Menino e Menina
Oh! Quão sofrido é ...
... É refletir o passado,
Analisar os passos errados,
Esperar o futuro ...
Viver abandonado,
Neste vasto chão ...
Onde os desumanos corações se alimentam,
Da força do meu trabalho,
Da minha inacreditável resignação.
Fui abandonado !
Esquecido ,largado na amplidão...
Andei despido pelas ruas,
Maltratado,pisado - sendo o dono da razão,
Conheci da vida -o fracasso,
Do mundo - os piores tratos.
Lutei ,sofri ... Venci
Vivi até com os ratos,
Desejando aparecer alguém,
Que me desse um velho sapato
Para proteger os meus pés,
Dos bichos e dos Cactus.
Vegetei no mundo - fantasia
Meu Deus liberta-me dessa agonia !
Contemplo o Céu ... Não vejo a Lua,
Como é sofrido durante o dia ,
Recordar o passado ...
E ver: Que sou um Menino de Rua.
- Como você se vê daqui a dez anos?
- Como você se via hoje dez anos atrás?
- Eu era apenas um menino cheio de sonhos.
Como eu gostaria de tatuar seus olhos no meu corpo
só para dizer que agora são meus também,
estas pupilas tão perfeitas que dilatam
e se distanciam de mim na esquina,
e, atrevo-me a dizer-te, que me maltratam
à cada segredo que estes olhos escondem.
Ah, se eu pudesse saber o que me confunde...
E se eu pudesse acreditar que eles me dizem a verdade,
estes olhos tão dissimulados...
Que não transparecem nem tua vaidade.
Sou sua menina, e tento desvendar os mistérios
de um homem perfeito e feito um anjo
que caiu do céu (para mim),
e eu, convenço-me de que a sorte foi minha - por uma ilusão...
Estes olhos não são meus, nem teu coração.
Os Reis Magos
Os magos viram no oriente a estrela que lhes anunciou o nascimento de Jesus, mostrando-lhes a direção da então Judéia.
Os magos se dirigiram a Jerusalém e quando chegaram, diziam:
_ Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo.
O rei Herodes, ouvindo isto, perturbou-se, convocou todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo e eles lhe disseram:
_ Em Belém de Judéia, porque assim está escrito pelo profeta.
Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera e, enviando-os a Belém, disse:
_ Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
Os magos foram em direção a Belém e viram, novamente, a estrela que lhes anunciou o nascimento de Jesus, no oriente, e se regozijaram muito, com grande alegria.
A estrela ia adiante dos magos, mostrando-lhes o caminho, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino Jesus.
Entrando na casa, acharam o menino Jesus com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram, abriram os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
Antes de deixarem o local, por divina revelação em sonhos, foram avisados para que não voltassem para junto de Herodes, então, partiram para sua terra por outro caminho.
Quando os magos se retiraram, o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos e disse:
_ Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
José, Maria e Jesus, na mesma noite, foram para o Egito.
Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos, porém, Jesus já havia partido.
Assim que o rei Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu num sonho a José no Egito e disse:
_ Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque já estão mortos os que procuravam a morte do menino.
José, então se levantou, tomou o menino e sua mãe e foi para a terra de Israel.
José, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em lugar de Herodes, seu pai, receou ir para lá e, avisado em sonhos, por divina revelação, foi para a Galiléia, passando a habitar na cidade de Nazaré, para que também se cumprisse o que fora dito pelos profetas:
_ Ele será chamado Nazareno.
De acordo com outros relatos da Bíblia e textos apócrifos da época, os nomes e significados dos Reis Magos eram: Gaspar - “aquele que vai inspecionar”, Melchior - “Meu Rei é Luz”, e Baltasar - “Deus manifesta o Rei”.
No tratado “Excerpta et Colletanea”, São Beda, o Venerável (673-735), Doutor da Igreja e monge beneditino, assim relatou a respeito dos Reis Magos:
“Melquior era velho de setenta anos, de cabelos e barbas brancas, tendo partido de Ur, terra dos Caldeus. Gaspar era moço, de vinte anos, robusto e partira de uma distante região montanhosa, perto do Mar Cáspio. E Baltasar era mouro, de barba cerrada e com quarenta anos, partira do Golfo Pérsico, na Arábia Feliz”.
(Texto, até "Nazareno", foi adaptado do relato de São Mateus, cap. 2
Vejo o medo e a tristeza em seus olhos, quero poder abriga-lo no meu colo, cuida-lo e protege-lo de seus próprios pensamentos.
"TERRAS CATARINAS"
Lembro dos campos nevados
das poças congeladas
que meus pés de menino
insistiam em pisar
até quebrar
até congelar
até saciar...
Lembro da mata em setembro,
das flores do Jacatirão
da ameixeira torta
de tantos frutos
já cansada
quase morta...
Lembro da velhinha de pés descalços,
descendo a montanha faceira
um balaio de aipim na cabeça
como se peso não houvesse
como se ver os netinhos
fosse-lhe o céu prometido...
E tudo pra ela era fácil:
Raio era "a luz do céu"
trovão um boa noite de deus...
