Menino e Menina
O ciclo
É a bola conduzida no pé do menino
É perceber que o rei não está na nossa barriga
Mas só na culpa de nossa fome
É o lembrete que somos juntos pólvora
Que o mundo não gira só no nosso umbigo
É a fé na fera
Na coragem de mãe defendendo a cria
No diâmetro do balaio cheio
Fazendo a feira
Pra festa e pra farra
Fragilidade
Na casca dura que cobre teu corpo
Tão frágil te vi hoje,
Como menino assustado
Que não tem para onde ir.
A dúvida pairou em você
E quem você é
Ficou perdido no seu ser.
Fui um bom menino. Adolescente e jovem, bastante reprovável. Como homem maduro, paguei por minhas decisões equivocadas.
Agora me preparo e peço a DEUS que me permita ser um ancião "frutífero.
Este menino é tão doce
e versátil...
Sai a escrever e distribuir versos,
encantados, ele é tão gentil...
Deixa seus leitores em castelos,
mesmo sendo plebeus
ele os transformam príncipes
e princesas...🏰🤴👸
***
" O menino e o trem"
O menino olha o trem e o vê como um bicho grande. As rodas do trem lembram a roda gigante.
O menino olha o trem admirado pelo seu tamanho.
- É um lagarto ou uma cobra?
Pergunta o menino achando estranho.
O menino olha o trem e se admira por tão longe que ele vai. Seus olhos acompanham o trem até a cachoeira Vai-Cai.
" Menino sapeca"
Dizem que sou sapeca
Gosto de brincar e aprontar
Mas não me acho sapeca
Sapeca é quem me chamar.
Sapeca é o sapo
Que pula o tempo todo no brejo
Molha a conta
Assusta os peixes
Canta o tempo todo
Brincando de tejo
Sapeca é a onça toda pintada
Com a cara mais lavada
Come tudo na floresta
Quando a noite vem
Vida com amor....
Simplesmente Sublime
Menino inocente...
O Tempo...
Levado ou trazido pelos ventos...
Simplesmente...
Mais que Sublime...
Destino coerente...
Faz a gente pirar....
E viajar novamente...
Um terno e eterno calor....
A poesia viaja em buscas de olhares...
Amar sem cessar...
Entregar.....
Sem medir...
Abraçar...
Pra sentir...
Eu...
Sou apenas um Poeta que Voa...
Me envolvo no meu repertório....
Sinto a alegria que radia....
Em minha face...
Está minha identidade...
Se sou louco ou não...
Então dirijo....
Até na contra mão...
Mas com meu carrão....
Acidentes não acontecem...
Da flor...
Quero só o mel....
O cheiro...
Vou distribuindo...
Mato meu desejo...
Mato minha sede...
De dia sou o Gavião...
Uso asas e as mãos...
Escrevo poema e canção...
A noite...
Não sou a coruja que é de rapina...
Mas durmo com minhas grafias...
Delas eu me alimento...
E adormeço com minhas fantasias...
Acordo digo...
Vem Felicidade...
Vem que estou a te aceitar...
Ando pela casa...
Abro as janelas...
Olho pro céu...
E clamo...
Oh Deus universal....
Apareça....
Estou aqui...
Pra te louvar e agradecer...
Nas madrugada eu acordo
E ajoelho pra orar....
Loucura deliciosa...
Chamo quem eu quiser...
Aproveito e puxo uma prosa....
Prosear pra pra língua não coagular...
Desejo saciado...
Poeta desvairado...
Poema feito....
Aqui...
Com flanela e dou mais um brilho...
Não uso Bombril....
Porque riscar....
Não é meu perfil.....
Autor:José Ricardo
Apenas um Menino
(Paulo Sales)
Vagando pelas ruas anda um menino.
De pé no chão, sem residência ou moradia,
Incapaz, impúbere,
Sonhos primitivos, distantes ou distraídos,
Hipnotizante, latente e penetrante.
Invisível para muita gente.
Desprezado e sem amor,
Compaixão ou fraternidade.
Com fome, frio e sede.
Pede pão, a quem só sabe dizer não.
Não ao social, não a cultura, não ao irmão.
Para saciar a sofreguidão,
A cola vem como ilusão,
O furto para suprir a penúria, à alimentação.
No enredo diário,
Cenário comum,
Sofrimento, que não chama atenção.
Morre, assim, o menino, nasce o ladrão.
A sociedade acorda,
Num simples olhar,
Que mancha a terra,
Retrata o choro,
Por ter se feito calar.
Desde tormento,
Concedido de bandeja pela corte,
Ao despertar, desconfiado,
De um estampido,
Ouve-se um tiro,
Morre o menino,
E o futuro da nação.
Menino Poeta
Eu.....!
Ainda criança.....
Era aquele menino...
Totalmente sem noção.....
Única distração.....
Era brincar com que tinha na mão.....
Enxada.....
Foice.....
Machado....
Turo era diversão.....
Com lápis....
E papel na mão....
Escrevia e fazia borrão.....
Escrevendo sem parar....
Tudo que tinha no coração....
Na época....
Tudo era ilusão.....
Só vivia a rabiscar.....
Os sonhos.....
Não me via como Poeta.....
Tudo era recreio....
Minha alma infantil.....
Era azul da cor de anil....
Era o verso....
Que não se definia....
Com o coração sempre em forma....
