Meninos de Rua
A Deusa da Minha Rua
Nelson Gonçalves
A deusa da minha rua
Tem os olhos onde a lua
Costuma se embriagar
Nos seus olhos eu suponho
Que o sol, num dourado sonho
Vai claridade buscar
Minha rua é sem graça
Mas quando por ela passa
Seu vulto que me seduz
A ruazinha modesta
É uma paisagem de festa
É uma cascata de luz
Na rua uma poça d'água
Espelho da minha mágoa
Transporta o céu
Para o chão
Tal qual o chão de minha vida
A minh'alma comovida
O meu pobre coração
Infeliz da minha mágoa
Meus olhos
São poças d'água
Sonhando com seu olhar
Ela é tão rica e eu tão pobre
Eu sou plebeu
Ela é nobre
Não vale a pena sonhar
Um tanto de apreço, meu bem!
Não vejo ninguém caminhar pela rua
O parque está vazio, as cortinas parecem bailar
Estão escondidos dentro de si
Concentrados em suas condições
Ao sonido do aguaceiro que veio de longe pra cair aqui
Assim se resume minha tardia contemplação
Com uma trilha que me aquieta
E me enche de estimação!
Assaltar a geladeira e voltar frustrado de não ter nada gostoso é tipo achar uma carteira na rua e não ter dinheiro dentro.
.. Hoje eu queria sair. Só pra sair. Ver a rua, as pessoas, os carros, sentir o vento, ouvir meus pensamentos. Talvez até não pensar em nada, mas acho que propriamente isso seria impossível, pelomenos no momento. Sentir a mim mesma. Minha essência.
Hoje, eu queria sair. Ver a rua e me distrair! ...
Vou atrás embusca de amor e paz
Demoro mas sei que vou encontrar
Na rua, na cama ou na mesa de um bar
Sei que as vezes me vejo em um beco
Sem saida, com uma esperença no ar
Embuscar vou achar alguém para me amar..
Doze horas, trinta minutos e quarenta segundos. Estava lá, parado na esquina do lado direito da rua direita. Vestia camisa azul, bermuda quadriculada e uma sandália de dedo branca. Olhava o relógio enquanto atravessava apressadamente a rua e, graças a essa falta de atenção, nos esbarramos e trocamos o primeiro “ Oi, desculpa! É que... É... Enfim, desculpa! Estava sem prestar atenção ao atravessar e...” . Sorriso, olhar, mãos trêmulas e frias, tudo seguido de muita timidez. O nome? Não sei! Tampouco onde mora ou porque a pressa. É... Eram 12:30:40 e eu dormia, mas se tivesse acordada e parada na esquina do lado direito da rua direita, e visse um cara de camisa azul, bermuda quadriculada e sandália de dedo, olhando as horas, talvez tivesse me apaixonado. Afinal de contas, uma paixão pode surgir em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa parada na esquina de qualquer rua.
Dia cinza, ponte sobre o rio, paciência zero, sono mil, vontade de sair pela rua girando, girando, girando…
enquanto você reclama que seu Xbox ou seu PS3 ta sem cd, muito moleque pela rua sem ter o que comer..
O homem que veio da lua
Uma noite na rua
um homem apareceu do nada.
De longe acenou: "E aí camarada?"
Eu que não nasci ontem prossegui na caminhada.
"Eí você aí!"
Gritou o homem na rua.
"Não quer ouvir o homem que veio da lua?"
Eu parei para ouvir, pois a conversa continua:
"Cheguei agora pouco,
num baita de um sufoco quase que morri.
Sente-se ali que eu lhe conto mais,
não medo de mim meu pobre rapaz!"
Sentei no meio-fio,
com o homem a me espreitar.
senti um arrepio,
mas não quis me afastar.
"Fui o primeiro homem a nascer nesse mundo!
tão velho quanto a terra,
sei tudo sobre tudo!"
"Sei como o homem foi criado,
sei como por amor ele também foi mal tratado.
sei como a terra flutua no espaço,
e já cruzei oceanos sem nem usar um barco.
"A história de Jesus foi toda mal contata!
Veja como a coisa toda foi repassada,
Ajudei as construir todas as pirâmides,
mas elas não funcionam como eram antes."
