Menino Homem
Amo esse teu jeito de garoto levado, essa tua cara de homem menino, que me leva as nuvens, quando se faz de inocente, desentendido...quando sem vergonha, te peço desculpas por erros que cometo conscientemente. De nós, não sei quem joga mais com cartas marcadas.
Olhe para mim de longe e verá um menino, encoraja-te, dá-me a mão e descobrirá o homem existente nele.
Eu vejo no olhar dele um brilho que só ali encontro. Eu vejo um homem, com espírito de menino, com sonhos, com metas, objetivos. Eu vejo um jeitinho que só ele tem de dizer o quão chata e irritante eu sou. Eu sinto nele o melhor cheiro do mundo, eu sinto nos braços dele, a maior segurança que um dia já tive. Eu sinto no beijo dele um fulgor . Eu sinto no toque dele, a paixão mais eloqüente de todas. As palavras sussurradas em meu ouvido me paralisam, fazem com que eu esqueça do mundo lá fora. Ele já sabe como me conquistar. E ele às vezes faz isso sem perceber.Quando me puxa e diz : ' o mo nao fica assim você sabe que eu te amo né ?', quando me abraça , quando se mostra um cavalheiro. Quando me beija e diz : ' mais é azeda né '’ Ele sabe ser doce. E tem vocação pra ser assim
PERFEITO PRA MIM
MEU HOMEM MENINO
Há de nascer uma nova mulher em mim
Em cada paixão que eu me der...
Com jeito criança... querendo aprender....
Ser cada vez mais EU...nao do jeito que quiserem.
Se deixar fluir é o certo...
Que venham quantos...
Que partam dezenas...
Mas o único que desejo... é você
Meu homem meu menino.
Esperança
é poder ver que nos olhos do homem
há um menino que brinca
apesar das cicatrizes
das feridas
que tanto ardem nessa vida
Esperança é poder ver
o homem que pinta o sete, o oito
e o que mais vier
para poder colorir o chão onde o menino vai pisar.
Esperança é saber
que o menino que fita o homem
se torna muitas vezes
o protetor, o conselheiro
a força de um gigante
que ainda nem sabe grande, poderoso
e capaz de transformar por amor e pelo amor
os caminhos áridos e espinhosos
em caminhos que um dia
o futuro pisará
O ódio deforma meu rosto,
eu sou um monstro, um monstro,
o menino o homem e o leão,
se sinto mal, me sinto idiota,
e sinto ódio disso tudo .
Às vezes em um quase sempre sou completo complexo, com mistura um tanto explosivo, sou menino homem, sou bicho selvagem sem perder o meu coração para um alguém um tanto suspeito;
Procuro me encontrar para não mais eu me perder quando eu for necessário, enlouquecer com as devidas proporções deixando a vida me levar para onde quiser;
E minha vida é assim me doando por inteiro mergulhando de cabeça nos lugares mais inusitados;
Não sou meio termo nem quase por sentimentos imperfeitos sou tudo e nada para escolher e nunca suportei dúvidas pelo que queira;
A embalagem é de menino ingênuo para quem me julga, mas não vêem o conteúdo que é de homem experiente guerreiro para nunca cair se lamentando;
(ALAN FONTELES)
Um menino...
Um homem...
Um ícone...
Um guerreiro...
Um aprendiz...
Um mestre...
Uma simplicidade...
Um brasileiro...
O 2087...
O único Fonteles!
O único Alan!
Vou te ensinar uma coisa menino.. Homem de verdade é aquele que entende e sabe lidar com uma mulher.
Sabe satisfazer não é somente cama, satisfaz com palavras, com caricias com olhares e com sorrisos. Homem de verdade procura adaptar o seu pensar, chego a dizer que um homem de verdade pensa como uma mulher. Posso ate parecer gay aos seus olhos, coitado mais e daí?
Prefiro ser o homem de verdade, que preenche o espaço vazio deixado por meninos como você.. Cuidado menino um dia eu posso ser o cara que vai compreender e satisfaz a mulher que você não soube valorizar.
Cuidado menino, pode existir um homem de verdade sendo o melhor amigo de sua Mulher.
- Ei menino eu vivo e sou o Homem que você nunca vai ser.
