Mensagem para Filha

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Amor, afeto e entusiasmo podem sempre ser oferecidos sem medida ou dosagem, quanto maior a oferta, mais positiva a atmosfera. Mas o elogio deve ter a medida do sucesso, seu sorriso é reforçador, é expressão máxima de satisfação, na educação, utilizá-lo é recurso que pode gerar segurança para a criança adquirir novas habilidades.

Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você. Antes que eu morresse de amor. Matei você.

Claro que se o dinheiro falta, se a saúde vacila, se o amor arma alguma cilada, seu desejo de rir será pouco. Mas combata a depressão. Cultive o bom humor, como quem cultiva um bom hábito. Esforce-se para ser alegre. Afaste os sentimentos mesquinhos que provocam o despeito, a inveja, o sentimento de fracasso, que são origem de infelicidade. Adote uma filosofia otimista, eduque-se para ser feliz.(…) Seja feliz, se quer ser bonita!

Clarice Lispector
Correio feminino. Rio de Janeiro: Rocco, 2013.

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada. (…) Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.

Martha Medeiros

Nota: Trechos de crônica de Martha Medeiros.

Vou procurar um amor bom para mim - no qual me reconheço e me reencontro, me refaço e me amplio, me exploro, me descubro.

O amor não precisa de memória, não arredonda, não floreia:
faz forte estilo. E fim.

Quilometros importam na matématica,idade so para dirigir,e peso pra nutricionista.Mas no amor so importa os sentimentos.

O amor simplesmente é... Não há definições. Amor. E não faça perguntas demais. Apenas ame.

Ele a olhou. Ela, louca de amor por ele, não o reconheceu. Ele havia deixado de ser ele: transformara-se no símbolo sem face nem corpo da paixão e da loucura dela. Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais, objetivamente. Existia apenas dentro dela.

Que setembro venha com bons ventos, que me traga sorte e amor, que não me deixe sofrer...

Vou ensinar uma coisa sobre o amor para você.
Claro que há exceções para o que vou dizer, mas são exceções, não a regra.
O amor, apesar do que dizem, não vence tudo.
Ele nem mesmo costuma durar.
No final, as aspirações românticas da nossa juventude, são reduzidas a ao que pode dar certo.

Você me fez entender o que as pessoas diziam sobre o amor ser difícil, mas valer a pena.

O amor maduro...
É feito de compreenção, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto
e a forma adulta de ser sublime e criança.
É sol de outono: nítido mas doce.
Luminoso sem ofuscar.
Suave mas definido. Discreto mas certo.
Um sol, que aquece até queimar.

Escrever e ler são formas de fazer amor. O escritor não escreve com intenções didático-pedagógicas. Ele escreve para produzir prazer. Para fazer amor. Escrever e ler são formas de fazer amor. É por isso que os amores pobres em literatura ou são de vida curta ou são de vida longa e tediosa.

Eu acredito no amor. Não como uma salvação.
Mas como um prêmio de quem consegue se achar.
E se conhecer.

Ainda é cedo e eu preciso de amor. Só um pouquinho de amor... Quero que ele veja o quanto mudei por causa dele, na esperança de que seu riso congelado saia do automático e eu ganhe um único sorriso verdadeiro... Talvez meu amor tenha aprendido a ser menos amor só para nunca deixar de ser amor.

Tenho coragem? Por enquanto estou tendo: porque venho do sofrido longe, venho do inferno de amor mas agora estou livre de ti.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Os botões fragrantes ás vezes dão abrigo a lagartas; o amor devorador, de igual maneira, demora nos espíritos sublimes.

Há sempre um perigo no amor que tem utilidade. Enquanto o outro exerce uma função na nossa vida, corremos o risco de não experimentar o amor gratuito(...) A utilidade pode parecer amor, mas não é. Amor que se fundamenta na utilidade que o outro tem corre o risco de se transformar em abandono num futuro próximo.

Padre Fábio de Melo
Tempo de esperas - O itinerário de um florescer humano

É que, quando amávamos, eu não sabia que o amor estava acontecendo muito mais exatamente quando não havia o que chamávamos de amor. O neutro do amor, era isso o que nós vivíamos e desprezávamos.

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.