Meninos de Rua
"DESÇO NA ESPERANÇA"
Desço, a rua escura
Mal iluminada, empedrada
Desço-a ao sabor
Do vento de pés descalços
Lentamente
As noites douradas descem as serras
O rio passa pelas árvores
Olmos que balançam
Brincam com as folhas caídas, coloridas no outono
Alma incompreendida envolta numa esfera de sonhos
Chega à vila envolta de solidão
Na alta madrugada
Inegável capacidade
De sempre em permanecer sozinha
Compreensão incompreendida
Que procura por um navio
Que traga um tesouro
E que juntos naveguem por mares
Onde a noite na serra, seja iluminada
Com o brilho das estrelas.
Alegre como as águas do rio
Perfumada como as flores do campo.
Desço a rua escura, empedrada
Mal iluminada, ao sabor do vento
Entre as águas do rio de pés descalços
Desço na corrente da esperança.
02-01-2015
Na rua, no clube, no bloco,
na passarela...
Se gostamos ou não gostamos,
é tempo de alegria, de folia.
É tempo de brincar,
de extrapolar...
É tempo sobretudo de
cuidar mais do outro, da outra, da vida.
Cuidar da gente!
Cuidar, cuidar...
É Carnaval!
Inventei que precisava comprar filtros e saí pela rua como um embriagado a buscar os filhos num abrigo, mas a barriga tremulava café e a boca necessitava mais um trago. Passei pelo beco, esperando encontrar uma caçamba de entulhos, mas a rua estava limpa, vazia. A casa velha da rua de trás, intacta. Me ofendendo por estar tão viva, também acolhera em seu quintal de mato alto uma ninhada de gatos de olhos verdes acusadores e ferinos, olhos que me encararam. O silêncio deles, eu de chinelos e meia, a rua toda parada e a velha lá em cima, vigiada por um homem de chifres e cara de boi. Tudo funcionava como a suspensão do respirar de um mundo. Estava no ar e crescia em mim, percebi, quando os gatos fecharam os olhos e se ajuntaram para descansar – e uma mariposa passou voando sobre eles e sumiu no mato – percebi: de nós todos, eu era – eu era –, eu era; eu era a mais irrefletida das criaturas.
Hoje te vi passar por mim na rua, com o mesmo sorriso, com o mesmo cabelo, só havia uma diferença, você não era mais minha.
A minha vontade é pegar na mão de uma garota qualquer na rua, segundos antes do ano novo e tornar o inicio de 2013 dela inesquecivel
Hoje uma brisa que soprava pela rua,não me passou despercebido.
Senti o frio que se encontrava nela e logo em mim,notei uma certa semelhança.
A brisa era suave,mas cautelosa em suas curvas,passava de um lado ao outro só para ser adorada no seu esplendor.
A brisa me transportou de volta pra minha infância e lembrou-me de um tempo onde tudo era belo,e nada tinha defeito.
O tempo que ainda me era digno brincar de ser piloto,bombeiro e policial.
O tempo em que nada e ninguem era mau, e que a ignorância não existia.
O tempo que a angústia passava com o derramar de algumas lágrimas,e logo se esquecia de tudo.
O tempo em que brincar era toda riqueza necessária,e ser feliz era toda a rotina.
A pichação e o graffiti são filhos de uma mesma mãe, a rua, porém um apanhou demais e virou vândalo.
Eu sou uma pessoa muito solitária
Até tenho medo de cair na rua, cara
Magina?
Eu sou uma pessoa que anda muito sozinha, Sabe?
Eu ando muito sozinho, cara
E me passa um pensamento assim:
(Porra, se eu caio no chão, cara, eu posso ser enterrado como indigente )
Porque eu não ando em grupo
Você ta em grupo e caiu: (Ou vamos socorrer)
Mas eu ando muito sozinho, cara
Então, o meu medo
É de cair no chão
Cara
Criança de rua
Sou criança. esperança mas não espero que a globo leve a sério minhas infância
nos meu verso só há jesus eu peço
para que um dia esse amor seja vero
sou criança esperança de amor sincero
quando me vejo pelas ruas do parque Don Pedro praça da sé paissandu estou sempre ligeiro
Certa vez se encontrou um homem numa rua deserta.
Ele se sentia só e machucado.
Estava cego de um olho e passava muita fome.
Aquele homem aparentava ter uns 70 anos, mas sua idade real era 41.
Ele caminhava pelas ruas sem parar.
Já havia perdido a noção do dia e da noite.
Já esquecera o cheiro da flor, a comida da mãe, o conselho do pai e o abraço do irmão.
Estava triste.
Durante anos ele procurava por alguém que o ouvisse e desse atenção.
Deixara um amor, um bem querer perdido na estrada.
Desejava morrer, como se a morte fosse vida.
Desistira da vida porque a vida já era morte.
Certo dia, como num sonho, alguém estendera a mão.
E esse alguém o pegou pela mão e o conduziu pra dentro de um carro.
Do carro, entrou num foguete, e viajara para o espaço sideral.
Pousara em um outro planeta, bem parecido com a Terra.
Porem muito mais abundante em flores, frutos e animais.
