Menino e Menina
"" Menino talentoso adquiriu uma mansão
outro uma lancha moderna
expoente da música comprou um jatinho novo
badalação
obsessão
compulsão
beleza...
alguém subiu a montanha e agradeceu
desceu feliz...
" Eu sei da sua alma
menino levado, eterna criança
vou olhar para o céu e ver a sua estrela
aquela que você tentou
sonhar...
" Quando era menino, achava o mundo um lugar legal para se viver, o mundo não mudou, eu é que cresci...
Nasceu numa manjedoura um pobre menino
Revestido com a couraça da esperança
E ao repartir a eterna bonança
Mudou para sempre nosso destino
O tempo passou, cresci, tornei-me mais velho, mas Deus resolveu preservar meu coração de menino, porque os que trazem o Senhor no coração, são eternas crianças aos olhos do Pai,Criador da Vida!
AO SAUDOSO MESTRE:
Nascido em João Pessoa
Capital da Paraíba
O menino de voz rouca
Corpo esguio ou delgado
Aos seis anos de idade
Mudou-se com a família
Para a pequena Taperoá
A quem chamava o guri
Minha linda princesinha
Aonde se projetaram
Seus primeiros madrigais
Logo imortalizados
Na memoria dos mortais
Com a mãe compadecida
Das mentiras infernais
Do chicó, e seu escudeiro
Floreando os recitais
Mais tarde, já homem feito
Fazendo o erudito
Se misturar aos cordéis
Introduzindo as artes
Ao nascente ARMORIAL
Movimento que queria
Popularizar a cultura
Do nordeste e do Brasil
Associando a ela
A linguagem do sertão
Em seu cavalo de fogo
E traseiro alardeado
Se não fosse um alazão
Carregava em seu gibão
A pedra do rei congado
Como o maior legado
Do povo de seu sertão
Sem alarde,
E bem pouca cerimônia
Apenas um violino.
Tocando em reverência
A vossa triste partida
Partiste a se encontrar
No reinado da “SARON”
Com nossa compadecida
Vou encerrar com pesar
Nesse meu coração físico
A saudade desse mestre
Nas rimas que vão ficar
Eternamente inseridas
No coração ARIANO
Do nordestino aguerrido.
PELADAS DE RUA:
Quando menino a bola era meu fraco:
Bastava saber que no campo do barreiro de ZÉ JOAQUIM havia uma. Que ali estava eu, moleque franzino de cabelos claros cortados em franja, motivo pelo qual a molecada me chamava de “Zico”, apenas pela aparência física, pois mesmo tendo certa intimidade com a “Gorduchinha” nem de longe lembrava o Galinho.
Porém, me recordo com muita nostalgia do primeiro time formadinho com uniforme e tudo. Mas, claro, não tinha nada a ver com a realidade tupiniquim.
O padrão era do Internacional, clube lá do sul.
Ora! Ninguém queria saber se era do Sul, Norte ou outra região. O que bastava era estar uniformizado e se exibir no campo defronte ao estádio JOSÉ RAMALHO DA COSTA, pointer dos times de peladas de rua à época. Por quê? “Por que ali era onde os jogadores profissionais e técnicos do América Futebol Clube passavam para os treinos e todos os moleques alimentavam a esperança de um dia jogar no América. Carinhosamente chamado de” MEQUUINHA”.
Como em todo grupo existem as figuras pitorescas aquele não podia ser exceção. Logo aparece o “Beque Central” do time, apelidado de “BUBAÇO”. Era uma figura esguia, meio corcunda e olhos quase que saltando de órbita.
Buba como carinhosamente o chamávamos, sujeito não muito adepto da higiene, tinha o mal habito de conservar as unhas dos pés sem apara-las.
Também lembro com muita nitidez que todos jogavam descalços porque a grande maioria dos meninos eram filhos de pais pobres e não podiam comprar o Kichute. Pois era privilegio dos mais abastados filhinhos d papai.
Nunca me saiu da lembrança, um fato no mínimo hilário, que até hoje quando lembro me passa um VT daquela cena inusitada: Era a final de um torneio, e nós decidíamos com o Botafogo de Ciço de Miguel Eustáquio. Que por sinal era o melhor entre os demais times.
