Meninos de Rua
Menino de Rua - Escrito há mais de 30 anos.
(Rayme Soares)
De amor eu sou carente
Ando descalço e sem camisa
O meu futuro dizem ser delinquente
O meu dever amar a vida
O meu sorriso é momentâneo
O meu desprezo já lhe avisa
Que não sou nenhum simples estranho
Mas um moleque da avenida
Meu sonho mesmo é ser alguém
Que seja visto como gente
Não tenho nada e tenho o mundo
Pra aprender a me virar
Minha escola é a rua
Os "professores", quem não quer me ver
Pois sou um menino de rua
Mas posso até vir a crescer
Rua
Rua...
Timidamente
embrulha-se de luar
Está guardando-se dos sons
que os ébrios ousam tocar
Logradouro...
Não conhece o mar
porque fica do lado de cá.
Mas envolve-se na areia
que vento tema em lhe dar.
Alameda...
Parque, praça, jardim.
Guardadora de passos
Ladra de sonhos
Acolhedora do abandono.
Enide Santos 21/06/14
Aprendi a ler porque via meus pais imersos em livros. E, ainda quando mal entendia o porquê das coisas, tinha comigo que havia nos livros uma magia muito além daquelas das brincadeiras de rua. E, tão logo me iniciei neles, percebi porque, no silêncio de uma leitura solitária, as pessoas sonhavam acordadas.
Tem muita gente boa nas ruas e muita gente ruim nos escritórios. Temos é que pensar melhor em quem damos valor.
Belas Mulheres e Gostosas á Varias sim !!!!!
"Mas mulheres Bonitas,são poucas,essas você não ver sempre na balada...
Elas estudam trabalham,muitas das vezes cuidam dos filhos,as vezes tem olheiras,sem tempo de corta ou pinta os cabelos,ou fazer as unhas..as vezes acham que estão magras de mais ou um pouco acima do peso....e como sofrem...uma estria aqui uma unha quebrada ali !!!!!
Sofrem pelos parentes ou por seus maridos ou até mesmo por um simples amor..
Durante a semana você nem nota ela,passando pela rua são como verdadeiras gatas borralheias,mas são objetivas carregam o mundo em suas costas..
Mudaram muito,mais ainda sim,são verdadeiras Musas..."
Andei perdido,loucamente e faminto da minha estupidez,
a minha mente esbanjava intrepidez, por dentro só decepção,
a verdade que engana é a mesma que condena,
antes, e de tal zelo quanto cabia.
ainda um dia chegaria para minha lucidez voltar
escapei como podia, das vontades outra vez queria
saber qual foi o dia que em mim quis perpetuar.
E um brilho do alerta rangia, nessa minha idolatria de submissão
ouvia todos os dias o murmurar da estadia e do preço do pão
saber que a vida é bela até cego pode acreditar
mais viver em liberdade é doutrina apenas pra quem escolhido está!
até tentei sobreviver, em outros trapos, como renegado abutre da indecisão!
apertei toda verdade, cabendo na consciência um pouco tarde de toda espécie de manipulação,
acertando mais um risco que escreve um capitulo dessa imensa e extraordinária fração.
Enfim, na mão coragem, no coração a humildade de quem já sofreu de verdade, transpassando uma rua fria, da esquina que ilumina toda essa interação!
entre loucos e barbados, de viéis a riso fácil, até senti um embaralho quando a vi passar toda colorida, tão bela e cheia de vida, de minha simples vida, passou que sorrisos que de mim vc arrancou!
adeus, até queria, não é que seja tão fria essa nossa decisão!
podemos quem sabe um dia, sorrir numa alegria ou sofrer decepção.
até mais e até breve
curtindo o por do sol de leve
sorrindo em lhe ver alegre
feliz por nossa decisão.
Deu solidão!
Deu tempo,
sem tempo
na rua,
na sua,
contra mão!
Cada inimigo seu vai te aplaudir de pé
Quando o seu escudo for o seu olhar
E sua espada a sua fé
Quando a sua meta for felicidade e não vitória
Quem não se foca no presente não fica pra história.
Ruas tristes
Na noite escura
Misteriosa é a lua.
O vento percorre pelas ruas
Uma noite de escuridão.
Ás vezes sombras,
Passos,
Mistério,
Vagam pelas ruas da noite.
Ruas tristes,
Tempo de solidão,
As horas passam,
O tempo não.
Axioma cotidiano
O tiro disparado por um carro arma
a dor latente sentida por um corpo alvo-
mirado medido acertado.
Deitado na solidão do manto negro - asfáltico-
tomado de súbito assalto pelo cotidiano
chão âncora que o resgata da dor e o conforta.
Da chuva encarnada
que despenca do céu azul ensolarado
e se mistura à curva turva do trauma sofrido.
Em apenas um segundo
toda a vida como em um filme preto e branco
passando lentamente bem diante dos olhos.
Uma multidão incrédula
e em estado de choque
se aglomera ao redor.
Olhares perdidos confundem-se
com sentimentos sentidos (na hora).
Tudo parece nada, o mundo some!
De repente, para:
Um... Dois... Três... Afasta!
Afasta...
Afasta.
A vida se renova,
a multidão desaparece como fumaça
e tudo volta ao normal:
Corpos voltam a ser alvo perfeito
e carros armas letais.
Quis me esquivar dos pensamentos que me levavam até você, mas isso se tornou quase impossível, já que o destino fazia questão de nos colocar frente a frente. E agora seu cheiro parece estar em todos, e qualquer olhar no café, lanchonete, na rua, parece o seu.
O MENINO NOVINHO DA MINHA RUA
O menino novinho da minha rua,
de passos leves, sorriso no olhar,
tem a inocência que o tempo cultua
e o jeito doce que faz encantar.
Corre descalço, liberdade em brasa,
brinca com o vento, desafia o céu,
o dia é palco, a calçada é casa,
na vida simples, reina o troféu.
Os olhos brilham, reflexo do sonho,
o futuro é vasto, um mistério a se abrir.
No agora, tudo é riso risonho,
é puro, é leve, é de nunca partir.
E assim ele segue, na rua, menino,
sem pressa, sem medo, dono do instante.
Na dança da infância, encontra o destino,
e cada passo é um passo vibrante.
A rua já foi o palco da alegria, da liberdade e da vida. A rua já foi palanque das travessuras, artes, brincadeiras e algazarras da meninada. Quando a noite chegava, era a volta pra casa; mas a vida ficava guardada nos bancos das praças arborizadas, nos quintais floridos cheios de frutas maduras e na certeza de que nada roubaria delas a criatividade, a naturalidade, a simplicidade e a inocência, que as fazia donas do palco e do mundo.
Eu fico tanto tempo sonhando com a minha futura namorada que eu posso até já ter esbarrado com ela na rua, mas nem percebi.
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