"Poderia passar a noite a lhe contar
tudo o que vivi, mas tempo ia levar.
Por isto vou te deixar este meu caderno.
Você saberá tudo o que há de mistérios."
E foi neste momento que o homem sumiu,
Não sei se morreu, ou apenas partiu.
Seu caderno vou pra sempre proteger,
Mil histórias a contar e mil coisas a saber.
Houve uma noite em que eu não suportava mais. Ouvia o silêncio da rua e olhava o brilho da lua. Do último andar eu podia ver a luz do seu quarto acesa que me faz lembrar de coisas que me faz querer voltar.
Dei seu nome a uma estrela e quando olhei, ela estava lá.
Uma memória de uma vida inteira, uma dor que eu sei que vai passar e quando fecho os olhos não tenho mais vontade de acordar é um sonho possível, que é impossível se realizar: Você aqui comigo e nós dois juntos, como não pensar? A vida vai mostrar quem deve ficar e o que for para ir, tenta segurar! E se não adiantar, o mundo da voltas, amor, a vida tem que continuar.
Você não sabe.. Mas fiz essa frase pra você, nem lembra que eu existo e já conseguiu esquecer. Era bom lembrar do teu sorriso quando não chegava a madrugada e quando a saudade me abraçava, como não chorar? Era uma história incrível que ainda da pra contar mais infelizmente temos que virar a página. Existiu amor, talvez ainda exista. Mas cada um no seu devido lugar.
E ontem eu passei pela rua onde sempre nos encontrávamos, e vi o seu carro parado no mesmo lugar, debaixo da mesma árvore, com as mesmas músicas tocando.
Eu quase corri e abri porta, quase sorri e te liguei dizendo que depois de tanto tempo eu jamais imaginaria que isso mexeria comigo.
Tive vontade de fazer tanta coisa... mais me contive, apenas abaixei a cabeça e continuei andando. Prefiro pensar que você estava ali para relembrar os bons tempos, do que imaginar que há outra em meu lugar.
Eu ando pela rua, meio cambaleando. Não tem erro, é um pé na frente do outro, um pé na frente do outro, um copo depois do outro... Me vê outra garrafa de rum, por favor.
Uma lágrima caíra quando a moça passou naquela rua com um tapete de folhas caídas no chão.A moça chorara pois essa era a mesma rua lhe dava felicidade.Dava.Era o que mais a entristecia,pois está no tempo passado.Aquela era a rua que ela conheceu seu grande amor,que agora,é o tormento de sua vida.A moça foi usada.Usada como curativo para tapar as feridas antigas daquele homem,e depois que ele estava forte novamente,a deixou aos prantos,machucada e sangrando.Já não era a primeira vez que isso acontece com essa moça.Não sei como ela não se cansa disto;de se apaixonar,sofrer,e ser deixada pra trás.Talvez seja porque ela é fraca demais para ter ódio em seu coração.Então,a moça olha e segue em frente,passa por aquela rua sem derrubar uma lágrima sequer,e promete para si mesma,que esquecerá o homem que só a usou,e que arrumará um que a faça feliz,e que não a use como curativo.Mais um sinal que a moça não tem ódio em sua essência; ela não busca por vingança,não procura fazer alguém de curativo para as antigas feridas dela,e sim busca a felicidade.
Tempos depois la estava ela. Novamente se apaixonando ,mas dessa vez,foi diferente. A moça finalmente encontrara o homem certo. Ele a fazia feliz,a tratava bem em vez de usa-la como curativo para as feridas antigas. Ela encontrara seu clone em versão masculina;um homem que tinha amor em vez de ódio no coração, que preferia se machucar à machucar os outros. ‘Sempre há alguém que vai vir e nos salvar’, ela sempre dizia, e de tanto esperar, veio. Depois de saber da história desse moça que tanto apanhou do amor, passo a acreditar nele, pois quem diria, que essa mesma moça estaria com um sorriso no rosto agora, e dizendo ’ eu aceito’
Os olhos do mendigo da rua mostram as lágrimas do sol abatido de uma vida em coragem de esperança, querer ser alguém e viver em liberdade, mas, não a liberdade na rua e sim à libertação dela.
- Relacionados
- Moradores de Rua
- Frases de Meninos
- Crianças de Rua
- Rua