A partida estava com o placar em 0 X 0 e já no finalzinho do jogo quando Bubáço (jogador), recebe uma bola cruzada sobre o zagueiro adversário, dribla-o” Quipa” e chuta com bastante força a bola que era de plástico, a saudosa Canarinho, o xodó da gurizada nos anos de 1970. Parece mentira, as unhas salientes do atleta corta a pelota e o gol é abortado.
Desolado e visivelmente indignado. Entra em cena JUVENAL, dono da bola e do fracassado time. Percorre todo o campo como se numa volta olímpica com um único intuito, agredir o pobre Buba que além de cortar sua bola, frustrou o resultado daquela partida.
O cartola ao alcançar seu jogador, impiedosamente o agride físico e verbalmente. Além de suspendê-lo da equipe até que compre uma nova bola e apare suas malfeitoras unhas.
Ainda meio assustado estava ali estático.
Eu, e os demais colegas do clube. Sem esboçar nenhuma reação em defesa do principal personagem daquele espetáculo que hoje juntamente com seu “algoz” encontra-se em outra dimensão.
Tudo isso para fazer jus ao que digo ao encetar o texto:
(A bola era definitivamente o meu fraco). Diferentemente do que representava meu ídolo Arthur Antunes Coimbra (Zico).
Nicola Vital
Série: Minicontos
FILHO DA OUTRA
O menino trocou a aridez nordestina pela selva de pedras. Logo o mundo lhe acolhe. As mãos que lhe afagam o apedrejam, Mas a história se encarrega de cicatrizar o golpe. E a primavera promete florir...
Lamento de um Eterno Menino
Em brumas do ontem, onde as luzes se cruzam,
Rezava a família ao inverso destino,
Que arrebatou, com mãos invisíveis e firmes,
Um filho, um anjo, de sorrisos divinos.
No seio do lar, uma estrela fulgente,
Nascido em corpo de homem, coração pueril,
Guardava a pureza dos céus em seus olhos,
E em risos serenos, o mundo sentiu.
Ond'outros viam a ciência e leis rígidas,
Via ele cosmos, e em estrelas dançava;
Na poesia e música encontrou a linguagem
Que ao peito dos homens, mansamente tocava.
Filósofo, advogado, de astros amante,
No seu mundo próprio, uma missão traçava:
Ensinar que no amor, como um rio que flui,
Encontra-se o sentido onde a vida se lava.
Mas como explicar, quando o céu se desfaz,
O quebrar da ordem, o filho que parte?
Chora o universo, na perda de um astro,
Que brilhou tão breve, em tão frágil arte.
"Se ele é incrível", assim ele disse,
"Ele não será fácil, mas vale o lutar";
Pois mesmo na dor da mais cruel despedida,
É o amor que nos resta, é o amor a ficar.
Sagrado menino, em adulto disfarçado,
Tuas lições de ternura, ainda ecoam, vivazes;
No teatro da vida, foste peça rara,
E nas cortinas do fim, deixaste rastros de paz.
Por todos os dias em que a música cessa,
E em que os poemas não podem consolar,
A lembrança de um espírito eterno e criança
Nos fará sorrir, nos ensinará a amar.
Uma oração poética e cheia de amor!
Essa frase é um lindo tributo ao Menino do Rio, pedindo proteção divina para seu corpo e coração puro.
"Menino do Rio, eu oro para Deus proteger-te,
Corpo aberto ao mar, coração puro e cheio de encantos mil."
Dentro de mim mora um menino que acredita que você é um sábio, mas, ele zomba da sua cara por saber que você nada sabe. Esse menino é aquele que te pede ajuda na rua e você nega, mas, esse menino é aquele que você sonha em ser, livre e dono de si mesmo...
"Ser mãe de menino é criar e equilibrar um novo homem. Criar um ser sensível, amoroso e compassivo. É criar um novo pai, um novo namorado, um novo amante. É ensinar o respeito e a aceitação. É romper barreiras entre o medo e o riso. É criar pontes entre a força e a sensibilidade. O novo homem nasce de grandes mães, mulheres fortes o suficiente para verem no filho a semente de uma nova sociedade. Ver no filho o pai de amanhã. Ser mãe de menino, é mergulhar em universo de liberdade e intensidade, onde a mãe constrói a verdadeira ponte entre a aceitação e o amor."
O MENINO QUE INVENTAVA HISTÓRIAS DE AMOR.
By Harley Kernner .
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Quando ainda criança inventei uma história de amor...
Na pré-adolescência, ouvir uma música que falava de amor...
