Mensagem de Lamento muito
Mágoa
É preciso o aceitar do tempo
Até que todo vivido lamento
Liberte das amarras o seu coração
E que a mágoa que hoje te ganha
Saia da sua alma e suas entranhas
E lhe deixe livre ter paz de viver.
Amo o Brasil, amo na verdade todos os Brasis só lamento que ainda sejam tão distantes em realidade, igualdade e oportunidade, uns dos outros.
Lamento se existem pessoas que não compreendem quando não digo o que querem ouvir ou simplesmente para não as magoar me calo, porque a verdade nem todos têm a capacidade de a ouvir e refletir nela!
Lamento sua inconsolável tristeza,
Aceite meus sinceros sentimentos...
A morte é sempre uma infeliz surpresa,
Resta lembrar com amor, de quem segue outras etapas da vida com certeza...
Engana-se quem pensa que pássaro na gaiola canta. O que você ouve nada mais é que um lamento pela ignorância do humano que o aprisionou dentro dela.
“” Lamento por todas as pessoas
Que não viveram um grande amor,
Que tiveram lutas, dores e até amores,
Mas não tiveram um grande amor.
Lamento por todos os infelizes do mundo
Um imundo latifúndio de seres
Que agonizam na mesmice seus eus
Solitários a vagar num mundo de abismos
Felicidade, utopia ou piada que nem sei
Lamento pela vida perdida
Entre sonhar e tentar viver
Acomodar-se ou se debater
Lamento pelos desejos controlados
Pelos beijos guardados
Nos baús da solidão
Lamento por todos
Sorrisos negados
Por todos os olhares apaixonados
Que não se encontraram
Lamento enfim
Lamento pelo desamor
E lamento também por mim...””
É o lamento não equivocado
em um momento, a revelação
a fé, a ordem, a custa,
todo ser, merece atenção
entretanto, a tábua da vida é gelada
e procria, sem dimensão
resta-nos as lembranças dos momentos vividos
e a esperança, de que um dia
nos veremos outra vez
as pétalas no chão, choram nossa saudade
e o venta uiva a última canção...
Dor e lamento deixo para a hora da desgraça, agora quero graça; quer vida boa!? Então faça! Eu arrancoa carapaça deste mundo de trapaças!
Eu vejo o sorriso de Deus na face de uma criança feliz. Vejo também o Seu lamento, quando ela sofre abandono e restrição quanto ao acesso daquilo que lhe é pertinente.
Se você deseja ver com mais frequência o sorriso de Deus, seja um instrumento de alegria para quem o Mestre da Galiléia lhe garantiu com antecedência o Reino do Pai Celestial.
Quando tudo acabar
Se tu choraste por mim,
de verdade eu lamento,
entendo seu sentimento,
mas o destino quis assim...
Sei que é triste o fim,
é duro esse sofrimento,
mas é apenas momento,
toda dor se faz trampolim.
Pois um dia serei passado,
nem lembraras que sofreu...
Aí sim... Terás acabado...
Virado a página que viveu,
desse amor desperdiçado...
E o sofredor serei eu.
No crepúsculo da esperança, ecoa o lamento dos esforços vãos, em versos tristes entoados pela alma, onde o amargor se entrelaça às lágrimas, e o destino desvenda sua face mais sombria.
Viver é colecionar
cada acontecimento,
é juntar cada moeda
de alegria ou lamento.
Fica tudo bem guardado,
sem poder ser reusado,
no baú do esquecimento.
SONETO DO LAMENTO
Quando, o acaso na má sorte vem
O lamento soluça no tal sentimento
Que maldigo o fado sem entendimento
Das lágrimas do azar que consomem
Sou tal sofredor deste encoscoramento
Que invejo o estado de quem não tem
Da bonança e fortuna dos que vão além
Descontente é o meu porte sem portento
Se a amargura é algo que me convém
É, pois, de desprezo feito meu momento
Tal quem destinado à vida com desdém
E nesta lama, enlameado é o meu contento
Pois triste é lembrar que sorte não contém
Mas sereno, tenho a Deus como fomento
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
ÉS O CERRADO COM UM LAMENTO TRISTE (soneto)
És o cerrado com um lamento triste
escorre o entardecer na melancolia
e tua alma bela no encanto insiste
na ilusão tens uma banzar alegria
se o gemido dos sons angustiados
e desafinados, tonteia o teu ouvido
toque com os olhos os feitiços alados
deixes o prazer, então, ser nascido
Vê que o diverso há sedução, também,
e ambos se fazem de encantamento
num ordenamento de bem e paz
que todos, num, são congraçamento
É música sem letra, e afoito audaz
uníssono: do feio e do belo vai bem além
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
fevereiro de 2019
cerrado goiano
O silêncio é o exato momento do nada no lamento.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/12/2015, 09’20” – Cerrado goiano
SOFRÊNCIA
Nu, o meu lamento pranteia na solidão
Na minha dor o silêncio me comprime
E, em suspiro visceral que me oprime
A boca saudosa de teu beijo, só ilusão
Nessa tortura aflitiva do meu coração
O desejo de outrora não mais inanime
Uma realidade, o que já foi tão sublime
Faz-me arrepiar em amarga sensação
Em melancolias de dessabores infinitos
E minh’alma vozeando em frêmitos gritos
Rompe a exaustão do dia, em um frenesi
E o tempo alonga as horas, lentamente
Escreve a sofrência já no cerrado poente
Num soneto jeremiado, e chorado por ti...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/12/2019, 17’14” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SONETO DE INVERNO ...
Cai a madrugada fria, lá fora, sem lamento
E, cá dentro, hora em hora, indo a semana
Afora, uivando na janela o soprar do vento
Um cheiro úmido do chão e do chão emana
No cerrado e sobre o torto galho cinzento
O orvalho escorre, e da frialdade dimana
Sobre o vasto horizonte o nevoeiro lento
Sedento, é a invernada em sua total gana
Aí que frio! arde o fogão de lenha, a flagrar
No alarido da madeira chora o fogo doído
Como é bom nesta hora o agasalho do lar
Sob o teu olhar, teus beijos, ternuras feito
Coração aligeiro, abrasado, amor querido!
E, eu prazido, me aquento no nosso leito...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18/04/2021, 04’57” – Araguari, MG
MADUREIRA
Minha Madureira, além cerrado, lamento
Tê-la deixado, no passado, saudade havia
Em cada ideia, indo mais longe a cada dia
Silêncio, falta do agito, penoso detrimento
Para ti, então, voltar não mais alimento
Nem nos sonhos, nem na ávida fantasia
Certo de contar é envelhecer na agonia
Que há de trovar memória e sofrimento
De toda a dor, pudera eu em ti caminhar
Olhar, estar e sentir o movimento, enfim
Esperar é navegar na ilusão, eu bem sei
Porque por não te ver é que vivo a poetar
E nem a poesia é um conforto para mim
Pois, por tuas ruas, julgo, não mais andarei...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 maio, 2021, 15'15" – Araguari, MG