Meninos de Rua
Estava caminhando pela rua hoje, e passei por uma garota gritando no celular a seguinte frase; “PRECISO DE UM TEMPO!” E desligou. Fiquei com a palavra “tempo” o dia inteiro na cabeça. Já me peguei dizendo que com o tempo vai passar, que preciso de tempo pra pensar, que o tempo fará esquecer, e blá blá blá. Sabe quantas vezes o tempo fez tudo isso por mim? NENHUMA. Esperar pelo o tempo é perda de tempo. Desculpe o trocadilho. Esquecer, desapegar, seguir em frente, deixar pra lá…Isso se chama vontade própria, e não vontade do tempo. Tempo nem tem lá suas vontades. Pobre coitado, é sempre o culpado de tudo. É isso! A gente culpa o tempo para não ter que carregar a própria culpa. Mas quem dera se o tempo ficasse em uma sala resolvendo tudo, poupando nossos esforços e diminuindo nossos problemas. Quem dera se o tempo parasse, pudéssemos concertar os nossos erros e aproveitar os momentos inesquecíveis. Quem dera se o tempo fizesse esquecer, apagar, deletar de vez da memória aquilo que não conseguimos de jeito nenhum. Quem dera isso, quem dera aquilo. Quem dera. Dê tempo ao tempo. Porque o tempo meu caro, o tempo só tem uma função; O TEMPO PASSA.
Acaso
No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?
Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Eu gostaria de viver em um mundo onde as galinhas possam atravessar a rua sem ter seus motivos questionados.
Um dia quando era mais novo, ia passando pela rua e me deparei com um mendigo, jogado na calçada, sem comida, sem casa e sem familia. Fiquei pensando no que levaria uma pessoa a chegar em uma situação daquelas, confesso que fiquei intrigado. Então parei e ajudei-o a levantar, ele me agradeceu e comecei a perguntar sobre o que havia acontecido com ele, o que o levara àquela situação tão deprimente e humilhante. Não é uma pergunta que se faça a um estranho, mas não contive a minha curiosidade e resolvi ir logo perguntando.
Ele me respondeu que possuía uma esposa, cujos cabelos eram negros como a noite e o semblante carismático que tinha o poder de seduzir qualquer um que olhasse alguns segundos apenas para ela. E foi exatamente isso que havia acontecido, eles apaixonaram-se como em uma cena de filme, algo tão misterioso e mágico ao mesmo tempo. O velho mendigo ia balbuciando aquelas palavras e por dentro eu de certa forma ironizava aquilo que ele dizia, amor a primeira vista? Isso não existia, era apenas uma coisa que inventaram para entreter o público solitário que procurava nos filmes uma compensação para a sua vida com falta de afeto e por a ânsia de encontrar alguém perfeito, coisa que todos nós sabemos que não existe.
E aquele homem ia continuando a sua história e quanto mais ele falava menos eu acreditava, achei que seria talvez uma desculpa de um homem embriagado que não tinha coragem de assumir que estava naquela situação por causa do seu vício. Ele dizia que ele e sua amada se conheceram e logo engataram um namoro, era tudo perfeito, o jeito que ela olhava para ele o fazia ‘derreter’, o modo como ela o abraçava o fazia estremecer e as palavras doces que ela soltava por entre os lábios soavam como melodia aos seus ouvidos. Mas essa bela e história se tornara um pesadelo alguns meses mais tarde. Quando foi diagnosticada uma doença rara em Helena, esse era o nome da mulher com que ele se referia com tanto amor. Ele fez de tudo, foi aos melhores médicos, procurou ajuda espiritual e experimentou as melhores tecnologias, sim ele havia sido um jovem empresário bem sucedido. Mas o que realmente o levara àquela situação?
E foi continuando o velho a sua história, dizia que os médicos deram a sua namorada apenas mais 1 ano de vida. “ E foi o melhor ano da minha vida” – disse o velho.
Pedi ela em casamento, embora toda minha família fosse contra. Como poderia alguém casar-se com uma pessoa que morreria dali um ano? Que futuro poderia construir com alguém assim? Ninguém entendia como um romance tão recente havia mudado tanto aquele homem, duro e por certas vezes até ‘sem coração’ como alguns diziam. Mas ele casou-se com Helena mesmo assim. Na lua de mel foram à praia, pois ela nunca havia visitado e dizia ser um sonho que queria realizar antes de sua morte. Cada vez que ela falava de seu fim próximo o coração do velho se partia em milhares de pedaços e ele só não se punha a chorar para não desanimar a sua amada esposa.
