Mensagem para Túmulos
Labirinto de sentimentos
Como queria eu ser fria como o mármore de túmulos
Pra não sentir o que sinto neste momento
A dor corroí a minh'alma
Inquietantes pensamentos me estrangulam
Na escuridão preciso achar uma fresta de luz
Perdida dentro de mim... Ando por labirintos
Me sinto dentro de um casulo esperando pela metamorfose
A cada lagrima que cai lavo minhas cicatrizes
A cada suspiro entre o choro a esperança aparece
Mas quando me lembro das palavras por mim proferidas
Voltaram a mim como lanças em meu coração
Com os olhos marcados de lagrimas caídas
Plantei e agora estou colhendo
Agora aqui estou eu presa em um coração de difusos sentimentos...
CONSTRUCCIÓN
poema de Oscar Portela
Sobre túmulos y lápidas
De abandonados cementerios,
Sobre lo sepultado y lo insepulto,
Sobre el horror visible e invisible,
Edificamos, Construimos.
Sobre las cicatrices y los duelos,
Gritos de ayer y ayees del mañana,
Perceptibles aún para el alma
Mortal, Construimos, Es la lactancia
De los lutos que se irán
Con nosotros a los mares,
Y que ninguna bendición divina
Salvará del invierno y de los
Hielos que apagarán la vida
Entre sus témpanos:
Las estériles
Lapidas, La Historia,
Bajo un cierzo inmortal y sin memoria.
¡Este es el Eclipse ya anunciado!
A fin de cuentas construir moradas
Sobre tierra de muertos
Que aún derivan es construir ficción
En tierra extraña.
Agindo
Falando perfeitamente, de modo incoerente... passando ao lado dos túmulos e resgatando na memória a imperfeição de toda gente, que é frequente...
Aumentando mais o som do silêncio da ausência, diminuindo a vacância e a maledicência...
Aproveitando cada ocaso do acaso, matando qualquer lágrima do rosto, suprindo qualquer marca de desgosto...
Usufruíndo da velha dor já rejeitada, conspirando contra qualquer palavra alterada e alternada...
Lançando toda a loucura contra os lastros do pensamento lógico, buscando a quimera de um sonho mágico e jogando fora tudo o que é trágico...
"A gratidão está fora de moda. O "muito obrigado", deixou de existir. Os túmulos estão floridos. O remorso ronda a vida."
Os túmulos dos faraós as promessas que repudiamos, pegadas sob a terra vermelha da floresta prata.Servos de nossas ilusões. Afoguem todos os sonhos, sufoquem eles até arrancarem a ultima lágrima...
PEDRAS DA ESTRADA
Caminhas sobre túmulos de antepassados como quem desconhece a história.
Espanta-se com a sombria noite e mesmo sabendo que fomos feitos para o sereno, choras gastando as pedras da estrada.
Onde os cálcios são armazenados,
as criaturas vagueiam, seus pensamentos para os túmulos, no despertar profundo da consciência, admitem timidamente os erros, mas, seus orgulhos, os ferem
Escapam da luz celestial eretornam ao entorno terreno, como se não conhecessem a si mesmos;
Depositam preces no recipiente dos falecidos, deixando a verdadeira prece de caridade, esquecidas no mundo das encarnações;
Depois, saem pelo portal, sentindo-se estranhos, culpam os espíritos perturbados, sem darem conta, de suas próprias perturbações de consciência enfermas.
Feliz do governante e da Nação que verdadeiramente; não na hipocrisia,
Não como túmulos caiados, têm o Senhor Nosso Deus como pedra angular.
Jamais se corromperá ou ruirá. Amém???????
Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Último poema
Nestes lugares desguarnecidos
e ao alto limpos no ar
como as bocas dos túmulos
de que nos serve já polir mais símbolos?
De que nos serve já aos telhados
canelar as águas de gritos
e com eles varrer o céu
(ou com os feixes de luar que devolvemos)?
É ou não o último voo
bíblico da pomba?
Que sem horizonte a esperamos
em nossa arca onde há milénios se acumulam
os ramos podres da esperança.
O que te leva a caminhar
Nua entre túmulos
Eu não sei ......