Foi lápidando com o tempo....
Em meus devaneios....
Foi amadurecendo pelo vento....
Na miragem....
A cachoeira derramava...
E refletia no espelho da alma....
E os sentimentos transbordava.....
Na minha loucura....
Nem sabia de nada....
E escrevendo sem parar meus pensamentos.....
Cresci.....
Vivi....
E hoje....
Estou aqui....
A ferramentas do passado enferrujaram....
E o borrão que era rabiscos.....
Transformou em poesia....
E aspirando sempre o cheiro das flores....
Hoje respiro amor.....
E com ele.....
Uso o amor e todas as suas essências....
E com inteligência....
Vou escrevendo com mais sabedoria....
Autor :José Ricardo
Eterna diversão.
A notícia espalhou...
De um menino do interior...
La de um estado do sul...
Ele tinha um modo Cortez,..
Que trouxe de berço...
Uma alma inspiradora...
E bem visto pela população....
O tempo passava..
Ele viajava buscando oportunidades...
E nunca acreditou em assombração...
Andou por vales...
Apanhou na vida e isso lhe serviu de lição...
E esse inpirador que falo aqui...
É dono dessa inspiração...
Desafiou os limites,...
Sem segurar as rédeas na mão....
Deu um salto no tempo...
E trouxe um presente desde a infância...
Ainda criança...
Brincava sem cair no chão...
Nascido no campo ...
Tocando boidada
E de berrante na mão...
O som ecoava nos confins...
La na gruta do paredão....
Sua terra natal é muito querida...
E lá...
Não existe confusão...
Surgiu um boato naquela região...
Que ele desceu do cavalo...
E pegou um papel em branco...
E rabiscou com pedaço de carvão...
Foi um belo dia...
O sol raiou...
E o verso se juntou ao poema...
Cambaleou no improvisado...
Marcou a década...
Com sua alma juvenil...
Foi nesse momento que ele teve uma sensação....
Degolou um pássaro na ilusão...
Tomou tuas asas e saiu fora do chão...
Botou grafite na lapiseira...
Cutucou o alfabeto e teve essa imaginação...
Gaiato não!....
Mas é atrevido como leão....
Começou a sorrir sozinho...
Falando consigo mesmo:...
-É hoje que estou na contra mão...
Pernoitou com teu olhar semi aberto...
Caiu da sacada....
Na varanda de um casarão...
Aplicou tintas no quadro da ilusão...
Deu um grito de Vitória...
O povo ouviu e ficou calado...
Arrepios ele tive...
Nessa plateia ninguém o viu...
A trova dentro do seu peito berrava....
Como boi bravo atiçando o trovão...
Por algumas horas dormiu...
E acordou atordoado...
Lavou o rosto,...
E quando enxugou...
Foi em busca de uma solução...
Ao acabar com aquela grafite...
Viu que a poesia pra ele...
Jamais será problema...
Ela sempre será...
Sua eterna diversão...
E no teu pisado salpicado...
Procurou a frase certa..
Buscando dentro do seu coração...
O choro molhava a relva..
Enluarado eram suas linhas...
Foi saboreando com degustação...
Provou uma fruta azeda que a garganta doía...
Bateu a poeira dos panos...
Comeu um doce e seus olhos piscou...
Jogou tudo pros ares...
Sentado e começou a ler...
Tudo isso que ele escrevia...
Foi aí que percebi que era eu...
Arrematei esses versos..
Sem ao menos eu saber....
Como ficaria....
O fim dessa minha inspiração...
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O eco do choro do Deus Menino já se agudeza na minha mente, sobre o sorrir encantado dos meus filhos, prometo o amor incondicional por tudo de belo que a vida me tem proporcionado, para me solidarizar com os corações de todos os que amam viver em alegria juntos seus entes.
Quintal
sombra da roupa lavada
que o vento afaga
no varal
bacia secando
ao sol
espiando
o menino
que viaja longe
num caminhão
protegido
pelo irmão.
Infância e quintal
sinônimos de poesia.
O que sangrou o menino eu fiz da divida o ensino inverso
Pra me curar eu vim sarar as feridas de perto .
Soneto de um menino
Fiz do meu peito caixa de Pandora
Do incauto sentimento singular
Que fora suprimido desde outrora
Por mais que vagueasse apenas por lá
Na triste sina de quem sempre chora
Porque não lhe convém saber amar
Na aflição de ficar ou ir embora
Frente ao tenro brilho do azul do mar
Tão intimidador que eu oceano
Porque sei que tu és sílaba tônica
Da palavra que procurei por anos
No meu conto de fadas que era crônica
Em versos solitários por engano
Nessa história de paixão platônica
(Airton Memória)
Oh menino...
Dos lábios adocicados,
olhos brilhantes,
Seu toque é único ...
Me pergunto de onde é que vens tu ,
Que tomou-me completamente ...
Sei que anjo és , pois se não, qual explicação para um ser tão adorável !?
Menino da pele morena , seu cheiro é fascinante , seu toque excitante , me perco em prazeres e desejos , que nunca cessam...
Perdida em tantos desencontros , vou tentando te buscar , seguindo assim a minha sina , de viver para te amar !
Como pode ser tão belo ?
Tu roubas-te o meu coração antes mesmo de tudo ,
Com um simples sorriso , me fez ganhar o mundo !
** CL