Sou aquele homen sem discriçaõ,aquela luz na escuridaõ.
aquele menino na multidaõ,que envade sua mente e rouba seu coraçaõ
ENCONTRO COM A PALAVRA
"Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino". A frase poética escolhida pelo autor de "O Encontro Marcado" para a sua lápide expõe de maneira sucinta, mas explícita, um pouco da personalidade, dos desejos e anseios de um protagonista da palavra. Um autor cuja pena produziu, desde a mais tenra juventude, textos fundamentados na sensibilidade capaz de captar a angústia humana como poucos de sua geração souberam fazer. Sobre ele, um dos maiores críticos literários brasileiros, Antonio Cândido, avalia: "Fernando tinha um olhar infalível para os pormenores expressivos e uma capacidade prodigiosa de invenção verbal". Com a morte de Sabino, encerra-se um tempo singular que, por um desses desígnios inexplicáveis, teve o mérito de reunir, em uma mesma época e em um mesmo cenário - a cidade de Belo Horizonte -, o famoso quarteto de escritores mineiros composto por Sabino e pelos amigos Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Sabino foi o único dos quatro a chegar aos 80 anos. O único a sentir a ausência corrosiva provocada pela perda das grandes amizades. Suas dezenas de romances, crônicas, novelas, correspondências e relatos de viagem trazem em sua essência o cerne de um dom raro: o de fazer dessas histórias uma ponte entre a ficção e a reflexão. Um elo entre o eu e o outro. Entre o particular e o universal. A narrativa de Sabino instiga os leitores à realização de uma busca rumo ao autoconhecimento - virtude característica dos grandes mestres da palavra. Foi assim com o personagem Eduardo Marciano que, desde 1956, com a publicação de "O Encontro Marcado", prossegue arrebatando corações e mentes. A escrita fluente e a leveza que dava a textos de temáticas muitas vezes angustiantes nasciam de um cuidado extremista de Sabino com a palavra. O mesmo que dedicou à música. Eclético, como todos que possuem espírito inquieto, Sabino era baterista de uma banda de jazz - estilo caracterizado pelo predomínio do improviso sobre a técnica. Assim também era Sabino na literatura: artista cujo compasso ritmado era marcado pela junção da técnica e da sensibilidade. A perda do escritor mineiro já seria motivo suficiente para que o reino das palavras ostentasse luto por prazo indefinido. Entretanto, dois dias antes, o mundo das letras, da filosofia, do pensamento dava adeus ao filósofo Jacques Derrida, famoso pela teoria da "desconstrução", cujo princípio era desfazer o texto do modo que foi previamente organizado para revelar significados ocultos. Suas pesquisas apontavam que, tanto na literatura como nas demais formas de arte, é possível observar - por meio de análises detidas - numerosas camadas de significados não necessariamente planejados pelo criador da obra. Assim como Sabino, Derrida era o único sobrevivente de um grupo ímpar de personagens que ajudaram a compor a história de uma geração. Juntos, Althusser, Barthes, Deleuze, Foucault, Lacan e Derrida tornaram-se conhecidos como "os pensadores de 1968". Desde então, o filósofo contribuiu sobremaneira para o entendimento de questões essenciais à compreensão do século 20. O autor de "Espectros de Marx" não se furtava, mesmo já muito doente, o direito de viajar pelos continentes lançando luzes sobre temas variados e polêmicos como a literatura, a política, a ética, os conflitos árabe-israelenses, a luta contra o aparthaid, os últimos atentados em solo americano, a rapidez dos processos tecnológicos. Derrida era um cidadão do mundo, um homem que viveu apaixonadamente e defendeu sua ideologia e seus propósitos de todos os modos. A justiça, os direitos humanos, a conquista da cidadania e a dignidade da pessoa humana eram, invariavelmente, bandeiras que empunhava em favor da edificação de um tempo mais pacífico e igualitário para povos e nações. Foi ele, também, o criador, em 1983, do Colégio Internacional de Filosofia, a que presidiu até 1985. Sem dúvida, as vidas de Sabino e de Derrida são exemplos de entusiasmo e de dedicação. Convites a uma existência mais pró-ativa, passional, conectada à nossa verdade interior e à procura da felicidade individual que se expande para o coletivo. Foram-se dois grandes homens. Ficam duas grandes lições. Que todos tenhamos sabedoria para apreender os ensinamentos que deixaram em seus livros e que os manterá, para sempre, vivos. Afinal, como afirmou Derrida em uma das tantas entrevistas que concedeu: "(...) a vida é sobrevida. Sobreviver no sentido corrente quer dizer continuar vivendo, mas também viver após a morte".
Publicado no jornal Diário de S. Paulo