Menino e Menina

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Eu aceito com gratidão os espinhos que estão misturados com as flores.”

Não é esquisito? Só podemos nos ver por fora, mas quase tudo acontece do lado de dentro.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Ser gentil com você mesmo é uma das maiores gentilezas.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Pedir ajuda não é a mesma coisa que desistir. É se recusar a desistir.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Quando as nuvens escuras aparecerem… continue seguindo em frente.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Às vezes o simples ato de se levantar e seguir em frente é algo corajoso e grandioso.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

– Qual foi a sua maior descoberta?
– Que basta ser do jeito que eu sou.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

O mais difícil de tudo é perdoar a si mesmo.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Se não conseguir de primeira, coma um pedaço de bolo.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

As lágrimas caem por um motivo e são sinal de força, não de fraqueza.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Não meça seu valor pela forma como os outros o tratam.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Fazer nada com os amigos nunca é fazer nada, não é?

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

A maior ilusão é que a vida deveria ser perfeita.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

- Dói-te alguma coisa, filho?
- Dói-me a vida, doutor.

Lembre-se sempre de que você é importante. Você é amado e traz para este mundo coisas que ninguém é capaz de trazer.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Todo mundo sente medo. Mas juntos somos corajosos.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Imagine como seríamos se tivéssemos menos medo.

O Menino, a Toupeira, a Raposa e o Cavalo
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo. Rio de Janeiro: Sextante, 2020.

Sua voz... seu sorriso... seu jeito de menino... com olhar avassalador de homem lobo...
impossível não te amar...

O Menino e o cinema

Aquela gripe inesperada era tudo que ele não precisava. Justo nesse dia!

Ele estava ardendo em febre e mesmo assim implorava para sua mãe para ir ao cinema. Afinal de contas, hoje era quinta feira e era o dia da continuação da sua série favorita. Se ele perdesse essa parte de hoje, ficaria sem entender a próxima parte.

Dona Rebecca não queria saber de argumentos, com aquela gripe e com esse "febrão" ele teria que ficar em casa e pronto. Ai dele se desobedecesse!.

Uma angústia passou pelos olhos do menino. Escondeu a cabeça sob as cobertas e chorou.

Chorou ao lembrar-se das dificuldades da vida, da pobreza em que viviam, e do filme que era exibido em séries todas às quintas-feiras lá no Cine Ok. A série era o "Vale dos desaparecidos" e era o único filme que ele e o irmão pagavam para ver, afinal aquele velho golpe de andar de costas quando o povo saia do cinema não funcionava no Cine Ok.

Chorando e com a febre subindo, o menino pensava em Deus e na sua justiça. Por quê ele tinha que ficar com febre justo hoje? Por quê na quinta-feira? Que injustiça era essa? Tantos dias diferentes para ficar doente, e justo hoje ele amanhece com essa febre que só veio para atrapalhar tudo...

Adormeceu com a febre que insistia em queimar. Acordou horas depois com os gritos dos amigos.

Ao abrir os olhos no quarto humilde, o garoto viu aquele monte de amiguinhos falando ao mesmo tempo. Ele não entendia nada, era muita gente , muitas palavras e nenhum entendimento. Só quando seu irmão pediu silêncio foi que ele soube que havia escapado da morte. O Cine Ok havia pegado fogo naquela tarde de quinta-feira e haviam muitas vítimas.

Por isso, quando você não entender o porquê de uma doença, daquele pneu furado pela manhã, o trem que não chega, o avião que não sai, o carro que você não consegue comprar, os pequenos acidentes que te atrasam em um compromisso, faça como o menino Senor Abravanel (ou Silvio Santos, como você quiser), que aos 12 anos descobriu que Deus cuidava dele e com certeza tinha uma missão muito maior do que aquele filme de quinta-feira á tarde.

Será que a sua febre não está te livrando de uma tragédia? Não é hora de agradecer?
Agradecendo por tudo que recebemos, nós não caímos no risco de sermos injustos, nem com Deus, nem com ninguém.

Reclame menos, agradeça mais e viva feliz!

(História real baseada na vida de Silvio Santos)

Eu, o menino e o cachorro...
E eu só reclamava da vida... reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma,reclamava do calor que me atirava ao desânimo.
Para tudo e para todos eu tinha uma resposta,para a minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o meu desamor sempre tinha um "alguém", para tudo uma reclamação, eu era o próprio azedume.
Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não enxergava, para tudo tinha que haver um culpado, eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo,eu sempre fui traído, enganado, sofrido...
Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da vida, seja de noite, seja de dia.
Até quem dia, um menino, desses meninos de rua, me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo,quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força. No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas. O menino puxou a minha mão e fez chegar perto do cachorro. Ele olhava pra mim e depois para o cachorro,e falou numa voz que eu não consigo esquecer: - Moço, sara ele pra mim! É o meu melhor amigo.
Não sei porque e nem quero saber, mas eu não aguentei e chorei... Chorei como criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta que estava fechada há muito tempo dentro de mim, se abrisse escancaradamente...
O menino não entendeu o meu choro e perguntou: - Ele vai morrer moço? É grave assim...
Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado. Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali, e tratei daquele cachorro como se fosse um filho, e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando, e cuidou de mim, curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro.
Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um sentido, tudo é perfeito, até o que dá errado. Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a minha vida, transformou esse ser. Mostrou-me o caminho do amor, amor que restaura, cura, seca feridas, renova, traz esperança, e esperança é o nome do amor.
E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e janelas da minha alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão pequena, os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas que muita gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e dedicação.
Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer, sou grato a Deus por ele entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais a minha mão.
Hoje eu bendigo a vida. Valorize a sua vida, preencha-a com o amor.