Mensagem de Despedida Viagem
Viajar vicia, causa abstinência no seu mais alto grau.
Penso eu que possa até matar se houver um objetivo alvo do lado de lá.
Como regra geral da biologia, as espécies migratórias são menos agressivas do que as sedentárias. Há uma razão óbvia para que isso ocorra. A migração em si, como a peregrinação, é a jornada difícil: um "nivelador" no qual os adaptados sobrevivem e os retardatários caem no caminho.
A jornada, portanto, antecipa a necessidade de hierarquias e demonstrações de domínio. Os "ditadores" do reino animal são aqueles que vivem em um ambiente de abundância. Os anarquistas, como sempre, são o "pessoal da estrada".
Eu não tenho nenhuma religião em especial esta manhã. O meu deus é o deus dos caminhantes. Se você caminhar o suficiente, provavelmente não precisará de nenhum outro deus.
O verdadeiro lar do Homem não é uma casa, mas a estrada, e a vida em si é uma jornada a ser percorrida a pé.
Eu acredito que se Deus existe ele não criou a lua só para que os humanos a admirarem, acredito que herdamos (divinamente ou não) a capacidade de ir muito além dos espaços limitados do alcance das mãos ou até mesmo da visão. Eu vejo isso tudo como um desafio, Deus colocou a lua lá em cima e sussurrou para humanidade: — Por que vocês não tentam pegar!
Às vezes, o lugar que a gente precisa para descansar o olhar cansado da mesmice do dia a dia está apenas a um livro de distância.
A estrada da vida não é tão longa como dita na letra da canção. Para muitos, é um circuito ovalado; percorrem várias vezes o mesmo trecho, caem reiteradamente nos mesmos buracos, derrapam sempre na mesma curva (fechada e traiçoeira). As fatigantes subidas íngremes provocam a desistência dos mais fracos. A vida é cíclica, quase tudo se repete: da beleza da paisagem ao perigo da viagem.
Lutamos tanto por aqui para viajarmos mais,
e conhecermos outros lugares distantes, outros países.
Porém para onde quer que possamos ir neste planeta,
isto sempre se resumirá dentro dos limites terrenos.
Nesta realidade, tudo que imaginamos dentro destes limites
se tornam irelevantes diante daquilo que realmente importa.
Perdemos muito tempo iludidos pelo fútil, deixando de lado
nossa preparação para a mais importante e definitiva das viagens.
Aquela, para a eternidade,
Imagine uma noite de lua cheia em Marte?
Passeando de mãos dadas sobre o basalto vulcânico.
O vento elevando a poeira e deixando no ar um tom amarelo ferrugem.
Na brisa o aroma de dióxido de carbono se funde ao metano gasoso.
O final de tarde é incrível aos pés do monte Olimpo.
O olhar se perde nos 25.000 metros do nosso Everest marciano.
No céu Fobos, a lua parece um gigante,mais distante Deimos a lua parece um brilhante.
Uma parada que eu me amarro de fazer é pegar o busão e ficar olhando pra fora, vendo a vida acontecer, evitando ao máximo de mexer no celular. (Tô até meio bolado agora de tá parando pra escrever isso enquanto tô aqui, e talvez perdendo alguma coisa lá fora). Peguei o 557 e sentei no fundão, na última fileira, do lado esquerdo. Tentei abrir a janela pra colocar o braço pra fora e sentir aquele ventão na cara, mas não deu pra abrir muito. Fiquei meio bolado porque só abriu até um certo limite curto. Olhei pro lado direito, para a outra janela, pra ver se abria mais, e notei que nem tinha janela, era só o vidro. Parei de reclamar.
É viajando que se rompe a barreira da ignorância, que se abre o horizonte do conhecimento. Há um poder nas viagens que é transformador.
Mas é preciso estar disposto para isso. Não basta apenas viajar por viajar,
sair no piloto automático. É preciso ousar, se entregar de corpo e alma
para perceber que o momento a ser vivido poderá ser único.
Quando viajamos, não nos deslocamos apenas fisicamente de um lugar para o outro. Há o deslocamento mental que nos faz viajar por épocas diferenciadas da nossa vida. E essa é aviagem mais difícil.
Viajo em pensamentos, com memórias de um passado que se tornou ausente, deixando de viver o presente pois nada mais o deixa contente e vive com a ansiedade do que o futuro lhe resguarda, quem sabe encontrar novamente sua amada?
Todo mundo diz que viajar será uma experiência transformadora. Visitar um lugar novo e exótico, conhecer o novo e exótico você. Mas você chega lá e não é nem novo, nem exótico. Você é só você.
Viajar é renovar a alma e encher o coração de alegria. Momentos especiais compartilhados com quem se ama, criando laços e memórias para a vida toda. Uma jornada que transforma e aproxima, revelando a beleza do mundo e a força do amor.
Ao olhar do vidro avanço
o tempo nesse receptáculo.
Escoa uma areia fina
de seu corpo esguio.
A chuva cor de palha
vem de céus afunilados.
A miséria a conta gota nunca cessa,
caí de grão a grão.
Na cabeça os grânulos da areia
do tempo desgastam a fé e os fios.
Aqui não há futuro
tudo é agora ou tudo já se foi.
De vez em quando precisamos esquecer os problemas e deixar a roda dianteira da moto nos levar para onde ela está apontando.
É por este vasto mundo, que meus pequenos pés inseguros e já cansados, trémulos nos seus devaneios, cedem as milhas a percorrer, paisagens a contemplar, povos e culturas a conhecer às palavras que os visitam… essas pontes que reclamam virgulas, reticências, pontos de interrogação, exclamando de excitação por cada descoberta articulada entre frases que registam os Audazes…pois anseiam por dar mundos ao Mundo… salpicando cada viagem com poemas e versos feitos coragem…
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