Mensagem de Autoconhecimento
Há tempo para estar longe afim de sobreviver e reconstruir o sentimento real do amor, imaterial, que enlaça quem nos acrescenta em qualquer época e espaço.
A dificuldade encontra o tempo da nossa vida em que mais necessitamos aprender do que desfrutar. Sem esse período, simplesmente não há circunstâncias evolutivas para o nosso ser.
A verdadeira liberdade vem de dentro para fora, e não o contrário.
Somos livres à medida que nos permitimos ser quem realmente somos. Enquanto tentarmos ser perfeitos, viveremos em servidão.
O puro conhecimento intelectual nunca trará plena liberdade. Não basta conhecer todas as defesas, as dores e os desejos humanos, se esse conhecimento não fluir para o coração. É preciso sentir e vivenciar cada novo conhecimento a esse respeito. Somente quando o mental se colocar a serviço do emocional é que nos sentiremos verdadeiramente livres e satisfeitos com nós mesmos e com a vida.
Somente na exposição da sua vulnerabilidade é que uma relação se aprofunda. Não há verdadeiro aprofundamento nos relacionamentos sem que haja antes um real aprofundamento em si mesmo.
Viver um pouco a cada dia além da matéria dá a chance de restabelecer a serenidade e harmonia do ser, de forma a integrar corpo a alma na inigualável experiência aqui na Terra.
O vento da vida leva o necessário. O que ficou continua ferramenta útil para nos tornarmos, através das nossas escolhas, ainda mais leves, carregando a sutileza do essencial.
Se as pessoas prestassem tanta atenção em sí próprios o quanto prestam nos outros, falariam mal de si próprio e não dos outros!
A permanência do estado de fé e serenidade que raramente alcançamos, é algo que leva mais do que tempo: exige renúncia, a prática integral do desapego, material e imaterial.
Que todas as dores sejam sementes férteis no solo prometido do eu. Partículas transformadoras do que partiu sem que ainda fossemos capazes de aceitar e entender.
Minha dor é parte do remédio necessário diante da atual evolução do meu ser. Poderei ser amado, amparado, receber toda compaixão, mas o tratamento é exclusivamente meu.
Há coisas que não desejamos enxergar, mas nossa consciência cobra entendimento em busca de saúde integral do nosso ser.. E esse processo começa com a abertura da porta do aceitamento.
O que de mais precioso possuímos é a capacidade de escolher. Escolher amar o próximo, escolher o caminho da construção coletiva e escolher aprender com os desafios.
Alguém, em algum lugar, está tão conectado em nossa vibração que se ainda não faz parte, passará a fazer diretamente e talvez harmoniosamente - da nossa missão.
As lições mais importantes que aprendi vieram através de pessoas.
As pessoas que admiro, os colossais cujos ombros me amparam de domicílio para enxergar adiante... mas também as que me enganaram, hostilizaram, machucaram e, com isso, ensinaram-me tudo que devo lutar para não ser.
Não importa quantas coisas aconteçam.
Não importa quantas pessoas tentem te derrubar.
A vida continua…
E se você souber carregar contigo somente
o que for bom…
Tudo fica mais leve.
Porque não há ninguém no mundo, capaz de roubar a felicidade, daquele que sabe ser feliz.
Temos reserva inexplorada de amor em nossa essência. Precisamos nos interiorizar, nos permitir e nos alimentar desse sentimento diretamente ligado à fonte divina.
Nossa vida não apenas transforma inúmeras. É o transporte, o meio, o portal de outras, entrelaçando caminhos do passado e do futuro na esquina do presente.
ÍNTEGRA DE COISA ALGUMA
Sou tão resultado de tudo
Que no fundo não vim de nada
Viajei por tanto e quanto
Mas parece que não saí do lugar
Caminhei por copiosas ideias
E não avancei um único passo
Surfei por histórias
Sem sequer molhar os cabelos
Lutei como heroína
E nem monstro tinha para derrotar
Comi
Enchi
Corri
Pulei
Chorei
Caí
Levantei
E de nada foi
Pois agora nada estou, sou ou fui
Memória fraca me fez vazia
Mente farta me faz falha
Mundo disforme me fez apática
Eu vim de tudo
E não restei de nada
A passagem para a serenidade interior requer muito menos cerimônia que possamos imaginar: basta querer, se entregar e o ser começar a observar sem julgar.