Mensagem de Falecimento
Eu tinha medo da morte até ler "A Menina Que Roubava Livros". A morte simplesmente limpa o mundo sem preconceitos sem distinção, ela faz seu trabalho categoricamente, ela é como a faxineira do mundo.
O amor nunca sofre morte natural. Ele morre por cegueira, por erros e por traições. Ele morre de cansaço, de desânimo, de máculas.
Eu acredito que a maior tragédia na vida não é a morte. Mas a grande tragédia na vida é uma vida sem propósito.
Mundo em extinção,
Vidas sem salvação,
Morte em seres fora do caixão,
Tristeza sem quietude,
Felicidade virou virtude,
Mentir por prazer,
Matar é lazer,
A verdade é buscada,
Mas só no ódio é encontrada,
A vingança não é mais banal,
Por que nesse mundo só existe o mal,
Sem leis e sem justiça,
Não se encontra a paz nem na missa,
Mundo em extinção,
Onde os seres podres vivem,
E os bons se vão,
Onde guerra é o único meio,
e a liberdade ilusão.
Como uma marionete, cujos fios se tivessem escapado dos dedos de seu manipulador, após uma morte breve e rígida e num momentâneo embotamento dos sentidos, volta a reanimar-se, volta a entrar em ação, a dançar e a agitar-se, assim corri, como arrastado por um fio mágico, para o tumulto donde há pouco fugira fatigado, desanimado e envelhecido, correndo então elástico, jovem e diligente
Uma freira na hora da sua morte pediu pra escreverem no seu túmulo, as seguintes palavras: Nasci virgem, cresci virgem, vivi virgem e morri virgem. O coveiro achou que eram muitas palavras, e escreveu as seguintes: Devolvida sem uso.
“Mas já é hora de irmos: eu para a morte e vocês para viverem. Mas quem vai para melhor sorte é segredo, exceto para Deus.”
Apesar de sabermos que, no fim do labirinto, a morte nos aguarda (e isso é algo que nem sempre soube, até pouco tempo atrás, pois o adolescente em mim pensava que a morte acontecia só com outras pessoas), vejo agora que o caminho escolhido pelo labirinto me faz quem sou. Não sou apenas uma coisa, mas também uma maneira de ser – uma das muitas maneiras –, e saber os caminhos que percorri e os que me restam vai me ajudar a entender o que estou me tornando.
É dificil acreditar em uma vida após a morte, mas é deprimente acreditar que nós simplismente morremos.
Era um conceito interessante que só após a morte dele, eu compreendia inteiramente. Marley como mentor. Como professor e exemplo. Seria possível que um cachorro — qualquer cachorro, mas principalmente um absolutamente incontrolável e maluco como o nosso — pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E também as coisas que não importavam. (John Grogan)
Obediência: Religião dos escravos. Religião de morte intelectual. Gosto dela. Não faça perguntas, não pense, obedeça a Palavra do Senhor – que foi convenientemente trazida à você por um cara num Rolls Royce com um Rolex pesado no seu pulso. Eu gosto desse trabalho! Onde me inscrevo?
Todo boi sonso quando mostra seus chifres, feri de morte.
Publicado no Recanto das Letras em 11/08/2009
Código do texto: T1747615
O conhecimento da morte muda tudo. Se eu te dissesse a data exata da sua morte, isso faria o seu mundo desabar completamente. Eu sei disso. Imagine como é alguém fazer você esperar pra dizer que está morrendo. Que seu tempo está se esgotando. Em um segundo seu mundo desaba. Passa enxergar de outro modo. Você saboreia tudo, nem que seja um copo d'água, um passeio no parque. Mas a maioria das pessoas não sabe quando seu tempo vai se esgotar. A ironia é que isso as impede de aproveitar o máximo a vida. Continuam tomando água, mas não conseguem de fato aproveitar.
As rosas brancas, agora manchadas de sangue, completando a bela imagem da morte em sua melhor face. O amor. Uma forma de morte. Uma forma de morrer. Uma forma de matar. Mata-se por tão pouco. Morre-se por tão pouco. Por que não por amor? As rosas apodreceram, o sangue secou. Talvez nada tenha restado ali, talvez não para olhos superficiais. Talvez aquele amor nem tivesse existido, talvez não tivesse tido tempo para isso. Mas eles tentaram. Tarde demais, mas tentaram. Como dizem? Nunca é tarde demais.
Assim salientou Epicuro de Samos:
...¨quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.¨
Logo, viver é morrer; morrer é viver.
Concluo: viver mata!
Lamento ser o anjo da morte.
Mas, você não cria raízes em lugares...
Só pode cria-las em pessoas.
O segredo é desapegar das coisas e das cidades.
Esse apego não leva à nada. A não ser a decepção.
Também nem posso afirmar que as pessoas não vão te decepcionar. Só posso dizer que o coração ainda é fértil e nele há chance de cultivo. Mas isso está diretamente ligado ao que você vier à plantar. Caso contrário, você pode se tornar alguém como eu. transformando-se nessa forma contraditória e confusa que ao mesmo tempo procura ser aceito, busca a verdade.
Lamento que meu trabalho seja levar más notícias.
São três opções de ser um niilista:a morte, viver por viver ou viver pelo o que você escolheu ser importante.
Não faz sentido nos preocuparmos com a morte. Enquanto existimos, a morte não está presente. E quando a morte chega, é porque não existimos mais.