Meninos de Rua
Brincadeira na Rua... Uma tarde , o dia passa rápido e você nem vê , ea agente continua brincando , eos pais já estão na janela dizendo : - está tarde , vem pra casa ! , ouçamos sempre esse som: - é tarde ! , ah noite chega , e descançamos por causa daquela tarde. o dia não é mais depois das 17:00 , já é tarde , e amanhã continua a mesma coisa , a tarde é sempre a tarde !
A ligue no meio da noite e diga qualquer bobagem e depois quando a encontrá-la na rua não a deixe passar como se não se conhecessem. E quando ela menos esperar faça algo extraordinário. O quê? Apenas segure a sua mão e já será o bastante.
Uma noite...uma Rua...uma Árvore...e aquelas Torres :$
"....meu coração acelera em cada instante a seu lado, tentando imaginar o que viria depois...e o beijo aconteceu...foi um momento de pura excitação, nossos pensamentos estavam em sintonia constante, desejos, ansiedade e um pouco de medo :$:$:$...Tornando aquele momento inesquecível , onde um sentimento lindo e verdadeiro... era apenas uma semente que acabara de surgir..."
Em qual candidato você votou? Naquele que pagou para que jogassem folhetos pela rua? Naquele que fez aquela passeata barulhenta?
Se o candidato ganhasse por sujeira não era preciso nem apurar os votos, ou por barulho e desordem. Eu vi vários "campeões da sujeira e da desordem".
Cruzando a rua em passos desproporcionais a minha pressa, insistia numa demora como se pudesse alongar as probabilidades. O sinal verde possuía dois significados, dependia só de onde estivesse, mas esse era um detalhe que eu parecia ignorar. Fingia desatenção para proteger meus motivos interiores, e esperava ao mínimo uma retribuição de toda essa indiferença. Foram trinta e cinco segundos de êxtase aprofundado a cada pisada ao chão, bloqueando os sentidos como se a mente fosse um barco a navegar calmamente enquanto o mar se contorcia quase a engoli-lo.
Em um raro milésimo de volta a realidade ouvi um estrondo, cortado tão rápido que não consegui distinguir, e pude sentir os pés travarem e ao mesmo tempo tremendo como se quisessem sair dalí.
O instinto me fez abrir os olhos, e antes que eu encontrasse forças para impedir já observava com os olhos abertos ao máximo o que viria a ser meu último momento. Em tempo curto demais pra elaborar qualquer raciocínio, pude sentir um pouco de dor um segundo antes do desmaio.
Não sei a quanto tempo estou aqui. Ouvi vozes que diziam cinco meses e alguns dias, mas a essa altura não consigo diferenciar o que é real ou delírio. As vezes sonho com momentos que meu consciente já não recordava de quando eu era criança e brincava sozinho no fundo de casa. Geralmente é interrompido com a voz da minha mãe me convidando para o almoço, é o momento que eu acordo, mas tudo ainda é tão branco para todos os lados, e passo horas esperando a próxima visão.
Cada vez que me sinto mais fraco não enxergo mais nada, me entrego involuntário sem certeza de que voltarei. A hora da decisão passou, me sujeito agora ao acaso das forças invisíveis sobre o meu fim. Não sei se frustrado ou aliviado, mais uma vez só quero que isso acabe logo.
O vazio total e a urgência de recomeçar
Em que casa, em que rua, em que mundo eu vou morar?
Onde eu vou entre o fim do trabalho e o começo do sono?
Prá te esquecer me entrego pra qualquer bobagem na TV
Passeando pela rua da minha paixão...
Vi tudo colorir...
Vi tudo reluzir...
Essa rua, de importante que é, faz morada em mim.
Ela me faz ver chuva no verão.
Sol no inverno.
Aflora em mim, o que há de mais excelso.
O coração arde...
As pernas não obedecem.
A reação do meu corpo, querendo aquele bendito corpo...
É explosão de tanta emoção...
