Mensagem de Mãe Homenageando Seu Filho

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O amor de mãe é o combustível que capacita um ser humano comum a fazer o impossível.

Toda a mulher acaba por ficar igual à sua própria mãe. Essa é a sua tragédia. Nenhum homem fica igual à sua própria mãe. Essa é a sua tragédia.

Os braços de uma mãe são feitos de ternura e os filhos dormem profundamente neles.

Persistência é a irmã gêmea da excelência. Uma é a mãe da qualidade, a outra é a mãe do tempo.

O amor entre marido e mulher é uma grossa bandalheira. É degradante que um homem deseje a mãe de seus próprios filhos.

A miséria de uma criança interessa a uma mãe, a miséria de um rapaz interessa a uma mulher, a miséria de um velho não interessa a ninguém.

Perder um pai ou uma mãe, senhor Worthing, pode ser considerado um infortúnio; mas perder ambos parece descuido.

Quando você é mãe, você nunca está realmente sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre tem que pensar duas vezes, uma por ela e outra por seu filho.

Sophia Loren

Nota: Trecho de "Mom to Mom: A Valuable Collection of Tips and Hints for the Mother-To-Be and the New Mother".

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Os espíritos ainda não encontraram uma palavra para definir a dor de um coração de mãe quando perde um filho.

Se a guerra é uma coisa horrível, não seria o patriotismo a ideia-mãe que a nutre?

A minha mãe gerou-me infeliz.
Invejo os mortos, amo-os ardentemente,
aspiro a morar em suas casas.

Mãe

Mãe - que adormente este viver dorido,
E me vele esta noite de tal frio,
E com as mãos piedosas até o fio
Do meu pobre existir, meio partido...

Que me leve consigo, adormecido,
Ao passar pelo sítio mais sombrio...
Me banhe e lave a alma lá no rio
Da clara luz do seu olhar querido...

Eu dava o meu orgulho de homem - dava
Minha estéril ciência, sem receio,
E em débil criancinha me tornava,

Descuidada, feliz, dócil também,
Se eu pudesse dormir sobre o teu seio,
Se tu fosses, querida, a minha mãe!

Nunca houve criança tão amável a ponto da própria mãe não ficar satisfeita ao conseguir adormecê-la.

O amor é filho da pobreza e da riqueza: da pobreza, porque constantemente pede, e da riqueza porque constantemente se dá.

Você é jovem, meu filho, e, com o passar dos anos, o tempo vai mudar e até mesmo reverter muitas das suas opiniões presentes. Abstenha-se, portanto, um tempo de configurar-se como um juiz dos maiores assuntos.

Reconstruindo o mundo

O pai estava tentando ler o jornal, mas o filho pequeno não parava de perturbá-lo. Já cansado com aquilo, arrancou uma folha - que mostrava o mapa do mundo - cortou-a em vários pedaços, e entregou-a ao filho.

“Pronto, aí tem algo para você fazer. Eu acabo de lhe dar um mapa do mundo, e quero ver se você consegue montá-lo exatamente como é”.

Voltou a ler seu jornal, sabendo que aquilo ia manter o menino ocupado pelo resto do dia.

Quinze minutos depois, porém, o garoto voltou com o mapa.

“Sua mãe andou lhe ensinando geografia?”, perguntou o pai, aturdido.

“Nem sei o que é isso”, respondeu o menino. “Acontece que, do outro lado da folha, estava o retrato de um homem. E, uma vez que eu consegui reconstruir o homem, eu também reconstruí o mundo”.

Quando o filho aprende com o pai, ambos dão risada. Quando o pai aprende com o filho, ambos choram.

Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças. E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder.

As crianças chatas

Não posso. Não posso pensar na cena que visualizei e que é real. O filho que está de noite com dor de fome e diz para a mãe: estou com fome, mamãe. Ela responde com doçura: dorme. Ele diz: mas estou com fome. Ela insiste: durma. Ele diz: não posso, estou com fome. Ela repete exasperada: durma. Ele insiste. Ela grita com dor: durma, seu chato! Os dois ficam em silêncio no escuro, imóveis. Será que ele está dormindo? - pensa ela toda acordada. E ele está amedrontado demais para se queixar. Na noite negra os dois estão despertos. Até que, de dor e cansaço, ambos cochilam, no ninho da resignação. E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Soneto

Ao meu primeiro filho nascido morto com 7 meses incompletos. 2 fevereiro 1911.

Agregado infeliz de sangue e cal,
Fruto rubro de carne agonizante,
Filho da grande força fecundante
De minha brônzea trama neuronial,

Que poder embriológico fatal
Destruiu, com a sinergia de um gigante,
Em tua morfogênese de infante,
A minha morfogênese ancestral?!

Porção de minha plásmica substância,
Em que lugar irás passar a infância,
Tragicamente anônimo, a feder?!...

Ah! Possas tu dormir, feto esquecido,
Panteísticamente dissolvido
Na noumenalidade do NÃO SER!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.