Logo após tornei-me em um jovem, e escrevi a minha primeira oração de amor para uma menina de 14 anos, mas por mais que o amava, eu me sentia moreno demais, para misturamos as cores das nossas peles, mesmo assim cada vez que eu via ela, uma poesia nova surgia no coração, foi aí que percebi que poeta mudo não faz sucesso no amor, porque não sabe falar: "eu te amo".
Passaram-se os dias, e lá estava eu, casando com outra menina, por amor...
Após 30 anos na tentativa de ser amado, e semeando o verbo amor, num coração alheio, colhi uma carta de repúdio...
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Como não morri, ainda hoje acredito que o amor existe, e é mais real do que a história de amor inventada por uma criança que ainda que (cresceu), mas não tem altura suficiente para alcançar o sonho de valsa na gôndola do supermercado.
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Harley Kernner
Arquitetura de Poesias
Escritor Particular
Arquitetura de uma Poesia
O titulo dos meus textos ainda é você.
Por que não tem jeito menino, vai ser sempre você. Está escrito nas estrelas, no bilhete de geladeira, na ultima folha do caderno, na minha chama de emergência.
Pelas madrugadas mal dormidas, eu andei pra lá e pra cá dentro de casa, abria a janela do meu quarto e procurava por um vento puro, pelo qual eu possa respirar e tentar amenizar a minha dor.
Procurei olhar em fotos antigas minhas, e ver nos meus olhos, quem eu era a um tempo atrás, se eu era mesmo feliz, ou se sempre tive essa tendência de ser triste. Talvez eu ainda não me conheça, talvez eu ainda não saiba lhe dar com as minhas manhas e birras. Talvez eu ainda não saiba quem eu sou. Antes eu até saberia dizer quem eu era, se me perguntassem eu até saberia dizer quem eu queria ser quando crescer. Mas depois de tantas desavenças com o amor, eu já não me conheço mais, já não sei quem sou, ou quem quero ser. Não mais. Não depois de ter ido embora de um ultimo encontro, não depois de ter beijado sua boca pela ultima vez. Não depois de um ultimo abraço. Não mais. Por muitas vezes agente acha que não vai passar dessa noite, e no dia seguinte está mais vivo do que nunca. E realmente durante a vida experimentamos centenas de morte para por fim morrer. Eu não sei por qual direção estou caminhando, me sinto como se eu estivesse passando de olhos fechados por um jardim espinhoso que me corta toda por dentro, e mais pra frente há um abismo me esperando. Eu sei que tenho que mudar de direção o mais rápido possível. Mas não da! Não da .
Você meu amor, se encontra no caminho mais difícil de percorrer, e eu já estou na metade desse caminho perigoso.
Por que quando agente ama, agente não olha pra mais nada, agente simplesmente vai e segue reto na direção dessa pessoa.
Olha o que você fez comigo moço.
Deixou-me completamente cega de amores por você. Que diabos você tem? Que me prendeu totalmente ah você. Abriu os braços para me receber, e depois simplesmente me deixou, assim sem fim, me deixou.
Eu te pedi, entre milhões de vezes para me deixar ficar, ou então para você ficar, fazer morada no meu coração, e ficar. Assim, chegar e ficar para sempre. Mas você recusou. Entre as milhares de escolhas, você preferiu aquela que me machucasse cada dia mais.
Eu nunca estive preparada para saber que você beijou outras bocas, que você meu amor, o MEU amor, esteve em outros braços que não fossem os meus. Eu nunca estive preparada. E isso dói em mim como se estivessem arrancando meu coração com as próprias mãos, sem anestesia ou algo do tipo.
Dói, todos sabem que dói.
Mas eu procuro não deixar essa dor transparecer.
— Mas meu bem, só não esquece que eu já te fiz bem.
Dorme bem
Te amo.
Você, que me faz feliz!
"Você, dos olhos brilhantes e sorriso de menino. Você do beijo doce e do abraço tenro. Você que me faz ser grande, mesmo quando me sinto pequena. Você que entende meus gestos e meus medos. Que conhece todos os meus segredos, que me me mantém segura, quando nem eu estou segura de mim. Você que faz as horas voarem, assim como meus pensamentos voam por você. Você que me faz sonhar, me faz enxergar e faz da minha vida um sonho. Você é tudo o que eu tenho, e tudo o que eu sonhei ter um dia. Ei, você, que me faz feliz! Eu te amo."