Meninos de Rua
Um Dia de Inverno
Sentado aqui na rua
Com um frio um tanto congelante
O vento que sopra lentamente
Se torna interessante
As ruas estão vazias
São 17:52 e logo não é mais dia
Olho para o canto do gramado
Vejo as flores tentando sorrir
Mais o frio é tão forte que não as deixa florir
Paro por um momento para tentar entender
Mais vejo apenas um belo dia de inverno
E continuo a escrever
Sinto o cheiro do fogão a lenha que vem lá de casa
Todos sendo aquecidos pelo calor da brasa
Aqui termino para dentro de casa entrar
Fica o frio e o vento que continua a soprar
Talvez seja apenas um frágil desencanto. Daqueles ruins de se ver passando pelo outro lado da rua, indo embora em um táxi insone, lento e vazio em um dia de chuva comum
Comece, uma vida nova. Recomece.
Mude de rua, pinte a sua casa, faça um novo corte de cabelo, faça mais viagens,
elogie o seu inimigo, sorria! Se arrisque mais,e aceite as críticas.
Não se pressione ou se sinta pressionado, assim criamos a época da velocidade.
E assim nos enclausuramos dentro dela. Se ame!
Essa história poderia virar um livro, chorei vendo fotos e ouvindo música.
E também as vezes meu choro foi pocrastinado. E já rir de tanta felicidade!!
Já dei risadas quando não podia.
Não queira reviver o passado, isso só irá ficar em fotos, em pensamentos e até as vezes
no coração.
Viva com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve...
Pois, é o fim de uma etapa, mas o começo de uma nova vida!
Não sei o que pensar, sou mais perdida que um pobre filhote vira-lata na rua sem ninguem,andei por muito tempo na escuridão. E agora tudo que quero e mergulhar nessa bola tão vasta que é o mundo !
EM TI
Frente ao mar
Numa rua gorgulhando de gente
Numa esplanada barulhenta
Senti o teu olhar me tocar
Leve como pluma, lindo como uma flor
Morri no teu sorriso aberto
Como porta convidando ao amor
Respirei o teu ar e o tempo pareceu parar.
Insinuando-te lentamente, com leveza
Como brilho de sol em
nevoeiro de praia
a tua timidez contente
perdura ainda na minha mente.
Tua voz é doçura, ternura, pura emoção
Torna o meu corpo louco de paixão
Um encontro certeiro
Para descrever momentos inteiros.
Em ti saboreio a vida.
No banheiro
Ou no quarto;
Eu penso e reflito
por tudo que eu passo.
No trabalho
Ou na rua;
A angústia vem, mas
a vida continua.
Levanto, olho a rua, olho o céu e tenho a certeza de que Deus é magnífico, pois enquanto todos dormem, Ele nos guarda e protege e quando todos acordam, Ele guia, abençoa, renova e ilumina o mundo. Deus é tudo!
Frio cortante que bate
Inverno que vem
O som da rua é o cachorro que late
pedindo ajuda aos que mais tem
Tomar uma decisão não é tão difícil assim!
E como atravessar uma rua olhe bem para os dois lados para não ser atropelado.
DELÍRIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Meio queijo no espaço;
vago à noite na rua;
cadê namorada...
Sem saber o que faço,
quase como essa lua
com goiabada.
Quando decidi "atravessar a rua", tive noção do que percorri naquele caminho.
Me perdi em ruínas intimas nele. Permiti que pedras me chutassem. Tropecei em calçadas esguias. Nunca encontrei sombras de descanso nele. Nem nada concreto e muito menos reto.
Calejei insuficientes passos nele, no mau caminho. Um dia, as crateras que cai pela vida me ensinaram a saltar. Me deram ânsia de voar.
Aquele caminho, hoje é apenas um mini labirinto, porque hoje o olho por cima. Sim! Dei a tal volta por cima. E que volta triunfal foi a minha.
Decolei pra bem alto, conheci novos caminhos e me dei a chance de viver novos rumos.
É! Hoje eu sei o que é estar por cima. Aprendi a voar com os pés no chão pra nunca mais me sentir pequenina.
___
O "Sem Poema"
Sem beira, nem eira,
Sem cor, sem graça,
Na rua, no banco da praça,
Solitário e sem tema
O Sem Poema
Sem vida, sem sabor.
Sem calor, sem nada,
Nem dor, no sofá da sala.
A mente presa a algemas.
O Sem Poema
Sem brilho, sem trilho,
Sem cheiro, sem amor,
Insipido, inodoro e incolor.
Numa ausência extrema.
O Sem Poema
LIBÉLULA
Como a libélula que no escuro não se guia,
choca-se nas luzes da rua quebrando as asas.
Insiste hipnotizada pelo brilho da luz que seus olhos partia.
Caída, cega, sofrendo, e uma pequena resta de luz que ainda via.
Tentando voar debatia-se, não consegue, fria, não verás o dia.
E assim vivo eu, aqui, a mesma agonia.
À noite, choro de saudade.
E de saudade é feito os meus dias.
Como a libélula, hipnotizada,
vivo eu com a luz que tua beleza irradia.
E quando me resta um resta, por menor que seja,
olharei! E que meus olhos vejam
o angelical rosto de quem amo e não sabia.
O descontrole da mente me deixa impaciente e é foda. Eu saio que nem louco pela rua, único mano é o cano na cintura. Eu preferia tá falando de amor, falando das crianças e não da minha dor. Mas eu sou o espelho da agonia de um homem. Sem identidade, caráter, sem nome.
O clarão da lua na noite escura, projetou naquela rua o instante de nos dois, onde o tempo parou só pra ouvir nossas juras de amor....
Ironia:
Foi morto pq não tinha mais dinheiro para entregar...
Baleado por que andou na rua a noite...
Assaltado pq estava com o celular na mão no centro da cidade...
Violentada por que usou saia curta...
Agredido pq é Gay...
Se não fossem as vítimas viveríamos sem crimes !!!
Rua deserta...
Beco quieto...
Linha vazia..
Calçada a portuguesa
Chuva de lágrimas..
Jardim inacabado...
Candeeiro sem luz..
Altar sem cruz
Igreja sem sino..
Pessoas sem destino..
Futuro sem esperança...
Janelas partidas...
Viver sem lembrança.
Olhar perdido...
Adeus mudo..
Vento forte...
Tempo esquecido...
Despedida cruel..!!.
A brisa gélida da noite me abraça e a melancolia daquele abraço toma conta de mim, noite escura, rua vazia, céu sem estrelas, sinto-me sozinha, a brisa me faz companhia, enche-me de afagos, deito-me em teus braços nessa noite fria.
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