Os ventos de Junho e Julho
tinham que existir
para quebrar os galhos das árvores
que queimariam no fogão
para ferver a agua
para fazer o mate
que nos reuniria
em volta da quente chapa
e o calor das pessoas
era mais quente que o fogo...
Lá na Serra Catarina
de onde me sorri uma menina
que há muito tempo se foi...
(M. J. Ventura, Macapá, AP, 2006)
E então parte.
Fragmenta. Se dirige.
Deixa rastros de estirpe
que a alma lhe aflige.
Feito pólvora que estoura
uma vida duradoura de um jovem utopista.
Rudeza irreal, és apenas um visionista
que com alma de artista se faz espectral.
Quem diria um dia,
que o menino que partia,
na verdade fracionava
sua historia mal contada que agora se rendia
feito um pavão dourado,
magnólia de ocum,
ironia do destino,
odisséia nas estrelas.
VINDE NÃO TARDEIS
A terra Clama
O Povo Clama
Eis chegada a hora...
Tempo de renovar as esperanças,
Tempo de pedir com mais firmeza
Vem Senhor Jesus...
Os Homens Clamam por sua volta,
A terra clama por vossa presença,
Clama pelo teu reino de paz e de Amor...
Vem Menino Jesus, Não Tardes Mais...
Vinte e nove
Fui encontrar-me a mim
em um encontro atemporal,
numa estação sem plataformas,
em meu terreno sem local.
O eu que era e agora jaz
e o eu que aqui se faz.
Passado e presente diante de si,
sem quaisquer dizeres, apenas um encontro de olhares.
Quanto daquele me pertence ainda ser
e quanto de mim se perdeu comigo?
Vi descer uma criança em corpo de homem feito.
Trazia fogo nos olhos e sonhos no andar.
Não hei de afirmar que hesitou ao me ver amarrotado,
de sonhos torcidos como as roupas de lavadeiras de rio.
Apenas um reencontro de olhares,
uma parada prévia para um café sem prosa
e o abraço íntimo entre um homem e um menino
que ‘sendo’ me sonham seguir.
todos vestem branco felizes e atentos vendo a chuva de fogos no céu .tão atentos que não se atentam a chuva que cai e.molha a criança que talvez não tenha pai.e nem roupas brancas para celebrar a "paz"
Muito tempo se passou mas ainda lembro como se fosse ontem
Eu era só mais uma criança sem saber pra onde ir
Respirava todos os dias com o corpo cheios de cicatriz
Diziam que eu era culpado por todos ser infeliz
Minha alma traz uma fardo que eu nunca quis
Minha mãe me olhava me chamava de bastardo
Por toda minha familia eu era rejeitado
Eu era fruto de um monstro, um menino renegado
Mais uma vez eu chorava em quanto era maltratado
Diziam que quando eu crescer, seria descontrolado
Ia ser igual meu genitor, um cara desalmado
Era melhor da fim do que fingir dar amor
Só deus sabe o que faz, sua vida não acabou
Ninguém me via fazer nada
Mas eu era julgado
Aquele fruto ruim
Um ser excomungado
Eu só queria paz,um pouco afeto
Te amo menino, fica esperto
Mas a minha vida não foi feita assim
Só sofrimento e um pouco dor sem fim
Eu me perguntava quando isso ia acabar
Diziam pra acreditar no senhor que ira me salvar
Eu esperei esse dia chegar, mas era só palavras
Nada ia mudar
Quem viu, quem sabe, meu, seu, eu, ninguém disse como esse menino sofreu
Em meu crescimento não existia mais vontade
Essa realidade era um desastre
A família abandonou
Só criava porque deus mandou
Mas eu não queria ser criado
Só queria atenção, só um pouco de amor
E nesse momento que algo me encontrou
As portas da drogas que me consolou
Não importava o quanto meus pais gritavam
Acendia um que tudo passava
Minhas notas não era as melhores
Um rápido puxão com o nariz
Que tudo se resolve
Eu tinha outra solução que se chamava revolver
Mas eu dizia que era ultima opção
Mas todos os dias pensava como a unica solução
Ninguém me queria, eu só existia
A droga era minha vida, e eu à consumia
Os dias era horríveis não tinha alegria
Meu pai chegava bêbado e depois me batia
Minha mãe gritava dizia que desgraça
Também apanhava em quanto chorava
Ninguém sabia o que essa casa passava
Ninguém era feliz, ninguém se amava
E tudo isso a mãe olhava pro menino
Aquele que causou tudo
O monstro escondido
Eu estava crescendo e começei a entender
Criar meus próprios pensamentos
Eu queria viver
Mas esse tormento não tinha como acabar
Era um fardo que eu tinha que carregar
Olhava pra de baixo da cama, um revolver uma solução
Acaba com os problemas, sentia que era à opção
Não tinha mais luta nem mais cicatriz
O culpado dos tormento agora ira partir
Eu não o culpava os pais por ser assim
Eu gostava deles independe do que fez pra mim
Mas se pra dor acabar alguém tem que sair
Que seja eu pelo bem de todos aqui
E nos dias de loucura
Eu fiquei bem locão
Olhei pro meus pais, olhei pra minha mão
Na direita em frente o espelho tava a solução
Sabia que era pra covarde, mas tem que coragem pra não soltar a mão
Eu já entendia porque eu vivia assim
Também a causa da dor, e de eu ser infeliz
Eu não pedi pra nascer, não pedir pra ser assim
Eu sou diferente, eu quero o melhor pra mim
Peguei o revolver coloquei na minha cabeça
Contei até três em frente o espelho e disse desapareça
Mas do nada eu não sabia o que fazer
Pensei nessas merda, pensei, que agora eu iria morrer
Larguei a solução e fui enfrenta o problema de cara
Depois de horas descutindo
Peguei a mochila arrumei minha mala
Pensei que eles ia me parar
Ia me abraçar e dizer filho venha cá
Mas isso era só o que eu queria
Isso é realidade não fantasia
Seguir na estrada em quanto eu cantava
Não escolhi essa vida, mas só essa que restava
Ninguém tem culpa, e todos precisam viver
Procurei um sentindo, comecei a escrever
Espero que um dia as coisas venha melhorar
Que existe outros meios sem ser se matar
Eu não digo pra ninguém o quanto eu sofrir
Não precisa saber tudo o que vivi
Apenas meu sorriso cheio de cicatriz.