É Libertação de tanta entrega...
É paixão de tanto amor e saudade.
Sou
Sou
Sou alguém que fala o que sente
Que não tem medo de amar
Que ama os cahorros da rua, os mendigos
Ama os velhos nos asilos
E seus restos de sonhos
Sorrio por tudo e por nada
Dou a mão a quem me ofende
E choro por aquele que me odeia
Não tenho inimigos, e nem os quero
Na terra, tesouros não guardo
Os quero no céu me aguardando
Apanhei muito na vida, de mãe, de irmão
Mas os amo incondicionalmente
Não sei direito quem sou até hoje...
Tenho dois nomes, um de sangue , um de cidadão
De criança adotada, virei a filha mais amada
A irmã mais requisitada
A Tia mais concorrida
E a mãe mais engraçada
Só sei chorar á toa
E rir á toa também
Prefiro sorrir, pra conservar a juventude
Mas quando choro é sempre por amor
Nos mais variados sentidos
Sou assim, com um pedaço de Deus na alma
E um coração sincero e encharcado de amor pra dar
Ivani 2009
Existem momentos que eu me considero um poeta, um filofoso de rua, porem existem momentos que o meu coracao fala e ditamina, o espiritu escuta, o corpo treme e a mao escreve, e o sentimento abstracto concretando-se em palavras.
...Olha o olho olhando o olho que olha o olho da rua.
Mas o olho só olha o olho quando olhado for.
Se olhado o olho refletirá o olhar de olho da vida.
O olho que olha a vida olha a vida do olho da rua!...
De volta.
Peço ao motorista para ir mais devagar, quero matar a saudade de cada rua, cada ponte, tento abraçar tudo com os olhos, quero absorver, observar.
Não tenho mais certeza quanto ao endereço, ainda bem que achei ao acaso escrito num pedaço borrado de papel, dentro de uma edição velha do meu livro favorito.
Agora não olho mais pra rua, tento disfarçar o nervosismo, tento acreditar na mentira de que o tempo não passou, que tudo ainda está no mesmo lugar.
O carro para, deixo de lado meus pensamentos mais íntimos, dou uma nota e digo que não preciso de troco, saio com as malas, o táxi parte e eu fico, parado.
O mundo girou e eu nem percebi, procuro as chaves no bolso, deixo as malas na porta e entro.
Não sei se é a saudade ou se é de verdade mas sinto aquele cheiro de café forte sendo coado, saio abrindo portas e janelas deixando a luz entrar, vou até a cozinha com a esperança de que ela esteja lá, não tem ninguém, o cheiro de café era fruto da saudade, ela foi embora dois anos antes, levou o cachorro e a velha TV.
Sento no balcão, ainda posso ouvir seus passos, continuo andando pela casa lembrando cenas antigas de um passado qualquer, vou ao quintal, o jardim continua florido e bem cuidado, corro para o portão sorrindo, tenho certeza que ela vai voltar.
Como toda boa pessoa, Maria não conseguia se calar ao ver algo errado em seu caminho na rua, tinha de exclamar, apontar e criticar.
Na rua de casa, no canto do muro, nascia aquela florzinha que você sempre trazia pra mim. E eu lembro que quando chegava em casa e me via brincando de fazer comidinha, pegava algumas daquelas florzinhas pra eu enfeitar os bolos de terra que eu fazia. E quando eu fui pra quinta série, eu comecei a ter um professor pra cada matéria e me desesperei. E você comprou um quebra cabeça de 500 peças só pra me fazer entender que nosso cérebro é como um quebra-cabeça e que com o tempo e a vida, a gente vai montando pecinha por pecinha. Até hoje eu não montei o quebra-cabeça, e nem vou montar, porque não conseguimos "montar" nosso cérebro até o final da vida, poucos são o que conseguem montar a metade dele. E lembra das flores nos semáforos? Você nem sabia mais onde guardar tantas rosas. E as músicas? A primeira vez que você me levou pra sair? E o ciúme doentio que eu sempre tive de você? E o show do Jota Quest?
