Meninos de Rua
Você pode encontrar um mendigo na rua, e achar que Deus não o ama, ou se ama, ama pouco.O que você si quer imagina, é que se ele possuísse o minimo de riqueza, na quele exato momento, ou seja na condição evolutiva na qual se encontra.Destruiria o mundo todo e a si próprio também, é claro.Ele não está naquela condição, porque, Deus ama apenas a ele, mas sim porque, Deus o ama muito, imensuravelmente a ele e todos nós sem exceção.
João e Maria
João vai sair e gastar o seu ócio à rua,
ser jovem tanto quanto queira,
sentar à praça, à sombra de coqueiros,
ver passar as senhoritas, e as senhoras,
apresentar-se a uma delas e saber sua graça,
declarar o seu amor à primeira vista,
dizer uma única vez que deve casar.
João vai acordar cedo de sono mal-dormido,
andar pelo passeio e pela madrugada;
subir, altivo, as ladeiras;
virar, de repente, nas esquinas;
descer com os santos as escadarias;
correr e se esconder no beco,
culpado de medo por vultos delinqüentes;
atravessar a ponte,
cruzar a cidade,
andar léguas de distância;
encontrar a casa de Maria pelo floreio,
bater à sua porta,
surpreendê-la e dar todas as respostas,
aceitar o convite para o doce lar.
João de Maria o atrevido amor;
fazê-la feliz, lado a lado;
dedicá-la os hábitos da vida;
povoar dos seus sonhos o melhor.
Depois que tudo se vai
A noite continua sendo escura
O dia claro
A rua também continua
Sendo recoberta pela pedra fria
Parece até que nada muda
E de vez em quando a chuva cai
Mas se a gente olha direito
Percebe
Que não chove mais do mesmo jeito
E mesmo as estrelas
Parecem não mais brilhar
Com a mesma intensidade
Pois
Pra falar a verdade
Depois
Um mais um
Não se pode dizer que são dois
Não mais agora
Depois que tudo se foi.
Edson Ricardo Paiva
As 4 da manhã,rua deserta,céu limpo e lua cheia.E lá estou caminhando AS 4 da manhã,com medo de meus próprios passos,com um certo receio de que tenha alguém atrás de mim,porém com um pouco de coragem me viro rapidamente e não há ngm,então penso “ufa”.
As 4 da manhã,os gramados já estão com pequenas gotas cristalizadas de orvalho,e quando me toco reparo uma orquestra de grilos,sapos e cachorros da vizinhança.
Andando mais a frente,as 4 da manha,viro em um beco escuro e então meu coração congela ao me deparar com um ser das noites mais conhecido como GATO (que me apareceu de surpresa) andava sobre um muro de tijolos que mal chapisco tinha,seus olhos refletia a luz do luar como se fosse um ser místico das noites.
As 4 da manhã,eu rezo para que apareça alguém,para n me sentir só,e ao mesmo tempo rezo para que não me apareça ninguém (a final,as 4 da manha todo suspeito é suspeito).
Em fim,cheguei em casa e sobrevivi a mais uma “4 da manha”.
Me perdi na curva
Me perdi na curva
Não na curva da rua
Não na curva da solidão
Não na curva da tristeza
Não na curva do meu eu narcisista
Nem mesmo na curva dos meus sonhos sem sentidos
Mas na curva do teu corpo
Na curva do teu doce olhar de pantera
E lembrar-me do teu beijo gostoso, gelado
Que ao me beijar congelava-me inteiro de paixão
E lembrar-me que já não sinto mais o teu beijo gelado
Foste embora sem dizer adeus
E adoeci, e adoeci
E que maldade eu imaginar
Que antes melhor seria se eu me perdesse
Na curva da tua rua e que talvez entrasse em outra rua
Só para não te ver
E que antes melhor seria ter
Me perdido na curva da minha solidão e continuar só com ela
E jamais ter te conhecido
E que antes melhor seria se eu me perdesse na curva da minha mais funda tristeza
Pelo menos minha tristeza não sai sem me dizer adeus
E que antes melhor seria se eu me perdesse na curva do meu narcisismo
E ter amado a mim mesmo, e sempre
E que antes, também, melhor seria se eu me perdesse na curva dos meus sonhos sem pé e sem cabeça
Pois garanto que meus sonhos sem sentidos fariam mais sentido que ti
E antes, que bom fosse...
Que eu não me perdesse na curva do teu inflamável corpo que me atraiu e depois me enganou com o suor amargo com gosto de caos
E que bom fosse, que eu jamais tivesse me perdido nesse teu olhar doce de pantera
Que só me destruiu por completo.
MERIDIANO
Meia lua, meia noite
meia rua com açoite
um par de meia de pé
a metade da mulher
na meia vida de afoite.
Tantas meias mediando
medrando os planos seus
a corte quase caduca
meio corte, meia fruta
o fundo no meio da gruta
medindo os carinhos teus.