Durante esse ano ele gastou todo o seu tempo e dinheiro realizando as vontades e fazendo mimos para a mulher que tomara conta do seu coração e que lhe trouxera a maior alegria da vida, uma alegria inimaginável segundo ele. E após terminar esta parte da história ele me perguntou se eu já havia amado alguém com tanta força que só de pensar em perder essa pessoa meu coração doía, que parecia que sua garganta iria fechar e seu coração parar de bater. Eu com toda minha arrogância respondi prontamente que não e que não acreditava nisso. O velho sorriu e me disse seu nome, Augusto era o nome dele. E após isso continuou sua história, disse que alguns dias antes do aniversário de um ano de casamento ele já temia o fim do seu paraíso e rezava todas as noite para que os médicos estivessem errados. E em uma noite tranqüila em que dormia abraçado com sua esposa, ele sentiu uma má sensação, uma sensação de que sua mulher estava para deixá-lo. Prontamente ele pulou da cama e a chamou para um passeio pelo parque a noite, ela não entendeu nada do que estava acontecendo, mas aceitou. E passearam pelo parque por alguns minutos, a noite estava linda e por fim sentaram-se a beira do lago admirando as estrelas, ela deitou-se em seu colo e ficaram a conversar por alguns momentos, quando ela como suas ultimas palavras produziu aquela doce melodia novamente com um EU TE AMO tão apaixonado e tão sincero que estremecera a alma de Augusto. Depois disso ela calou-se e ele sabia que ela havia o deixado. mas continuou ali a admirar as estrelas por mais alguns instantes, era uma despedida silenciosa mas nem sempre é com palavras que expressamos o que sentimos – disse o velho.
E após esse dia o velho perdera a razão de viver, não tinha mais vontade de trabalhar, pois com que gastaria seu dinheiro agora? E aquele velho com a face triste e sofrida, agora sim podia ser chamado de ‘sem coração’ pois com a morte de sua amada o seu coração havia se fragmentado em pedaços tão pequenos que nada mais lhe interessava a não ser esperar o dia de sua morte para reencontrar Helena.
Após ouvir aquela história eu não sabia o que dizer, e o velho com um sorriso que saia com dificuldade de sua boca me disse :
“ Eu tive a melhor mulher de todas que me fez o homem mais feliz, mesmo que por pouco tempo por força do destino, a única coisa que me arrependo foi por não tê-la conhecido antes. Se você encontrar a mulher da sua vida, assim como eu encontrei, não perca tempo com brigas e discussões por pouca coisa, pois o tempo que vocês têm para serem felizes pode ser curto” – saiu andando para dentro de um beco onde já não conseguia o ver mais.
Eu sai e caminhei para casa pensando na vida daquele homem, pensando se realmente seria possível um amor assim e o que seria essa verdadeira felicidade que ele dizia ter encontrado.
Alguns anos se passaram e hoje eu me recordo das palavras daquele homem, uma a uma, pois conheci você e senti exatamente a mesma coisa que ele havia dito ter sentido quando encontrou Helena. Agora eu sei o que realmente é felicidade e espero que passemos o resto de nossas vidas juntos, independente do quanto elas durarem, pois com você eu aprendi a ser feliz, por você eu mudei, você me deu um coração. TE AMO MAIS QUE TUDO NA MINHA VIDA e PRA SEMPRE.
"O louco, o amor e a flor"
Vi um louco na rua e lhe perguntei sobre o amor.
O louco era tão louco, falou que amor é igual a uma flor
Bonita, elegante, atraente, mas não vive fora do chão onde alguém um dia a plantou.
Tem que cuidar, tem que ser regada todos os dias, cada manhã.
Senão ela murcha
Perde a beleza
Fica sem cheiro
Ele disse que planta e zela o amor igual se plantar com carinho a linda flor.
Para colher as admirações e a paixão desejadas pela caminho.
