Mensagem para Pessoa de 90 anos
Se entregue ao momento, ele tem mais a oferecer que seus medos, que são receios, decepções, uma realidade que nem chegou a acontecer, e que talvez, nunca acontecerá
Aprender a ter independência é de extrema importância
Porque, como iremos viver nossas vidas
Se somos todos pendurados e cheios de carência???
Antes de magoar ou julgar, não se esqueça
Vai valer a pena a vida e os sentimentos de alguém quebrar e arrasar?
O melhor da música
É sentir
Como um lindo caos e loucura
Que passeiam como uma montanha russa
Dentro de si
Será que é realmente certo, só porque eu acredito ser certo?
Se eu cedesse e fizesse diferente, eu mudaria de idéia?
Quando você deixa de enxergar tudo como bom ou mau
Ironicamente, você vai descobrindo o que é ou não normal
Pois você foi descobrindo sem apontar o dedo
Você mesmo sentiu isso no momento
Então, que tal a gente experimentar mais, e julgar menos?
O mundo não é perfeito
Mas como diria Clarisse Lispector "As emoções que podemos deixar duram uma eternidade"
E isso vale muito mais apenas, pois viver, é aprender a ser e feliz e ter liberdade
Esperança é um menino de pés descalços brincando entre nós. Não se contenta em esperar, mas age com a simplicidade dos pequenos gestos. Vive o presente como quem descobre um inseto no quintal, agradecendo ao passado sem se deixar aprisionar por ele. O passado é um rio. A vida segue. O futuro deve ser olhado com a calma de quem observa nuvens. Algumas coisas mudam com nossas mãos; outras, como o tempo, nos cabe aceitar. Isso é esperança.
À margem, aguardo o repouso do rio.
Ao ouvir o murmúrio de suas águas, aquieto-me.
Sinto um amalgama de esperanças futuras
e temores imediatos.
Transbordo.
Rompo diques, mas nunca é o suficiente.
Estou exausto!
Reprimo-me.
Sustento um pequeno universo.
Será que algum dia alcançarei minha margem?
E, ao lá chegar, poderei finalmente descansar?
E, nesse merecido repouso, encontrarei
ouvidos ávidos por meus murmúrios, com o intuito de descobrir neles a sua própria serenidade?
À margem, aguardo o repouso do rio...
Estrela
Ah,
como são belos esses fragmentos de luz própria
que insistem em brilhar mesmo já findos há muito.
Estrela,
enganas o tempo,
este que a tudo destrói menos teu brilho.
Tu,
luzeiro meu,
tal qual tapete celeste,
és aquilo que termina, mas em mim nunca acaba.
Fotossíntese
Assim que a vida floresce, dissipa-se a névoa,
Sentimento de raiz, movimento de folha.
Aprofunda-se na terra, água e sais. Embriaga-se e se perde em si.
No tocar dos raios, folha e fruto,
A luz que amadurece o verde,
Alimenta a distância. Clorofila.
As folhas umedecem as margens.
Deixe-as,
Em silêncio, crescendo.
A luz não carrega limites. Transcende e vira sentido. Sacralidade.
Para a savana de herbívoros pastando,
Alimento. Para um rio sem correnteza, Continuidade.
Serve de abrigo nas copas,
Sombra em seus meios.
Em feixes e cores, no desabrigo de Imagens encontra-se o manto verde.
Um aroma úmido,
um pequeno nada,
exala o singular cheiro de terra molhada.
Composto de chão de terra, britas e
fragmentos do cotidiano.
O perfume da chuva
tem aroma de óleo de sândalo,
restaura lembranças
ao passo que apaga os rabiscos do chão.
Perfuma o vento
no entardecer das cores,
limpa a lousa da calçada e da vida,
hidrata nossa esperança
e restaura nossos sonhos.