Que pesadelo.
E pensar
Não tenha medo
Aqui estamos todos nus
Desprovido dos nossos corpos
Até nossa alma vaga
Mas a porta da saída é logo alí
Eu tô vendo
Estou viva
Tenho que andar
Não posso parar
Mesmo ao luar
Me se sinto congelar
Vou para o meu lar
Tem rua, tem casa
E a rua é logo ali
Eu vejo a saída
Nesse penar
No chão vejo
Veste branca
Suja
Estou nua
Tenho medo
De contaminar
Mas ...tenho que sair
A rua é logo ali
Não posso ficar nua a rua é logo ali
Sai na rua
Estou a caminhar e vagar
Não consigo chegar
Preciso lembrar de chegar no lar
Túmulos. Passeio triste, túmulos, muitos túmulos . Sonhos!!!!! Inacabados Enterrados. Em túmulos, muitos túmulos Tristeza de ver ....... E não querer ver....... Túmulos e muitos túmulos. Nascer, não é para todos. Viver não é para todos.
Crescer não é para todos Morrer é para todos. E nesse morrer ....nós igualamos....
Ninguém briga pelos túmulos do cemitério. Qual o mais bem localizado, na sombra, de frente pra rua, pro nascente, embaixo de uma árvore, na frente, atrás, no meio. Vaidade inútil, aliás, a última. Plantadas na terra, choro de praxe, por conveniência, alguns elogios, meditação sobre a transitoriedade, fragilidade, da vida, só na hora, depois, tchau. O sol não deixará de brilhar por causa de tu, seu lugar sera facilmente ocupado, disfarçado alivio até pra alguns, até, pode crer. Uma vaga de emprego a mais, mais comida sobrando, um a menos. Nem Tomaz edison que inventou a lâmpada elétrica, nem Santos Dummont o avião, nem um artista famoso de televisão, irão ser lembrado toda hora, chorarão todo dia, não viverão sem, fez falta por causa disso. Quanto mais um reles palito da caixa de fósforo, ínfimo grão de areia entre um milhão, mais um cidadão.
"Pena que os túmulos mintam ou, no mínimo, omitam. Se contassem a verdade, permitiriam que os mortos fossem professores dos vivos: 'Aqui jaz uma besta que pagou com a vida para aprender a não ser otário'."
("Eu matei JK". Editora Pandectas)
Correndo por entre os túneis e túmulos de Saqqara, Teti inimaginava quão triste era aquele lugar, queria mesmo era brincar com seus amigos, ele, que era filho da realeza, acabara de aprender a ler e escrever e num acaso encontra um pergaminho escondido em uma rocha, curioso, desenrola o papiro e interpreta a mensagem: Eu quero voar.
Existem certas pessoas que possuem uma capacidade tremenda de colocar túmulos na bondade de outras pessoas. Se quiser provar isso, é só pensar na quantidade dos ingratos que te rodeiam. C. F. 2021.
Pais que matam seus filhos, crianças que se calam em túmulos caiados. No funeral, lá estão eles: os pais de ferro enferrujados. Como carrasco de arma erguida, choram semelhante a um ritual ensaiado.
Túmulos não foram construídos somente para receber flores nem para colher lágrimas, mas para receber dignamente e principalmente aqueles que entenderam a real proposta de aperfeiçoamento carnal para o recebimento de um grande aporte espiritual
SONETO DOS FINADOS
Dia dos mortos, túmulos... Finados!
Dois de novembro, fé, um ritual.
Almas no céu? Inferno? Funeral.
Cemitérios, os corpos enterrados.
Covas, ossadas, pó... desencarnados!
Orações, rezas... Um tempo no umbral.
Lamentações, espírito imortal...
Mortes, óbitos, ciclos acabados.
Desafinados, só boas lembranças?
Ó sumida pessoa falecida,
Aos teus filhos deixaste uma herança?
Fecha caixão, velório, despedida.
Anos se vão... A única esperança:
Reencontrá-los no além, fim da vida.
Quem diria que um dia haveriamos de ter que abrir túmulos dentro da gente para enterrar pessoas que nos fizeram mal, sem se quer ter um justo motivo.