O sistema tem que chorar,
Mas não com voce matando na rua,
O sistema tem que chorar
Vendo a tua formatura
Às vezes vejo os piores tipos na rua, e sinto como se o meu coração fosse transbordar de lágrimas de gratidão por Deus nunca ter me deixado agir como eles têm agido. Tenho pensado se Deus me tivesse deixado só, e não houvesse me tocado com sua graça, que grande pecador eu teria sido. Eu sinto que eu teria sido o rei dos pecadores, se Deus tivesse me deixado só. Eu não posso compreender porque eu
sou salvo a não ser pelo fundamento de que Deus assim o quis. Eu não posso, por mais seriamente que busque, descobrir qualquer razão em mim mesmo para ser um participante da graça de Deus. Se neste momento eu não estou sem Cristo, é tão somente porque Cristo me quer com Ele, e Sua vontade é que eu esteja com Ele onde quer que ele esteja e que eu participe de sua glória.
Acordar cedo frequentemente com a rua em silêncio e sem despertador, é o primeiro sinal de que realmente estamos ficando velhos!
O ciúme tem olhos verdes, espreita no fim da rua, onde se juntam os pensamentos vadios.
O ciúme é um pássaro. Mexe-se rápido nas entranhas... Voo soturno de um inferno muito particular...
O ciúme é o oposto da liberdade, se apossa de nós, veneno do instinto básico.
O ciúme é uma aranha ardilosa, arma teias para as moscas da insegurança.
O ciúme muda a versão da história, imagina circunstâncias. Assim como veio, passa. Até nos espreitar de novo, tirando nosso sossego, instigando o delírio dos erros.
Doctor: Fizeram o quê?
Bishop:Perdão?
Doctor: Deixaram-na onde?
Bishop: Na rua.
Doctor: Na rua? Deixaram-na na rua. Roubaram o seu rosto, e então simplesmente a dispensaram e deixaram na rua. E como resultado, isso simplifica as coisas. É muito simples. Sabe por quê?
Bishop: Não.
Doctor: Porque agora, Detetive Inspetor Bishop, não existe poder nesta Terra que possa me deter.
Eles se cruzavam na rua, nas festas, nos encontros de amigos, em eventos públicos e outros particulares. Eles trocavam olhares, mas nunca havia um diálogo. Os olhares deles diziam tudo: Ele precisava dela, e ela precisava dele.
Em cada esquina me procuro, em cada rua tento me encontrar,
em cada estrada me sigo, em todos os lugares ando a procura de mim !
Gostaria de ter ciúmes:
Da rua onde você caminha, pois nela você circula...
e eu não te tenho ao lado...
Da casa onde você mora, pois ela te agasalha...
e eu não te tenho em meus braços...
Do sol para quem se expõe, pois ele te aquece...
e eu não posso abraçá-lo...
Da praia que frequentas, pois ela te deixa molhado...
e eu não posso beijá-lo...
Só não tenho ciúmes da Lua, que te acaricia à noite...
pois é nela que te chego, pondo-me ao seu lado...
Para agasalhar-te... e aqueço-te ao abraçá-lo e...
Molho-te os lábios... Beijando-te...
Beijos! Boa noite! Abraços! Até!
Beijos! Até! Um cheiro. Hum!
Às vezes vou lá na varanda, depois que saio daqui, e fico vendo a rua, sentindo o vento na cara, ouvindo os carros passando e pensando: é mundo, você ainda existe...? Daí a saudade que eu sinto de você vem, começo a pensar no nosso dia, percebo que o que estou vivendo, nesse mundo que construimos, é a melhor coisa que está me acontecendo... te viver, sabe? Tudo muito intenso, tudo muito na carne, tudo muito no coração, tudo muito na mente, tudo muito nas lembranças. Meu coração acelera só de escrever essas palavras, porque eu te sinto em cada uma que eu escrevo e o que me resta nessas horas, em que penso em tudo isso, é ficar naquela ansiedade de que a noite passe logo pra que possamos viver esse amor todo de novo... mais uma vez... novamente.
Nem lembro que a terra está girando... que os dias se transformam em noites... me confundo nos dias... e por aí vai...
Jota Cê
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Ja teve alguém que te prendesse de uma forma boa, de você sair na rua pensando nela, pensando como aquela noite que passaram juntos foi maravilhosa , pensando na promixa vez em que estará ao lado dessa pessoa?
Ja sentiu que ao lado dessa pessoa é o melhor lugar de todos?
Ja passou por varias pessoas e não prestou atenção porque estava lembrando do sorriso, dos olhos brilhando e daquele abraço seguro?
Tudo é questão de tempo, mas me diz , qual é o seu tempo?
K.B
Eu sou mato seco, cachaça ralé, o lixo do beco de uma rua qualquer; e tudo mais o que for inútil e pegue fogo
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