, só atribuindo interesse e grandeza àquilo que está a serviço da sua pessoa e da sua importância."
(in "Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas", Editora Siciliano, 1994. – Fonte: Templo Cultural Delfos)
Ontem eu era crianÇa, hoje tenho medo da futura velhice.
Ontem tinha sonhos (varios), hoje tenho medo de não realizar nenhum.
Ontem saia de casa sem volta, hoje quero minha casa para voltar todos os dias.
Ontem eu era um quadro branco, hoje sou um bloco de anotaÇoes, cheio, diga-se de passagem.
Ontem eu chorei por inseguranÇa, hoje também.
Ontem a vida parecia dificil, hoje ela se mostrou de fato.
Ontem eu tinha o que podia, hoje posso tudo que quero, basta buscar.
Ontem eu era indisciplinado, hoje...
Ontem eu amei, hoje já não sei.
Ontem eu era, hoje eu sou, amanhã estou tentar ser, por mim, voce, por nos.
Estou chegando à velhice... Com isto me preparo para ter corpo, espírito, coração e mentalidade velhos. Isso me ajudará a viver em harmonia, sem os atritos pessoais bastante comuns observados nos que não acompanham a idade. Não quero ser diversão garantida para os mais novos, crendo compor ainda sua geração. O que preciso, de fato, e todos quantos veem o tempo avançar sobre sua estrutura, é ter um conceito enxuto de velhice.
A juventude quer divertir-se, a velhice, trabalhar. Ninguém se casa só para ter filhos, mas, uma vez que os tem, eles o modificam e, no fim, ele percebe que tudo, com efeito, acontecera somente em função deles. Isso prende-se ao fato de que a juventude, sem dúvida, gosta de falar da morte, mas nunca pensa nela. Com os velhos, dá-se o contrário. Os jovens julgam que vão viver eternamente; daí, poderem reportar a si mesmos todos os seus desejos e pensamentos. Ao contrário, os velhos já perceberam que, num ponto qualquer, existe um fim e que tudo o que alguém tem ou faz só para si mesmo, acaba por cair no vazio e por ter acontecido em vão. Assim, necessitam de outra eternidade, bem como da crença de que não estão trabalhando unicamente para os vermes. Para isso existem mulher e filhos, atividades e cargos e pátria: para saber-se por quem é, afinal de contas, que suportamos a lida e o desgaste e as aflições cotidianas.
Meus castigos de infância se tornaram minhas metas: ir pra cama cedo, não sair da minha casa, não ir a nenhuma festa.