Menino e Menina
"Hoje menino confesso eu te amo - amanhã eu já não sei.
As suas palavras ferem e revoltam a doçura do meu ser, então dedico a você o meu esplêndido beijo acre e não exagerando peço-te não se assuste."
Epígrafe Gay
Sou bem vivido, um menino
Não como os outros, feliz.
Então veio o destino
Fez de mim o que eu não quis
A elegância da vida
Mudou o meu coração
Me transformei em querida
Agindo como um pavão
Dancei, namorei, beijei
Busquei dele a mulher ser só
Digo coisas que já sabem
mas o bofe me traiu no forró
Fiquei de cama doente
Nessa paixão sombria
daquelas horas ardentes
Agora só existem as frias
Estas horas frias...
Menino Ruim
Como é que você pode
Ser tão bonito
Tão educado, simpático, humilde
E ao mesmo tempo tão mau caráter?
Nunca vou te entender
Mesmo que você tente me explicar
É tudo muito incongruente
E eu tenho medo de olhar pra você
É difícil aceitar que pessoas más
Podem ser constituídas de pedaços bons
Mesmo que a maldade esteja tão explícita
A gente não aceita
Eu não sei como você conseguiu
Se fazer tão ruim
Você tinha tudo
E destruiu meu caro
Vejo que você tem medo de mim também
Não que tenhas razão, mas é melhor pra nós dois
Então, é melhor nos mantermos distantes
Me olhe de lado
E eu te olho de longe.
Levarei para você o meu sorriso de menino,
Cantarei a canção que você gosta de ouvir...
Recitarei poemas do Neruda...
Dançarei com você por toda a minha vida!
O tempo é um remédio que tudo remedia...
E eu? Eu te amarei noite e dia...
Prometo não me cansar...
Mas poderá descansar em meus braços.
Abraçarei teu corpo com toda a minha saudade...
E prometo não sufocar-lhe!
Pois sei que gosta do seu espaço...
Me arranjarei com muito carinho, dando-lhe liberdade.
É inverno e precisamos um do outro...
Mais eu de você...
E você também de mim.
Em um cantinho faremos o nosso ninho.
De todas as rosas, eu sempre tirarei os espinhos...
Não lhe darei "rosas mortas", mas as que podem fazer outras rosas...
"Ao teu lado me sinto como um menino, que passa seu tempo a brincar sem medo do que o tempo tem pra lhe dar"
Ele
Andar de felino
Olhar de menino
E corpo de homem
Qual é o seu nome?
Meu nome é o nome
Que quiser chamar
É só pensar, escolher e gritar
Que venho rápido
Só pra te amar...
Palavras loucas
Ditas por um pobre poeta
Antes fosse ele um profeta
Para eu poder acreditar
O menino não vai voltar, a brincadeira de sentir mágoa ou loucura vai se acabando aos poucos e só sobraram os pequenos rastros que também vão se apagando sem querer.
Não reclame por ter seguido em frente. Não chore se aquele menino tão bonito já não te quer. Não impeça seu destino, não se proíba de sonhar assim, menina. Não corte suas esperanças. Não desacredite em anjos e até mesmo nos milagres. Agosto já passou, o setembro está aí. É hora de cortar as raízes e deixar tudo sem muita dor ou desespero. É hora de apostar numa nova história, numa outra vida. É hora de parar de chorar. É hora de levar sua cabeça, se maquiar, e arrumar sua vida que anda bagunçada demais. É hora de tentar.
Comece a perdoar aquelas pessoas que um dia te fizeram chorar. Comece a perdoar aquele menino que hoje tem outra pessoa. Eu sei que ele te fez perder tempo,eu sei que ele não te deu valor. Perdoe ele por tanta mágoa acumulada. Perdoe o por ter te deixado para trás e ter te esquecido dia após dias. Mas também não se culpe por nada. Se perdoe por ter depositado tantos sonhos em cima de uma história sem valor. Se perdoe por pensar em desistir da vida. Se perdoe por desistir desse menino. É o mês de perdoar e se perdoar. É o mês em que as florzinhas aparecem. É o mês de Caio Fernando Abreu. É o meu mês.
O que eu queria era alguém que me recolhesse como um menino desorientado numa noite de tempestade, me colocasse numa cama quente e fofa, me desse um chocolate quente. Apagasse as luzes, me cobrisse com um cobertor, um beijinho na testa só para ficar seguro nessa noite e me contasse uma história, uma histórinha qualquer, só para eu dormir feliz. E pela manhã, me acordasse com um belo café da manhã, cheio de pãezinhos de queijo, um chocolate bem quente, ou morninho. Tanto que venha quente, porque eu prefiro as coisas quentes. Tudo quente, até o amor.
Era uma vez ,um menino que não tinha vez
que sempre foi excluído de tudo
e sempre aprendeu o seu lugar no mundo
um mundo que nem sempre lhe sorriu
mas sempre respondeu quando ele pediu
pediu um carinho ,um abraço ou um sorriso
e que sempre disse ao mesmo "sempre estarei contigo"
na vida desse menino amores apareceram,amizades e tudo mais
mais ele buscava uma coisa que nunca lhe pertenceu a paz
e com perdas e choros ele conseguiu levar e dar os seus socos ,nesse mundo tão hostil a sorte então lhe sorriu.
Testa
Não mexa no meu rosto menino... Vai riscar.
Cinza de testa com a mão é pra nunca se apagar.
Cega do olho na hora de acordar.
E de resto, se presta com o tempo tentar, olhar pro teto de instante em instante que de tonta cai e coloca outra cor naquele mesmo lugar
A MONTANHA
Com um anjo
Sonhei a vida toda,
Sonhei quando menino,
Sonho com seu amor,
E quem sonha comigo?
Meus sonhos não foram alçados,
Mas ainda luto por eles.
Um deles esta por ai, na cidade ao lado.
Com seus cabelos amarelos e seu rosto iluminado.
Ainda alcanço o topo da montanha que tenho escalado.
Nos braços de minha mãe, sentia-me o Menino Jesus, pois neles estavam o acolhimento da manjedoura e em seu nome a expressão completa da família Sagrada: Maria José, tendo por sobrenome Ferrera de Andrade, alguém que conserta com ferro e madeira. Não se impressione, sou uma extensão de tudo isso!
MENINO
Quando eu era um menino mirrado
Bem pequeno, que dava mal pra se ver
Eu já muita coisa sabia,
Porque tudo o que as pessoas falavam
Eu ouvia, em todo lugar eu cabia
E ninguém me percebia,
Ou faziam de conta que eu não existia.
Portadores de miopia,
Assim foi, que nunca me viam.
Em mim a vontade pelo que não sabia,
Curioso como um papagaio aprendiz,
E ninguém me via,
E tudo eu ouvia.
Quando comecei a falar,
Não comecei pelo que a minha mãe dizia,
Me pus a falar de coisas já de aprendiz,
Discutia geografia,
Calculava a geometria,
Delineava a filosofia,
O que acontecia no dia a dia,
Citava já algumas poesias,
E mais, curioso eu ouvia.
A história de Cristo eu sabia,
Do inquisitório, da condenação, eu via,
O erro maior da história, e não entendia,
Como é que se mata Deus, e Ele assim permitia.
De Sócrates a verdade que se puniu,
Contava a estória de Lampião
Do seu encalço, a polícia,
Armada de artilharia, mirando ele e Maria.
Mas continuava tão pequeno,
Que tudo que eu dizia,
Ou ninguém nada entendia,
Ou, como a mim não percebiam.
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naeno*com reservas