Mensagem de Amizade Antiga
É O QUE DIZEM
Valéria Leão
Dizem por aí
que eu tenho uma alma antiga
que bebe vinho, dança bolero
e acha graça na vida.
Dizem por aí
que eu abro a porta para a
poesia, que acolho seu pranto,
que compreendo os seus mais
íntimos ruídos.
Dizem por aí
que essa minha aparente
leveza de ser
nasce da conclusão
de que não se pode ter tudo
e, portanto, só nos resta viver
com o que se tem.
Dizem por aí
que esse meu inesperado
encontro com a poesia
é o resultado de uma
confusão de afetos
que, como as estrelas,
se chocam e se estabilizam.
É o que dizem por aí!
E se o tempo permite-me voltar, ir para a minha antiga casa, onde tenho memória, será que tudo ficaria igual? Como eu queria ser de novo criança, reconheceria as minhas lembranças e os cheiros que estavam lá? Será que a minha memória fazer-me-ia uma boa memória ou apenas me assombraria com as minhas dúvidas? Não há como voltar ao passado... Se eu puder. Se eu pudesse fazer coisas diferentes e aproveitar o tempo todo, eu aproveitaria tudo ao meu redor, cada gota de orvalho; tudo seria mais simples e feliz, mas o tempo tem o seu próprio tempo para fazer as coisas e o que posso fazer é imaginar como seria, mas sem me agarrar ao passado.
Minha Dahlia
Instigante como vestígios de uma ruína antiga
O vermelho nunca combinou tanto com seus olhos castanhos e sua pele amarela
Sempre se sentindo um pouco perdida e inundada
A complexidade voraz de tuas curvas limita
Há uma perca de brilho em teus olhos, minha Dahlia
O vigor é drenado por um coração confuso e o pedúnculo agora murcho se inclina, já não há vestígios de pétalas, mas ainda assim és bela e graciosa
Como um dia chuvoso e as folhagens no outono
Sei que irás definhar ao anoitecer, mas peça-o que esteja está noite com você.
" Aprende primeiro – Ó tu que aspiras a nossa antiga Ordem! – que o Equilíbrio é a base do Trabalho. Se tu mesmo não
tens um alicerce, sobre o que irás tu estar para comandar as
forças da Natureza?"
" Em frente a janela se Encontrava um olhar perdido olhando para o céus buscando uma Antiga estrela que era a mais brilhante dos Céus, a estrela que Tinha o brilho mais puro , mais ao olhar o céus aqueles olhos que buscava essa estrela e o brilho que ela carregava percebeu que não se encontrava mais lá "
Tem uma árvore muito antiga nos fundos da minha casa, ninguém sabe quem plantou mas ela sempre existiu .
Eu nasci , cresci e envelheci e ela permanece ali igual. firme.
Quando me lembro de desasselerar, deito e fico olhando os altos galhos pela janela,
Me faz lembrar de ti ,
Que você é antes de todas as coisas
Que como o balançar das folhas você pode ser sutil e violento mas também simples
Que és sólido e imutável
Que sustenta tudo, até uma velha árvore .
Que você está em tudo
Que tudo é teu
Que a cada vinte anos eu me reinventarei mas você permanecera arraigado em meu peito
Que é preciso desacelerar e olhar pra janela e te ver .
Que em ti vivemos,existimos e nos movemos e só em ti.
"Nada me tira da cabeça que a logística é a profissão mais antiga do universo. Alguns podem argumentar que a de cozinheiro ocupa esse posto ,mas discordo. Para ter os ingredientes para cozinhar e o fogo para assar ,primeiramente, é necessário utilizar a logística.
Quando os primeiros humanos vieram para a América pelo Estreito de Bering, eles empregaram uma logística primitiva, mas ainda assim,
LOGÍSTICA."
Antiga paixão
Meus pedidos eram sempre os mesmos, minhas velinhas estavam cansadas de saber, os dentes-de-leão já se desgastaram de tanto serem assoprados, as pétalas nunca ouviram tanto "bem me quer", as estrelas cadentes então... já sabem seu nome de cor.
A lua me acha louca por sair desejando alguém tão desesperadamente "Como pode? Assim tão nova!" e respondo "Isso por que não contei nem a metade do que sinto..."
Dona Lua é muito cuidadosa, morre de medo de eu me machucar, como em meus antigos amores. Nem ligo, me entrego sem medo de futuras dores.
Entre nossas conversas, acabo soltando que te amo, mas que erro, revelei meu maior segredo. Jogo tudo pro ar, deixando essa antiga paixão rolar.Você fica confuso, deixarei que se resolva, para que sentimentos por mim, você talvez desenvolva.
Por enquanto, deixo meus lábios à espera de seu beijo, e pode ter certeza de que direi a lua que este foi meu maior feito.