Sinceramente eu não entendo como estou viva depois de dois anos. Cada dia desde o dia 27 de julho de 2007 me lembra, em alguma partezinha dele, você. O macarrão com creme de leite, aquelas barras gigantescas de chocolate que a gente derretia e comia com morango. As longas conversas, os conselhos. Tudo isso é tão meu, faz parte de mim.
Naquele dia, dia 20, você estava tão linda. Segurou a minha mão tão forte, mas eu estava tão encantada com a sua capacidade de ser feliz ainda naquela hora que eu nem senti dor. Você me ensinou tanto naquela hora. Mal podia falar, mas não se despediu em momento algum. Em seus olhos você me dizia que iria voltar. De alguma forma, mas voltaria.
Você estava linda. Todos correndo para fazerem alguma coisa por você, mas você tranquila.
Hoje eu entendo. Você tinha tudo. A amizade, o amor, e tinha vivido com tamanha intensidade que... Estava feliz.
Nós éramos melhores amigas, você tinha um amor só seu. Era tão bom viver com você, fazer compras com você, comer chocolate com você.
Eu andei lembrando daquele dia que eu tinha perdido um concurso de soletrar da escola e, eu pedi que você me abraçasse pra eu não chorar, eu estava tão decepcionada comigo.
Eu queria ter te abraçado aquele dia. Ter dito que eu estava com você, sempre. Apesar de saber que você sempre soube disso.
Olha... Nesses dias eu ando tão frágil, pensando em você, sempre. Com uma vontade imensa de viver só um pouquinho do que vivi com você.
"eu aprendi com a gramática que saudade não tem tradução..."
Eu só queria que você soubesse que eu lembro, que eu sempre vou lembrar. Que eu ainda acho injusto tudo ter sido tirado de você assim, de repente. E, que eu quero lembrar de tudo, todos os anos, porque eu sei que se ainda estivesse aqui comigo, estaria vivendo de uma forma tão nobre... Estaria criticando os meus textos, reclamando das vezes que saio sem maquiagem, xingando os políticos, entendendo de tudo um pouco, me ajudando na escola, encontrando novos textos, comprando coisinhas de artesanatos, criticando a beleza alheia. Só com você eu sonhava em voz alta e, lembra daquele dia, debaixo da árvore, que você disse que um dia eu seria acordada assim? Eu fui ^^ E no tempo certo.
E, tomara que aquela estrela que brilhou ano passado, apareça. E que o vendedor de flores também esteja por perto. E que tudo seja lindo, como sempre foi quando você estava aqui pertinho.
Eu estou tentando ser como você sempre pediu que eu fosse, tá? Estou tentando levar tudo um pouco menos a sério, sendo mais bem humorada, rindo um pouco mais e me deixando ser humana.
Eu estou tentando... E eu te amo. E vou zelar pra sempre de você.
E, eu to sendo feliz, bem feliz.
Eu te levo aqui dentro, numa caixinha lacrada, pra sempre... (L)
A CAMINHADA
Caminho no vento, na brisa, na chuva.
Na minha vida sou caminhar.
Caminho na rua, tropeço na guia.
Minha caminhada ninguem vai parar.
Caminho em busca de um vale encantado.
Com flores e frutos pra me saciar.
Caminho na rima, por cima do muro.
Gritando e cantando, vou a caminhar. ,
Em passos curtinhos, e passos gigantes,
tu tens que ter folego pra me acompanhar.
Caminho no canto da rua de noite,
caminho de dia quando o sol raiar.
Caminho na praia, ponho os pés na areia
caminho num barco em alto mar.
Caminho sózinho, caminho contigo,
caminho, caminho, caminho, caminho...
Foi procurando em alguém que desviei o meu olhar e a vi atravessando a rua e foi ali que achei o que a tempo venho procurando. Alguém especial para estar ao meu lado.
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