Mensagem para Pessoa de 90 anos

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Can anything be filthier, dirtier than a pig?
If you speak of external things, no.

Pode alguma coisa ser mais imunda, mais suja do que um porco? Se estivermos a falar de coisas externas, não.

(Aforismos e afins)

Inserida por carlosmachado67

Deu-me Deus o seu gládio, porque eu faça
A sua santa guerra.
Sagrou-me seu em honra e em desgraça,
Às horas em que um frio vento passa
Por sobre a fria terra.
Pôs-me as mãos sobre os ombros e doirou-me
A fronte com o olhar;
E esta febre de Além, que me consome,
E este querer grandeza são seu nome
Dentro em mim a vibrar.

Inserida por rapha777

A Íbis, a ave do Egipto
Pousa sempre sobre um pé
O que é
Esquisito.
É uma ave sossegada,
Porque assim não anda nada.

Inserida por carlosmachado67

Eu não aprendi a ser fria
Sério, aprendi mesmo não
Mesmo em meio a atitudes hostis
E ferida pela indiferença
Não aprendi a arte da frieza
Livre estou, livre estou
Mas meu coração é fogo
E meu signo é de água salgada
No líquido que brota dos olhos
Nas ondas que pulo no mar
Não apreenderei a ser fria
Pois vale a pena se aventurar
Por novas histórias de vida
Em vidas que não irei mudar
Só contemplar, pois há tanta força
Tanta beleza, que afogo as tristezas
Que esqueço as mentiras
E torno a acreditar
Mas como tudo tem limites
Nem venha com novos palpites
Tenho fé nas palavras
Que vem de outras bocas
Que falam mais e melhor que você.

Inserida por belapessoa

Poetizar:
Ato de transborda-se;
Ato de transforma-se;
Em versos diversos
E de versos em versos
Mostrar-se sem obrigação
A mais pura libertação

Inserida por belapessoa

Para mim você não é rei
Nem réu
Meu julgamento acabou
Para mim você é lembrança
E como ando desmemoriada
Querido, lamento
Mas não és mais nada.

Inserida por belapessoa

A vida só melhora quando
Cremos que pode melhorar
Caso contrário
Afogamos o sentir
Escondemos o amar

Inserida por belapessoa

E então aquela sensação de impotência vem de repente e lhe arrasta por horas a fio. Você não sabe porque ou de onde, só vem, como se nada tivesse um destino ou objetivo. Como se a morte já tivesse lhe atingido, e lhe atingiu de certo modo. Estamos todos jogados na vida sem certeza de para onde vamos, o resto são apenas especulações.

Inserida por belapessoa

Corro, corro, corro

Com a perna já doída
Paro arrependida
Não posso voar
Meu corpo me limita
E a alma aqui fica
Querendo ir ao ar

Ter um lar pra chegar
Bênção que limita
Um espelho que me imita
E não tenho por onde andar

Ainda tem o Estado
Que não ver o meu estado
Quer em tudo me cobrar
E não tenta fazer essa venda
Que limita-me a renda
Não tenho como comprar

Então amigo
Você sendo secreto
Ou sendo explícito
Pensa comigo
Também vais me limitar?
Dá licença que eu vou passar

Inserida por belapessoa

Que essa tranquilidade que eu tenho na minha alma
E a essa paz que eu trago no meu silencio
Que essa diversão que eu trago em minha mente
E essa alegria que eu trago no meu ser
Que esse ritmo bagunçado de ser ver
E essa vontade de dançar lentamente com você
Te vejo em meus braços
Dessa imaginação tão boa eu trago a pureza
de uma vida simples que eu quero levar pra todo sempre com você.

Inserida por Leveamor

Ah, sua boba. Olha você novamente se lamentando sobre teus sofrimentos. Eles não te fizeram mais forte? Abra um sorriso e agradeça a todas as pessoas que amarguraram seu coração. Hoje você é o que é por causa delas.

Inserida por flobellapessoa

Ah, sua boba. Ninguém te conhece mais que teu travesseiro. Chora, chora, isso te faz bem. Não se faça de durona. Vai ver-se no espelho como você é mais forte que ontem.V ista-se de você e não se preocupe. Amanhã você chorará novamente, depois de dançar e encontrar a paz.

Inserida por flobellapessoa

Ah, sua boba. Triste e coitadinha cismada em sofrer mesmo aparentando um sorriso largo e displicente,sempre! Ei durona, que te resta então? Dançar na tempestuosa saudade de tudo aquilo que não fez, que não viveu estampando teus pés calejados de angústias que nunca sararão.

Inserida por flobellapessoa

Ah, sua boba. Você ainda espera um dia alguém que compreenda teus mistérios e urgências, que toque tua alma com calma. Mal sabe que cada desejo teu é devaneio, pois quem tem alma não tem calma. Tu, o que tens – a alma! Mas atrevida como sei que é continuará nessa odisseia. Garota burra!

Inserida por flobellapessoa

Você é tudo o que você procura. Apenas pense bem. depende de você para tudo acontecer.

Inserida por Leveamor

Tem gente que quando eu vou falar com elas, elas se sentem a última coca-cola do deserto.
Mas eu não bebo refrigerantes (Risos)

Inserida por Leveamor

Tão calma é a chuva que se solta no ar
(Nem parece de nuvens) que parece
Que não é chuva, mas um sussurrar
Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece.

Inserida por felipejs

A cor das flores não é a mesma ao sol de quando uma nuvem passa ou quando entra a noite.
(Do livro Fernando Pessoa Obra Poética II, Coleção L&PM, Organização: Jane Tutikian, pág. 69.)

Inserida por portalraizes

O cego e a guitarra

O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.

Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.

Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.

Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.

Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.

Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.

Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)

Inserida por portalraizes

Abat-Jour
A lâmpada acesa
(Outrem a acendeu)
Baixa uma beleza

Sobre o chão que é meu.
No quarto deserto
Salvo o meu sonhar,
Faz no chão incerto
Um círculo a ondear.

E entre a sombra e a luz
Que oscila no chão
Meu sonho conduz
Minha inatenção.

Bem sei... Era dia
E longe de aqui...
Quanto me sorria
O que nunca vi!

E no quarto silente
Com a luz a ondear
Deixei vagamente
Até de sonhar...

(Extraído de Cancioneiro – PDF Ciberfil Literatura Digital - Página 7)

Inserida por portalraizes