Meninos de Rua
Performance sua na travessa da rua sem saída
Constituída por passos ligeiros
De habilidade e maestria,
Invocando mais atração
Que uma potente ventania.
Gesticulações apuradas,
Dignas de uma profecia,
Bailando embrulhada
Num pano, assemelhada
A uma especiaria.
Coreografia impecável
Instantaneamente tecida,
Performance sua
Na travessa da rua sem saída.
Movimentos simultâneos,
Andamento de façanhas,
Combinadas de exatidão.
Exaltadas as proezas
Vindouras d' articulação.
Exauriam as reservas,
De um reles observador,
Magnetismo de uma leva,
Certeira como o arpoador.
Coreografia impecável
Instantaneamente tecida,
Performance sua
Na travessa da rua sem saída.
O calçamento vibrou
Quando a moçoila pisou,
Relando sua superfície
Exímia cirurgiã,
Fraterna como a artífice
Entalhando um talismã.
A sarjeta como corda bamba,
O coreto lhe empresta o estrado,
Os postes, os fios e a caçamba,
São auditório pro sapateado.
Virando a travessa no avesso,
O excesso é um sucesso reverso,
Versado no que venha ser controverso.
Coreografia impecável
Instantaneamente tecida,
Performance sua
Na travessa da rua sem saída.
COMPLEXO DO ALEMÃO
Rua 2, Alvorada, Coqueiro Grota, Fazendinha, Nova Brasília, Sabino, campo do seu Zé, Canitá, Itararé, Relicário, Enferno verde, Morrão, Palmeirinha, Central, Vila Cruzeiro, Largo do bulufá. Lugares belos do Alemã.
Amigos de Nilo Deyson -: Bolinha, Tangara, Nenem, Vinicíus xv , Zibério, Messias negão, Brodher Playboy, Dinho, Negada, Celso, Bio, Vick, ENTRE OUTROS...
Minha favela onde fui criado, onde cresci, onde me tornnei adulto.
Amo o Comlexo do Alemã.
Se o Brasil fosse um cachorro de rua, os brasilenses seriam as pulgas, os cariocas os carrapatos e o funcionalismo público seriam os bernes!
As vezes é melhor ouvir os cachorros na rua latindo do que dar ouvidos a alguns seres humanos fazendo o que eles fazem nas calçadas.
Sonha com um Apocalipse mas nunca precisou dormir na rua , nunca ficou um dia sem comer , nem meio dia sem água e muito menos matou alguém .
#MADRUGADA
Louco...
O vento passeia...
Enquanto a noite envolve a terra...
E na rua deserta...
Uma alma vive...
Alma cheia de dor...
E de dor a alma está cheia...
Ao sabor dos enganos...
Vagou...
Não sentiu o decorrer dos anos...
Olhos fitos no vácuo...
Murmúrios desconexos...
Conserva o mesmo orgulho...
De um morto austero...
Celebra as ilusões com os fantasmas...
Enquanto gela o sorriso nos lábios...
Está só...
Não querida...
Apenas usada...
Caminha...
Passo a passo...
Se arrasta...
O tempo já lhe pesa...
Enquanto sopra o vento...
Nas altas horas em calma...
Cansada...
Tamanha fadiga...
Espreguiça...
Boceja...
Enfim, se dá por vencida...
Com os olhos cheios de mágoa...
Segue o vento pela estrada...
Aurora anuncia...
Nessa noite não foi usada...
Nem foi querida...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
"Podemos até estar na mesma "LUTA", mas não na mesma RUA; Minha Rua (LUTA) fica mais afastada do centro".
Estou andando na estrada dos decaídos.
A rua está enfeitada de depressão e iluminada por um roxo cheio de luxúria.
Eu gostaria de estar a caminho das glórias futuras para enrriquecer o meu ser.
O mal tenta me cercar sujando minha carne e trazendo morte para minha alma.
