Menino Lindo
Hoje faz um mês e uma semana desde a nossa primeira interação. E já parece que foi a um ano.
Na simplicidade de um olhar e de um sorriso lindo, surgiu o que hoje chamamos de gestão de relacionamento.
Onde tu és a Gestora, e eu sou apenas o menino do sorriso lindo.
Lembranças de G.A
Para minha Gestora pessoal, "Sueli "
S - simples
U -Única
E -Elegante
L -Linda
I -Inesquecível
Organizando: Linda e elegante és tu única gestora, simplesmente do seu jeito. Inesquecível é o seu olhar, olhar que tudo diz.
Lembranças do G.A
"Como é grande o poder da oração! É como uma rainha que em todo o momento tem acesso direto ao rei e pode conseguir tudo o que lhe pede."
"A Santíssima Virgem demostrou-me que nunca deixou de proteger-me. Logo quando a invoco, quando me vem uma incerteza, um aperto, imediatamente recorro a ela, e sempre cuida de meus interesses como a mais terna das Mães."
Fico reparando no sorriso dela. Nas suas covinhas perfeitas. No jeito que meche com os cabelo. Reparo tudo, se deixar fico olhando para ela o dia inteiro. Amo o jeito meigo que ela diz meu nome, é um jeito sensível perfeito de pessoa. Ela é perfeita em aparência, mais por dentro, coitada. Ninguém a intende realmente, todos preocupam com o exterior, quando na verdade ela morre aos poucos por dentro. Tem sorrisos que escondem lágrimas.
Tudo faz parte da grande caixa de mistérios
que gostaríamos de espiar, mas não podemos.
Coisas ruins acontecem com pessoas boas
não existe um motivo, elas só acontecem ...
A dor vai embora e no tempo certo
será substituída pelas lembranças do passado,
você esquecerá a dor e começará a lembrar
apenas das alegrias.
"Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar dirigido para o céu, um grito de agradecimento e de amor, tanto do meio do sofrimento como do meio da alegria. Em uma palavra, é algo grande, algo sobrenatural que me dilata a alma e me une a Jesus."
Algo me diz que a dor de morrer por dentro é maior que a dor de ser morto. Você é corroído, dilacerado a cada momento, com cada palavra e não pode fazer nada. Dentro de você tem uma bagunça, um furacão, um touro indomável. A morte por dentro dói, ela te faz gritar, te faz chorar, sofrer. Ela nem sempre te mata, mais te faz nunca esquecer.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço...
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos quero a essência, minha alma tem pressa.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora e não foge de sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena e para mim basta o essencial.
Nota: Adaptação do texto "Tempo que foge!", cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Rubem Alves e Mario Andrade.
...MaisMenino chorando na noite
Na noite lenta e morna, morta noite sem ruído, um menino chora.
O choro atrás da parede, a luz atrás da vidraça
perdem-se na sombra dos passos abafados, das vozes extenuadas.
E no entanto se ouve até o rumo da gota de remédio caindo na colher.
Um menino chora na noite, atrás da parede, atrás da rua,
longe um menino chora, em outra cidade talvez,
talvez em outro mundo.
E vejo a mão que levanta a colher, enquanto a outra sustenta a cabeça
e vejo o fio oleoso que escorre pelo queixo do menino,
escorre pela rua, escorre pela cidade (um fio apenas).
E não há ninguém mais no mundo a não ser esse menino chorando.
De repente sinto medo. Um medo antigo, o mesmo que sentia o menino escondido embaixo da escada, esperando castigos.