Mensagem Pesar Morte
O corpo
Reclama,Reclama,Reclama ,
Clama, você.
A morte se reaproxima.
Estou partindo, em breve.
Silenciosamente, sem alarde.
Quero poder me despedir de você.
Quando escrevo uma poesia fúnebre não tenho intenção de chocar, tampouco demonizar a morte. A intenção é mostrar que somente a morte é capaz de dar sentido à vida.
É, talvez a morte não seja tão ruim assim. Talvez ela seja apenas uma passagem dos corajosos para outra vida. Pois vai por mim, corajosos são os que optam pela morte proposital. Talvez, quando eu acordar lá, posso não sentir aquele vento frio da madrugada que só entrou por eu ter esquecido de fechar a janela do quarto de noite, mesmo depois de terem me lembrado. Ou aquele maravilhoso cheiro de terra molhada após uma leve garoa. Por que tanta dor no mundo? não precisa ser assim, não deve ser assim.. Me dói ao ver a doce inocência das crianças sendo retirada pela amargura da realidade. Me dói, ao ver que com tão poucos anos de vida posso pensar que minha vida é uma droga, e realmente é.
A morte é inexorável. No dia agendado por ela para te levar, ela não permite que outro vá em seu lugar.
Imagina-te a morte vindo a tua direção sem tu nada poder fazer nem se esquivar, Imaginou. ? Então fique atento essa hora irá chegar. "
A única riqueza que eu tenho é aquilo que a morte não pode me tirar. Por isso Deus e família são as minhas prioridades!
Morte te faço um pedido
Peço pra morrer em serviço
Desprezo o dia e a hora
Suplico apenas pela forma.
Que seja heroicamente!
Afogado numa enchente
Socorrendo minha gente
Asfixiado por fumaça
Doando oxigênio de meu recipiente
Soterrado nos escombros
Buscando sobreviventes
Queimado num incêndio
Protegendo inocentes
Sou Bombeiro
Pelo destino forjado
O pedido já foi feito
Esperando apenas o chamado.
Vício
À vício maldito este,
Que me levas a loucura,
Da morte que te cura,
No depenar da gravura,
Palavras ensaiadas,
Quentes cruzadas,
Dadas e pintadas,
Pelo sentir debruçado,
Há mesa sentado,
à vício maldito,
Que me impede de sair,
Enquanto não deixar escrito!
A causa revolucionária gera nos seus militantes uma resistência que termina apenas com a morte. Devemos e podemos resistir a qualquer tortura. O movimento revolucionário está cheio de exemplos que comprovam nossa tese. (1972)
tanto momentos que se passaram,
em minhas memorias sua face...
me lembra a morte me beijando,
envolta em sangue deixei tudo para te amar,
sois a vida que levei um templo
do qual ouvi notas tão baixas,
que senti seu coração...
cantar meu nome...
por décadas chamei todos....
para contemplar seu amor,
em chamas que abranda a solidão
de eras que me apaixonei...
Que seja forte,
que seja a morte,
que queime como o fogo
mas que marque,
que seja e esteja,
que mostre o quanto arde.
Que seja o oceano e o piano,
o inacabado e o não dito,
que seja a canção de Urano,
as estrelas,
infinito.
Que seja furacão,
trovão e
tormenta,
que traga tudo que restar,
mesmo depois da erupção,
da catástrofe mais violenta.
E que nunca seja terra,
nunca seja serra,
nasci para a guerra
e só nela posso dançar.
Lance sobre mim as quatro sensações;
seja a quinta.
Nunca deixe a calmaria me alcançar.
O modo como a morte advém revela muito sobre a pessoa.
Como diz o provérbio: os homens falam para esconder o que pensam.
CORTEJO
De que vale evitar a morte, indesejada
Se para o silêncio do chão é o fado
Pois, o que parte, no óbito é calçado
E com solidão a personagem é levada
Com que cortejo desfilar no cerrado
Se o culto deveria estar na jornada
No forrar o cascalho da árida estrada
E não suspiros ao morto derramado
Que importância terá a vida finalizada
Se o elo no amor, então, não foi selado
E tão pouco, a vida, daquele, foi amada
Pra nada adianta ter tarde vazio agrado
Se de volta ao pó, a alma é consagrada
Deixe as rosas de lado, e avance calado
Luciano Spagnol
Agosto de 2016
Cerrado goiano
Exalando vida perante a morte
Ele se agita ao som de uma fita
Exuberante e tal ele ouve Gal
Cantando uma Massa Real.
A morte não é uma necessidade do corpo que se deteriora, mas sim uma necessidade da alma que anseia por seu regresso de refazimento.
A morte invadiu a minha casa,
invadiu a minha vida e levou o meu coração.
Meu amor, minha vida, minha história,
o que fazer agora? O ar que respiro ficou pesado, meus olhos são poços d'água...
Meus dias são vazios e minhas noites solidão.
Por mais que eu procure, não encontro explicação. Olho para o mundo e vejo que ele acabou só pra mim.