Como pode uma simples palavra causar tanto tormento em minha mente? Apenas ouvir que minha antiga amada está mais bela fez meu estômago revirar e meu coração arder com a pronúncia de cada letra: "m-a-i-s b-e-l-a". Quão angustiante é sentir tal palavra ressoar em meu ser. A memória dela, agora envolta em uma aura de beleza renovada, intensifica a dor de sua ausência. É como se cada sílaba pronunciada fosse uma facada lenta e deliberada, revelando feridas que eu imaginava cicatrizadas. O tempo, que supostamente deveria amenizar o sofrimento, parece ter falhado em sua missão, trazendo à tona um turbilhão de emoções conflituosas.Ela, que um dia fora minha musa e confidente, tornou-se um fantasma assombrando meus pensamentos. A notícia de sua beleza resplandecente é um lembrete cruel da felicidade que escapa pelas frestas de meus dedos, uma miragem inatingível no deserto de minhas lembranças. Meu espírito clama por alívio, mas encontra apenas a dor.
"As lembranças de uma antiga jornada em quase outra vida estão vivas em detalhes... Pontos de um ciclo estão a margem novamente e os sinais estão lá traiçoeiramente camuflados em aparente loucura e desafiando a fé. A frustração consequente as expectativas e apatia impulsionam questões de coerência limitada e tendência a respostas amargas... Em um filme mental com encaixe as situações aos desejos costumam não ter final feliz quando dois não são um, mas os sinais são constantemente ignorados e o ciclo continua."
Nosso amor em preto e branco
Nosso amor é fotografia antiga,
Uma tela pintada com tons de contraste,
Um jogo entre luz e sombra que intriga,
Um encontro de cores que o tempo afaste.
Eu, o tom escuro, profundo e denso,
Você, a clareza que rasga o breu,
Somos a luta do simples e do imenso,
Do que se esconde e do que nasceu.
É difícil dançar na borda da linha,
Onde as diferenças criam abismos,
Mas também pontes que o amor alinha,
Unindo mundos, vencendo cismas.
Quando a luz falha e o dia se apaga,
Nos resta o desejo de juntos pintar,
Mesmo em cinzas, a chama não esmaga,
O sonho de juntos continuar.
Nosso amor em preto e branco persiste,
Resiste ao tempo, às sombras, ao vento,
Pois na tela da vida, mesmo tão triste,
Há beleza no contraste do sentimento.
"Minha alma antiga
e meu jovem coração
quase adolescente
não se aguentam de paixão
Eu em meio a ambos eletrizado
Já não sei mais quem sou
Um menino sorrindo feliz
Ou um imortal transbordando amor
Coração cigano, estrela da sorte no olhar
Cavaleiro do Amor
Poeta de versos enlouquecidos na madrugada
Esperando pra te beijar os lábios
Céu de estrelas e encanto de minha vida
Meu Amor"
Poesia da madrugada
Jeran Del'Luna
A cúpula de Al-Aqsa
brilha na cidade antiga,
Eu sou o seu paraíso,
você é o meu presente
e meu poema bonito;
O nosso Universo por
acaso foi construído,
A almenara de amor
está sob o transe mistico.
Terol
No meu celeiro de rimas
busquei e descobri uma
foto nossa bem antiga,
Respirei uma certa nostalgia
ao lembrar de uma noite
gauchesca que dançamos
o quase esquecido Terol,
as tuas esporas luziam,
potentes e acompanhavam
com percussão o ritmo,
e eu também te seguia,
balanço de saia de prenda
faceira no salão também é poesia.
Ouço a antiga canção
"Verde que te quero Verde",
Lembro da sua inteligência
incomparável e fina,
E peço como maior
prêmio da nossa vida:
ver-te absoluta e muito
além de toda a poesia.
Uma árvore antiga
em um paraíso
perdido no destino,
Aurora vespertina
encontrando
a praia do rio
Amora sereníssima
na boca amando
enquanto o tempo
a distraía com
inspirações mil
para os seus lindos
Versos Intimistas
para seus enredos e poesias.
Você que é um cavalheiro à moda antiga, Trago em mim um recato de menina, E um encanto que me mostro com poesia que me encontro tua cativa.
Nunca abrimos
o vinho que
está guardado
na antiga cristaleira,
parei com besteira,
e aquele disco
repeti a noite inteira.
Não sou mais
a mesma ingênua
que chegou
cheia de sonhos.
O scarpin vermelho
está no canto
do meu quarto,
e tenho apenas
que ter bom senso.
A névoa caída
na madrugada
não atrapalhou
os meus olhos.
Nunca precisei ter
enfeites nas mãos
para a antipatia
que a face precisa
esconder com
quem nada fez.
Na penumbra sem
desejar o quê
na vida me tornei:
a estrela solitária
em nostalgia.
Nenhuma cara feia
me intimida,
alguma dúvida
ou pouco caso
com a minha poesia.