A moça que o colocara no foguete o pegara pela mão.
Se aproximaram de um rio azul.
Ela pegou um pouco de agua e tocara em seus olhos.
Pronto! Não estava mais cego!
A alegria havia dominado aquele homem.
Naquele rio ele tomara um banho e se vestiu com roupas limpas!.
Depois do banho a moça sorridente e acolhedora o conduzira a uma roda e o colocara no centro dela.
Lá Homens, mulheres e crianças sorrindo haviam dito:
- Fale!
- Fale tudo o que quiser!.
O homem passou 10 dias e 10 noites falando sem parar.
Depois chorou como uma criança e emudeceu.
Aqueles seres se aproximaram do homem e o abraçaram.
Histórias de Rua
Foi se deitar cedo
O garoto pobre e ledo.
Exime de todas as virtudes
que uma criança deveria viver.
O dia é uma amplitude que só a infância enxerga!
Mas cedo deitou, pois a noite não queria o ver.
E o jovem risonho e pomposo
Acordara depois de anos para perceber
O contexto fugaz de jocoso
Que vivia teu amanhecer.
Hoje não sabe se ri, trabalha ou chora.
"feche o ar. Venta muito lá fora...".
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Escuto o choro de pequenos escravos
Acabaram de nascer, acho que já sabem como funciona.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Escuto os pensamentos de alguém que passa apressado
Tentando escapar de um bandido armado, destemido, temido e
Que veio o seu telefone confiscar.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Um tic-tac de um relógio que inocente insiste em marcar
Quase que me deixam surdo, quase que me deixam cego, um dia essas horas vão me levar.
Estou aqui trancado em meu quarto
Ouvindo os sons que veem da rua
Só não escuto tua voz.
Nada me anima
Nem a vida nem a morte, pois nunca escaparei,
Da sorte de estar nessa TV, que me faz atuar como fantoche,
Que me enrosca nas cordas que enforcam.
Aqui trancado no meu quarto grito para os sons que veem da rua
Lutem, busquem e não desistam não se tranquem aqui!
A rua
As grades! Elas estão por toda parte...
Ferros retorcidos,
Câmeras espalhadas em todos os cantos.
Será que ninguém invade?
Os muros estão cada vez mais altos...
A rua que era extensão dos quintais das casas,
Noutra época bem mais romântica,
Hoje nos apavora...
Vivemos em constantes dramas,
Ladrões correm para todo lugar...
Balas perdidas teimam em se encontrar
Nos corpos dos inocentes...
E as noites estreladas!
Que tanto serviram ao amor,
Hoje estão quase esquecidas,
Por conta de uma violência desmedida,
E não são mais vistas como antes...
Passam as estações e os ciclos lunares,
E as pobres almas?
Não conseguem contemplá-los...
Os olhos percorrem sempre assustados,
Todo trajeto à noite a percorrer.
Sejam noites frias ou quentes
Por temor começam a tremer...
É uma grande façanha andar do outro lado da grade.
As pessoas estão se esquivando umas das outras...
Bem desconfiadas! Numa demonstração de medo.
Ambos os lados estão assustados...
Faz parte.
O cortejo de João
Seguia uma multidão em rua larga
um cortejo de um defunto comum,
um homem conhecido e respeitado
na cidade.
Era o João, que morrera de dor
nas tripas.
João era uma alma boa, pessoa
prestativa e generosa.
João nunca se negara a ajudar seus
vizinhos, fossem eles gente boa
ou homens emprestáveis.
João não teve filhos nem esposa
e por toda vida vivera sozinho.
João cultiva a terra, onde plantava
seu sustento e o de quem lhe
batesse à porta.
João, certa noite, comeu seu jantar
e em seguida, depois de pitar o seu cachimbo,
fora dormir de barriga cheia e alma leve.
Durante a madrugada João sentiu fortes dores
no ventre, mas João era sozinho, na rua onde
morava ninguém escutou seus gritos por socorro.
João só foi encontrado dias depois, quando
vizinho lhe bateu à porta para lhe pedir açúcar
para adoçar seu café matinal.
O cortejo de João seguia na rua larga
em profundo silêncio, ninguém lhe cantava
ladainhas fúnebres,
nem cânticos de vitória.
Nesse final de semana, vou me embriagar de conhecimento.
Cair na rua da esperança, e acordar com aquela resseca de sabedoria!
Uma certa vez indo para o trabalho me deparei com um morador de rua, e ele me surpreendeu, fazendo a seguinte pergunta: o que eu preciso para ser feliz? Assustado respondi: uma pessoa para ser feliz, precisa de amor!E novamente ele me surpreende, não entendi! O que é o amor? E assustado não tive resposta e falei para o morador de rua: posso te abraçar e ele respondeu durante 14 anos eu sempre fiz esta pergunta e ninguém me deu a resposta que você deu!Falavam de Jesus e não agiam como Jesus os ordenavam, amai uns aos outros!Mas você com este gesto de me abraçar, mesmo cheirando mal me mostrou que Jesus habita em você. Moral da historia, chorei ao ouvir isto do morador de rua! Abrace e ame próximo sem fazer acepção de pessoas! O nosso testemunho fala por Cristo!
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