Meninos de Rua

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"Uma rua sem saída é apenas um bom lugar para dar a volta."

Ser popular é diferente de ser famoso. O sujeito que varre a minha rua é popular.

Quem não tem coragem de andar na rua de mãos dadas com você, é porque tem vergonha de você

Na sola do pé que bate um coração vagabundo, porque a rua fica lá e ela e o coração do mundo, vem pra mim (vem), seja minha porque eu sou seu, a rua reina mais que o rei da roupa
que o rato roeu, linda, menina da pele preta ou marron
seja asfaltada ou de barro se eu tô com ela tá bom..

SEM CHANCE

É uma rebeldia, uma covardia,
Não ser amado!
A rua está fria, mas tudo bem!
Dormir na rua, acordar sozinho, tudo bem!
Não quer mais me ver, tudo bem!
Ainda há motivos para tentar?
Suicídio é um caminho natural para mim.
Viver por viver, sobreviver,
Sem chance!
É, às vezes parece que
A única maneira de sobreviver à vida
É a base de drogas, muito álcool
E rock n´roll.

⁠Mais sujeira que tem na rua, tem de seres humanos
E mais poluente que a sujeira da terra
É a língua do ser humano

" Doutor, Estou tão triste" Filho, Vá fazer uma vista ão palhaço da rua 7" Mas Doutor, Eu sou o palhaço da rua 7"

"Eu já fui acusada de tudo. Eu era "negrinha" [a avó era negra], menina de rua, mas nada disso me atingiu porque eu não sabia o que era o mundo. Não tinha nem amigos. Passeava na rua e era perseguida com 7, 10 anos, porque o negro é perseguido há séculos."

"Há um verso de Verlaine que não voltarei a lembrar.
Há uma rua aqui perto que está vedada a meus passos,
há um espelho que me viu pela última vez,
há uma porta que fechei até o fim do mundo.
Entre os livros de minha biblioteca
(eu os estou vendo)
há algum que nunca mais abrirei.
Este verão farei cinquenta anos;
a morte me desgasta, incessante."

Tempo ao Tempo.
O padeiro

Todo dia o padeiro passa na rua onde moro vendendo pães e bolos, com sua estridente buzina, chamando a atenção de seus compradores.

O que me incomoda não é a buzina, mas sim um detalhe: ele não vende sonhos.

Menina risonha que ri e que sonha.
Menina falante, atrevida e constante.
As vezes sozinha pela rua vazia.
Entre idas e vindas sempre agradecida.
Menina confiante com sorriso radiante.
Valente, contente sem medo segue em frente.
Pra chegar até aqui, floresceu amor em si.
Desfilando e cantando vai seguindo seu trajeto, com seu coração cheio de afeto.
#Andrea_Domingues

⁠O Sol
(Poeta e Filósofo Brasileiro Sidarta Martins)

Sempre a olhar
A chuva a molhar
A rua que encalha
A vida que malha
O homem que falha...
O homem que vive
No fio da navalha
Se molda e se talha
Ao pé da fornalha
Aquece e escurece
A calha, que falha
Co’a chuva que encalha
A vida sofrida
Dos homens!
Dos homens sem nome
Que buscam, rebuscam
Enganam e se enganam
Ofuscam-se ao sol
Ao sol que olha
A chuva
Que molha
A rua que encalha
Encalha e atrapalha
A vida dos homens
Dos homens sem nomes
Que buscam, rebuscam
Que sofrem e talham
Ao fio da navalha
A labuta diária
E a própria mortalha.

Na rua ha de tudo, principalmente gente esquisita.

Há um temporal em mim e você sai na rua com guarda-chuva para se proteger do sol.

Bah, saio pra rua e só vejo tu, guria
nos meus pensamentos a prenda linda e o guapo matreiro
vem pra perto de mim onde é teu lugar
pra deixar o coração deste gaúcho faceiro

O dono de um pequeno comércio,amigo do grande poeta Olavo Bilac,abordou-o na rua:Sr.Bilac,estou precisando vender o meu sítio,que o sr. tão bem conhece.Poderá redigir o anúncio para o jornal ?Olavo Bilac apanhou o papel e escreveu:"Vende-se encantadora propriedade,onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo,cortada por cristalinas águas de um ribeirão.A casa banhada pelo sol nascente,oferece a sombra tranquila das tardes na varanda." Meses depois encontra o poeta com o homem e pergunta-lhe se havia vendido o sítio."Nem pensei mais nisso" disse o homem."Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha."

Bopp foi lá no meu ateliê, na rua Barão de Piracicaba, assustou-se também. Oswald disse: 'Isso é como se fosse um selvagem, uma coisa do mato' e Bopp concordou. Eu quis dar um nome selvagem também ao quadro e dei Abaporu, palavras que encontrei no dicionário de Montóia, da língua dos índios. Quer dizer antropófago.

Tarsila do Amaral

Nota: Em referência ao seu quadro famoso "Abaporu", símbolo do modernismo brasileiro

Lá vou eu pela a rua abaixo a pensar,
e digo qual destes temas será bom para rimar.
Os anos vão passando e eu amando esta cultura,
nesta estrada longa sem apoio e sem ajuda.

Eu sou a rua por que eu vivo isso de coração
Não me finjo de rua pra ter consideração.

Toda vitória tem sacrifícios. Aprendi isso quando venci. Estou morto.

Inserida por Meninodosversos