Do abraço perdido
Sou
Aquele
Capaz
De
Me
Confundir
E me erro
Sou
Aquele
Capaz
De
Te
Magoar
Com meu erro
Mas
Aquele
Que
Te
Quer
Bem
Sou
Também
O
Abraço
Que
Não
Te
Dei
Carrego
Em
Mim
Como
Culpa
Aqui
Jaz
Um
Abraço
Que
Passado
O
Momento
De
Existir
Vive
Em mim
Morto
Peso
Bem
Feito
Mergulhei
Mergulhei
No silêncio dentro de mim
Encontrei boiando
A esperança
Nadei com ela
Pronto pra
Emergir
Em mim ?
Como ?
Se em mim
Estava já
A me procurar
E
Falhei
Rasgo delicado.
Um peito rasgado pelo amor delicado, princesa, amor, pureza, gentileza e surpresa, senhora do meu destino um amor assim clandestino.
Envolvente mulher me faz de menino, senhora e agora me dar amor e me devora? A poesia me entrega ati.
De frente com teu rosto vejo a face da poesia concreta que me desperta amor.
Guimarães Sylvio.
Estou tão perdida sem você aqui
São os mesmos caminhos de sempre
Mas não sabem meus pés pra onde ir.
Era um mundo tão conhecido
Tudo parecia tão resolvido
Segurança em cada passo
Era só seguir pelo já ido.
Sem você aqui parece tudo do avesso estar
Menino travesso,
quem mandou minha vida todinha bagunçar?
Moro em uma nuvem.
Passo o dia olhando o céu que nunca fica fechado para mim.
Como moro na nuvem as estrelas brilham mais forte para mim
Como moro na nuvem viajo de graça com o vento
é por morar na nuvem perco minha casa com o passar do tempo.
A pior raça de homem que existe é aquele que diz que ama, come, e larga a mulher como a fosse um objeto descartável, e ainda por cima ri e fala que comeu, se é que podemos chamar isso de homem não é? Não passam de moleques imaturos, mas a pior parte disso é encontrar alguém que o faça sentir o que é amor, o que é realmente ser amado, esse é o pior medo de um moleque, mas quando acontece ele vai se arrepender do passado que teve, e até mesmo ter vergonha quando forem lembrar do seu passado e do tanto de menina que comeu, bonito não é? E a menina que você tanto ama? Como fica?
Sim! Você pode mudar, mas além de mudar para si próprio vai tem que provar pro mundo.
Garoto carioca
Nascido e criado
Na baixada
Não gostava muito de estudar
Mas português a filosofia
Ele se esbanjava
As notas não eram muito boa
Mais sua dedicação
era sempre bem falada
Sonhava em ter um
Grande amor
Mas nunca achava
E quando achava sempre perdia.
Nobre amor
Acordei com vontade de você!
Seu cheiro baila em meu olfato e me faz lembrar a fragrância das tenras frutas
Meu cérebro desnorteado não me deixa esquecer o dia do amor
Seus beijos com sabor de amoras me embriagaram feito vinho
O tempero doce no seu corpo me fez navegar na paixão do desejo
No seu ninho me alimentou como um pássaro alimenta seus filhotes
O sabor das delicias direto da sua boca me causaram alucinação
Meu menino grande no porte e pequeno na pureza de menino
A formosura na sua alma expandiu e superabundou no seu corpo
Sua vontade de me amar enfeitiçou o meu entendimento
Preciso do seu corpo embolado nos lençóis e misturado ao meu
Como viver depois de experimentar todo deleite me oferecido?
Vou te procurar no mar molhado pela chuva
Nas cortinas esvoaçantes movidas pelo vento vou tentar te achar
Nas pedras fortes vou me sentar e olhar para o horizonte
Na esperança que o tempo passe como um meteoro
E você chegue logo para fazermos amor na cachoeira
Em uma entrega sem pressa com todo o tempo do mundo...