Mensagem de Otimismo e Fé

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Nem temor nem esperança assistem
Ao animal agonizante;
O homem que seu fim aguarda
Tudo teme e espera;
Muitas vezes morreu,
Muitas vezes de novo se ergueu.
Um grande homem em sua altivez
Ao enfrentar assassinos
Com desdém julga
A falta de alento;
Ele conhece a morte até ao fundo —
O homem criou a morte.

Nada a retinha, nem o medo. Mas mesmo que agora se aproximasse a morte, mesmo a vileza, a esperança ou de novo a dor. Parara simplesmente. Estavam cortadas as veias que a ligavam às coisas vividas, reunidas num só bloco longínquo, exigindo uma continuação lógica, mas velhas, mortas. Só ela própria sobrevivera, ainda respirando. E à sua frente um novo campo, ainda sem cor a madrugada emergindo. Atravessar suas brumas para enxergá-lo. Não poderia recuar, não sabia por que recuar.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Sem um pensamento: apenas corpo se movimentando calmo, rosto pleno de uma suave esperança que ninguém dá e ninguém tira.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A criada.

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Só não esqueça que por trás do desespero das palavras existe a esperança de ver tudo mudar.

" E tento me vestir sem carregar a esperança de esbarrar com você por aí."

A tristeza é uma telha quebrada na casa da nossa vida, mas a esperança é um cobertor que nos protege.

Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda.

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como essas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.

Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança.

Winston Churchill
CHURCHILL, W., Churchill by Himself, ed. Langworth, PublicAffairs, 2008

A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte.

As esperanças são como as estrelas: brilham, mas não trazem luz; lindas, mas ninguém as alcança.

Não acredito em milagres, mas acredito na fé. Acho importante cultivar a esperança e valorizar o pensamento positivo, os valores fundamentados, a força de vontade, a paixão, a solidariedade. O que atrasa o mundo é gente transformando fé em fanatismo. Fanáticos são os que doam seu suado dinheirinho para salvadores da pátria, são os que esfolam os joelhos subindo escadarias para agradecer uma graça alcançada. Graças são alcançadas pela medicina, pela sorte, pelo trabalho e pela inteligência: nunca pela ignorância.

Martha Medeiros

Nota: Crônica: Relações de fé - Livro: Montanha Russa

A fé, esse puro facho que aprisiona o temor, essa palavra de esperança escrita na última página, esse batel no qual pode salvar-se a tripulação...

Ter fé é acreditar naquilo que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita.

Sonhos podem, sim, se tornar realidade. Você só precisa acreditar e lutar por isso. A fé e a persistência nunca decepcionam.

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já me não dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa
Poesias Inéditas (1930-1935). Lisboa: Ática. 1955. (imp. 1990). página 31

Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.

Minha fé é no desconhecido, em tudo que não podemos compreender por meio da razão. Creio que o que está acima do nosso entendimento é apenas um fato em outras dimensões e que no reino do desconhecido há uma infinita reserva de poder.

Charles Chaplin
My Autobiography, p. 291

Nota: História de Minha Vida (My Autobiography) Charles Chaplin; tradução de Raquel de Queiroz, R. Magalhães Júnior e Genolino Amado; 3ª ed, Rio de Janeiro, Editora Livraria José Olympio, 1965

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Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez.

Caio Fernando Abreu
Livro Morangos Mofados

Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.