Mensagem de Lamento muito

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Quanto, quanto me queres? — perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.

Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...

Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...

Não perguntes, não sei — não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.

Me perco nos degraus da vida
Sem transparecer minha fraqueza,
Cada passo pelo erro
Lamento minha tristeza.

Não permitirei o cansaço das pernas
Nem a fraqueza dos meus sonhos,
Ignorando toda a critica de maldade.

Sou guiada pela minha liberdade
E movida pela minha força de vontade.

O lamento é um sentimento tão profundo que vem de dentro do nosso escudo corporal e só sente este sentimento aquele que já presenciou pelo seu exterior e o transportou ao seu interior porque ele sentiu o amor que se trespassou em dor.

Lamento agora não ter tido outrora a coragem (ou a imodéstia) de me servir de uma linguagem pessoal para exprimir ideias tão pessoais e audaciosas. Arrependo-me de ter pessoalmente recorrido a fórmulas de Kant e de Schopenhauer para exprimir opiniões inéditas e insólitas que eram diametralmente opostas à inteligência e ao sentimento, tanto de Kant como de Schopenhauer.

Musa

Voz suave que revela o lamento da sereia,
Hipnotizando quem ouve os versos emanados.
Cabelos negros como uma noite sem lua,
Que revela nela os segredos guardados.

Olhar que abre uma porta direta ao paraíso,
Levando beleza aos que a ela admiram.
Perfeita estatura e um brilho no sorriso
E até mesmo os anjos por ela caíram.

Tudo aconteceu tão abruptamente,
Como um último canto em lamento.
Tão rápido, tão de repente,
Que, o que era certeza, virou momento.
E os sonhos finalmente surgiram em êxtase.
Os sorrisos, em desatino.
Que meu coração desta vez não se atrase.
E que o destino se faça presente,
Quero tudo que a vida tem a oferecer.
Do antigo ao mais recente,
Com a fome de viver esses momentos, sem me arrepender.

⁠Levada ao vento
Girada com a vida
Vivo no lamento
Espero sua vinda

Queima no peito
Arde no olho
Não cabe no peito
Escorre pelo rosto

Nada se esconde
Tudo se duvida
Além do horizonte
Espero a vida

Talvez eu te encontre
Talvez em outro plano
Siga com você
Fale que te amo

“ Lamento se pra você, eu não sou tudo o que precisa,
Se meu sorriso não é a fonte de sua felicidade,
Se meus abraços, não são morada de teu aconchego.

Lamento ainda se você não pode ter meus beijos,
Ou se meu carinho não te pertence mais,
Sobra saudade onde um dia foi paixão
Faltou felicidade, pegamos carona na ilusão.


Resta saber se depois de tanto que perdemos,
Ainda há algo a acrescentar.
Se o pouco que ficou é muito, para um recomeço.
Ou se verdadeiramente, essa saudade foi o tudo que restou...”

Oscar.

⁠O amargor do crepúsculo

Novamente os sintomas da angústia explodem em meu peito, uma dor tão forte e incessante.
O ar me falta, a lua cresce, nada me desce, o frio entra, o coração padece, o dia amanhece, mais uma vez acontece, o triste ciclo da tormenta, de um ser que tanto lamenta e carece de uma nova versão de si.

Falar o que agora..
Sobre nada ou sobre nós, no caso, quase a mesma coisa, já que não tenho nada a dizer, nem de mim nem de você.
Eu e você não existe, pois não chegou a ser.
Ser é o que não foi, não é ou é o que é, o que sei é que nada é.
E falando em nada, nada é falar em você, pois você não é o que era e nada tenho a dizer, nunca acontece nada, nada há de acontecer, vou só parafraseando pra você entender.
E mesmo que eu tente muito, ainda que pague pra ver, nada nunca acontece ou pode até acontecer, mas na verdade não chega a ser.
Cansada de ver tudo partir, exausta de esperar pra ver, to morrendo por não fazer nada e nada de novo acontecer. Entendo que nada e ninguém é, na verdade tudo está, até quando não der em nada e nada voltar a ser.
Não é amargura ou rancor o que sinto, não é tristeza ou lamento, não é dor, não é vaidade, na verdade o nome do que sinto é nada.

Não vale a pena pensar. Não vale a pena chorar. Não vale a pena sofrer. O que importa agora é viver. Viver um sorriso, um abraço. Viver o que você tem de melhor ..
Se importar com o que não se importam é pedir para sofrer. A vida nem sempre é como você quer que seja, mas .. E DAÍ? Que pena para ela!
Apenas lamente, lamente pois você sabe que és muito mais do que um sentimento reprimido. Lamente por saber que você pode ser muito mais, entretanto não será .. E quem perde não é você, é quem perde você.

Amargo chimarrão, tu és mais doce que a pessoa que um dia disse que me amava e se foi...

As pessoas estão cada dia mais vazias do nós e mais mergulhadas no eu,
Se escondem,
Se mascaram,
Vivem com medo da desilusão,
Como uma vela queimando,
A cera derrete.

O Lamento das Coisas

Triste, a escutar, pancada por pancada,
A sucessividade dos segundos,
Ouço, em sons subterrâneos, do Orbe oriundos
O choro da Energia abandonada!

É a dor da Força desaproveitada
- O cantochão dos dínamos profundos,
Que, podendo mover milhões de mundos,
Jazem ainda na estática do Nada!

É o soluço da forma ainda imprecisa...
Da transcendência que se não realiza....
Da luz que não chegou a ser lampejo...

E é em suma, o subconsciente aí formidando
Da Natureza que parou, chorando,
No rudimentarismo do Desejo!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

São Paulo, Madri, Curitiba ou Piauí, não importa a distância, só lamento você não estar aqui.

E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre.

"LAMENTO, PRANTO "

O vento ouve o meu lamento
Leva embora esta minha dor
Acalma este pobre coração que sangra
Leva esta explosão de amor
Que sufoca no peito
Lágrimas doridas que escorrem pela face
Volta meu amor, amado meu.
Transforma este pranto em chama
Leva-me para a tua cama....
E deixa-me sentir-te só meu
Destas saudades, da tua boca...
Do teu beijo, do teu hálito...
Do arrepio que me percorreu a espinha
Do desejo que eu já sufoquei...
Volta meu amor....
Leva-me nos teus braços, amado meu.!

é um tudo adormecido, um nada ancorado na lama calvinista
é estrada breve é lamento e cores difusas
é mundo e vela é vento e cansaço
é louco, são, mortífero olhar, enviesado entre balas e cogumelos e baratos.

Sujeito eu perfeito, somente no teu lamento a me buscar naquelas lápides, nossas, por minha história a sua por se romper...

Quando estiver triste chorarás
O teu coração,e quando chorar-te
Ouvirás o teu próprio lamento.
As palavras saídas da tua boca
Contem ponto e virgula,mas se
Você colocar cada ponto e cada
Virgula no seu lugar,a tristeza irá
embora, e o teu coração voltará
a sorrir. Sendo assim,a tua alegria
Virá como um alento, devolvendo-lhe
a felicidade.