São os momentos,
Achar um grande fio no meio da rua e pegar para brincar, fazer cabo de guerra pular corda, é dançar na rua, correr enquanto puxa alguém, rir até chorar de piadas de humor duvidoso, andar extremamente rápido para não tomar chuva ou ficar do lado de alguém enquanto toma chuva ou esconder dela.
É andar de bicicleta, e se sentir viva com o vento batendo na cara, ou correr enquanto canta Gabriel pensador para esquecer de prestar a atenção na respiração.
É tomar café da tarde em uma padaria com uma ótima companhia enquanto o sol se põe, ou admirar o por do sol enquanto come carolinas descendo uma colina.
É fazer skincare e perceber o quanto aquela pessoa é linda mesmo com a cara verde.
É tomar coca na calçada rindo enquanto espera o tempo passar para o ônibus chegar.
É deixar a criatividade extrapolar os níveis racionais, e conseguir ver uma nuvem em forma de gatinho em cima de um prédio ou um prédio com tantas janelas que parece olhos que o torna parecido a uma aranha, ou se segurar no ônibus e conseguir ver um bonequinho sendo esmagado.
É conseguir dar cheiros sabores e cores para o mundo, é sobre esquecer o lado racional as vezes e deixar a vida simplesmente seguir seu curso sem a necessidade de um caminho definido.
"Mexer no celular na rua pode causar acidentes e te deixar corcunda já na juventude. Usar fone de ouvido te deixa surdo. Duas desgraças que estão na moda. Para o seu bem e preservação é melhor considera-se atiguadro"
"Chove lá fora,
Cinzento arrebol
Rua lavada,
Aqui dentro, sol.
Coração tranquilo
Mente vivaz,
Chove lá fora
Aqui dentro, paz.
Vento assovia
Cantando sua dor.
Chove lá fora,
Aqui dentro, amor."
Lori Damm
Nos românticos Poetas
a Lua perpetua
Amar, Amar de Terra em Terra,
Amar, Amar de Rua em Rua ...
E na loucura da Noite
esse Amor abrevia
até ao Nascer do Sol,
até ao romper do Dia.
Lua Pálida que vai tão alta
nas raias da morte,
frígida ou cálida
nas asas da solidão,
de face livida seráfica,
esquálida, perdida
que se esmalta e recorta
num infinito tão finito,
na imensidão do Coração!
Lua funda tão profunda
que m'inebria de Poesia,
rara calma suavidade
que meus lábios acarinha ...
Toma minha Alma tão sozinha,
será tua, sempre tua,
sê tu minha, sempre minha,
Pálida Lua!
Tem gente que eu me orgulho
só por ter cruzado a mesma rua.
Outras me fazem me arrepender
de não ter trocado de calçada.
Não se faz mais moradores de rua como antigamente.
Vi ao longe, um morador de rua com um livro grosso sobre um caixote. Já imaginava o título daquele livro grosso. Quando me aproximei, e consegui ler o título, me surpreendi: “DIREITO PENAL GERAL”.
Segui em frente, com sentimentos confusos.
Desencontro -
Caminhava pela rua lentamente
sentindo pelo ar muitos cheiros,
quando vi o teu andar tão indiferente
que mal assentava os pés ligeiros!
Caía chuva fria do Céu triste,
entravas imponente na Igreja,
viraste o rosto mal me viste,
ainda assim, Deus te proteja!
E Eu, um Poeta quente a quem seduzem
rimas estranhas, sem razão,
recordei as tristes palavras que dizem
"... talhas com teu machado as tábuas
do meu caixão!"
Procurava a rima certa, bem intensa,
p'ra findar meus versos com Amor,
ficou o desencontro da tua indiferença
na minha lista de pobre pecador!
Minha garganta rasgava
meus ossos rua iam
tudo aquilo me pressionava
como uma dor de um luto
e quem morria era eu a cada passo seu a cada gole que eu dava. E infelizmente agora não se resta mais nada.
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