Na meia xícara de chá
meio gole de prazer
os meio dos seus chamegos
medem o meu e os de você
meio mundo, meio fundo,
no fundo do seu fazer.
Tanto meio, esta no meio
meados do meio fim
mediando meridiano
meio plano, mornos panos,
montando o topo do mundo
o meio mundo é aqui.
Antonio Montes
"Ali, naquela rua, tem uma casa,
cujo quintal mais parece
um Jardim do Éden.
E o jardim, ha ha o Jardim,
esse é um Bosque em Flor.
E tudo regado com carinho,
amor, devoção."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Você foi embora sem se despedir. Da janela do meu quarto ainda te vejo caminhando pela rua.
A cada passo seu, observo nossos momentos desprenderem das árvores e cairem no chão feito as folhas amareladas no outono.
O vento sopra para longe nossos sonhos que você foi jogando fora pelo caminho.
A medida que caminha posso ver minha sombra abraçada com a sua, como se ainda estivéssemos juntos nessa estrada.
Mas quanto mais você se afasta, sua silhueta parece ser a de uma outra pessoa. Alguém que eu não conheço. E nem conheci.
Te chamo, mas você já não me escuta mais porque está ouvindo uma nova canção.
E no horizonte te vejo pela última vez, dobrando a esquina da vida sem sequer olhar para trás.
Passou pela minha mente,pelo meu coração,pela minha frente,pela minha rua,e não ficou na minha vida.
Dias Loucos
Hey, saudações de novo, hoje estou inspirado, algumas pessoas passam na rua e pensam "que cara pirado"
Me olham da cabeça aos pés e tentam entender qual é a minha, talvez esteja perdendo seu tempo nessa linha
As vezes sou consciente e escrevo sobre um dia melhor, mesmo observando oque há de pior ao redor
As vezes pareço me importar com oque pensam mas logo lembro que sou surdo de opiniões, é difícil lutar pra aparecer entre milhões
Alguns dizem "hey Adriano faça algo justo com sua vida antes que os anos se passem e você não possa realizar seus sonhos"
O problema é que estou tentando fazer algo com minha vida desde quando nasci, cheguei sem nada e hoje vivo por aí
As vezes pareço estar em um caminho solitário que não leva a lugar nenhum apenas um abismo, algumas palavras causam efeito como um truque de ilusionismo
As vezes a ambição toma conta de tudo e faz eu querer explodir no mundo, isso é consequência de tempos ruins no fundo
Não posso ter maus resultados preciso correr mais rápido que o primeiro raio de sol, preciso ser como a lua que te ilumina na escuridão, preciso andar sem parar mesmo perdendo a respiração eu ainda escrevo de coração.
Não adianta ser "da rua" ou ser "a rua". Devemos pavimentar uma rua melhor para quem vai viver e passar por ela através de uma visão comunitária. Jogarmos nossa mente latifundiária na lixeira da primeira esquina que atravessarmos.
A rua vazia
Me lembra meu coração
Sem você
Mas de dia
Ela me lembra meu coração
Com você
Porque de dia estou completa
Não há espaço pra solidão
Mas à noite
Há o vazio
Eu sei que estou ficando vazia
Então vou esperar
O dia chegar
E a rua te lembrar
Estranhos íntimos- Andando pela rua nossos olhares se tocaram, em um espaço de um instante trocamos segredos e declaramos todos os desejos. Continuamos andando e seguimos cada um o seu caminho; depois, a sós comigo mesmo fiquei a pensar no que seria se fosse.
POEMIA
Poesia você vê na rua;
poesia dói.
O poeta não ri à toa;
o poeta mói.
Poesia não pousa, voa;
poesia flui.
O poeta não inventa, sua;
o poeta, ui!
Poesia não fala, soa;
poesia é paz.
O poeta não sofre, coa;
o poeta é jazz.
Poesia você não lê, sonha;
poesia é cais.
O poeta se dá na fronha;
o poeta é mais.
Impressionante.
O que impressiona é um laborioso andando pela rua com um facão não conseguir ir longe sem ser abordado pelas autoridades, mas um embusteiro passear com um fuzil pelas ruas e não serem avistados.
PEDRA
Sou uma pedra
De porte médio
No meio da rua
Sou insignificante
Mas insistem em me chutar
Jogar-me longe
As vezes com razão
Pois fico no caminho
Faço-lhes tropeçar
Mereço o fim
Atrapalho todo mundo
Perto ou não de mim
Mas tenho esperança
Talvez alguém precise de uma pedra
Para tapar algum buraco
Para acertar os outros
Para ferir e machucar
Mas algum valor
Hão de me dar
Exercita-te na fé e na leitura, porque lá fora, na rua, muita gente anda à pé, vivendo e contando a sua amargura.
- Relacionados
- Moradores de Rua
- Frases de Meninos
- Crianças de Rua
- Rua