Menino e Menina
O menino Índio E Sua Amiga Comprida
Era uma vez em uma tribo, lá pelos lados do Amazonas... Existia um índio que tudo que queria, era que todas as tribos do mundo fizessem um tratado de paz para cuidarem de sua mãe Natureza e serem amigos.
Ele era sempre o primeiro a querer participar das caçadas pela floresta, não temia quase nada, gostava de ser índio e tinha muito orgulho da sua tribo, sempre pedia a Tupã, para lhe dar forças para defender todos as tribos que lutassem pela paz e sua preservação.
Um dia os brancos começaram a habitar sua tribo e ai sim, começou seus pesadelos, que era que a comprida ( como chamava a cobra grande) engolisse os seus. Ele cresceu acreditando, que em frente da sua tribo, onde uma praia aparecia, quando chegava a seca, na realidade era a carcaça de uma cobra grande.
Ele temia muito, porém pensava( vou lutar contra meus medos e ser amigo da comprida) que, que se a cobra grande, acordasse, devido aos mau tratos a natureza, engoliria os seus.
Um dia o índio, partiu para conhecer outras tribos, mas seu coração sempre estava conectado as suas origens, até que um dia recebeu em sonhos um chamado do feiticeiro, que pedia para ele voltar, por que a alguns dias, seu povo estava sofrendo com o ataque da comprida, que estava cerando sua aldeia, não conseguiam nem dormir, de tanto medo de serem engolidos, as crianças viviam chorando e o povo da tribo, já estava até pensando em sair daquele local e procurarem outra aldeia.
Ele respondeu telepaticamente ao seu pajé:
- Estou voltando agora mesmo, e vou falar com ela,confiem em mim...
Ele partiu em busca da comprida, passou vários dias e noite procurando e nada de encontrá-la. Quando já estava quase desanimando, escutou uns ruídos diferentes, e foi atrás para saber o que era, quando chegou mais perto,viu a cobra rolando na praia e chorando de dor, suas lágrimas se misturavam com as águas do rio.
Ele perguntou excitante:
- O que houve com você comprida cobra?
- Estou sofrendo a dias, menino índio, as pessoas de sua tribo, estão poluindo o rio e entrou em meus dentes, grande lixo, que apodreceu e me causa muita dor e não consigo voltar para o rio, tentei procurar ajuda, mas todos tem medo de mim.
-Claro que irei te ajudar, mas vai doer um pouco, mas você tem de ser forte, porque irei puxar de uma vez só.
-Tudo bem,quero me livrar de uma vez dessa terrível dor.
E ela deu um grande ruído, que foi ouvido até na aldeia. Lá os seus manos ficaram muito preocupados e se perguntando se o bravo índio estava bem.
-Estou livre desse lixo, que bom! Você foi muito valente indiozinho, o que posso fazer para agradecer sua ajuda?
-Gostaria de ser seu amigo e que você conhecesse minha aldeia e também se tornasse amiga dos demais índios que vivem lá.
-Sério?
-Claro que sim, todos lá tem muito medo de você e quero que eles percam esse medo bobo, pois sei que você não nos faria mal algum.
-Agradeço sua confiança e irei sim!
Quando os demais índios viram de longe, o guerreiro da sua tribo, chegando com a enorme cobra, ficaram apavorados e correriam de um lado para o outro com medo de serem atacados.
-Não tenham medo, ela é nossa amiga e veio em paz, ela só estava rondando a nossa tribo, por que poluíram sua casa e entrou grande lixo nos seus dentes e precisava de alguém para tira-lo. Eu já o ajudei e trouxe-a aqui para ela falar um pouco de onde ele vive, assim podemos conhecer melhor sua casa e ajudar a cuidar dela também. Tudo na natureza, faz parte da nossa família, só precisamos entender e zelar por todos,, para nem uma tribo sofrer e nós fazerem senir medo, quando precisarem sair de seu habitat natural, e buscar o nosso, por que destruimos os seus.
Depois desse dia a a tribo começou a se preocupar para não sujar mais a tribo dos outros e entenderam que somos todos filhos da mãe da Natureza e só precisamos nos respeitar e proteger-nos, para não fazermos sofrer outras tribos,com os nosso lixos.
Fiz uma poesia pra você menino.
Menino que não teve chance aqui na terra.
Futuro ceifado...
Futuro onde não existe "nós"
Futuro que precisei reescrever.
Corre menino, vem matar a saudade.
Corre pela superfície empoeirada das minhas memórias.
Senta aqui ao lado e me fala de você.
Eu te conto da saudade, que se alojou aqui dentro depois que você partiu.
E do amor que permanece intacto no coração.
E antes da silenciosa despedida, desenharei teu semblante e guardarei tua alegria, que é para iluminar com tua luz o cinza dos meus dias.
[Marta Souza]
Para meu "menino" Lucas Souza Peçanha_ In memoriam
07/07/2016
O menino e seu poeta
Tenho por ti um apreço, um encanto...
Que, ás vezes, me faz menino.
Entre minhas palavras, por horas perdido.
No enredo de meus pensamentos.
E se um dia, eu puder chegar onde tu poetas estás,
Com as palavras em prosa encantar,
Entre as linhas que se fazem negras
Saberia ao certo o que é essa entrega.
Ao soar de teus poemas muitos olhos brilham
Levando-nos a viajar por muitos mundos.
Fora e dentro de mim, paz assim!
Em construção, arte dos teus sonhos.
Qualquer hora menino e homem se encontram
E ao perceberem o mesmo sorriso
Haverá certeza do mesmo caminho
E de novo o velho de fará novo, honroso.
Poeta, voz e encanto.
Ao menino.
Weslley Marchezan. 2012. Homenagem ao poeta Thiago de Melo. < Amadeu Thiago de Mello (Barreirinha, 30 de março de 1926) é um poeta e tradutor brasileiro. Natural do Estado do Amazonas, é um dos poetas mais influentes e respeitados no país, reconhecido como um ícone da literatura regional
AMOR BEIJA FLOR
Sinto tua falta
Dos teus trejeitos menino
Dos teus olhos passeando lentos
sob meus sentidos
Dos teus acordes de templos
com gosto de nós dois
Dos teus céus escorrendo
sob minha pele sem sombras
e nem disfarces
Dos teus cabelos cor da lua
Dos teus toques suaves
Da tua pele macia brotando
pazes
Das tuas fontes de suavidades
Ah ,sinto falta amor
Qualquer dia passarei por ai
numa alma de beija-flor
Só para lembrá-lo
dos momentos
em que o céu nos pertencia
com encantamento e furta cor .
Um dia passarei por ai
vestida de azul ,
de anjo
e de vento .
Menino que se fascina na lua.
Ela lá tao distante, cintilante com seu brilho elegante, te faz viajar, sonhar, se perder no tempo.
Mais e dai com o tempo se esse não é um singelo momento.
Momento como falange que transcende e alenta, norteia e aquece o fôlego de vida. Ela é ágape, um pouco discreta, porém, muito coberta de mistério que prende os olhos da gente e a mente eleva o que o coração só sente quando está perto!
Orgulho
Não era nada...
Só um menino
Fazendo tudo.
Nada além de
Um estranho
Achando tudo um absurdo.
Deslumbramentos
De descobrir o mundo.
Nada que
Para os pais encantados
É sinônimo de tudo.
Aprendi desde de menino que tudo na vida a gente consegue com luta e dignidade: correr com as pernas, aguentar com o coração,vencer com a cabeça...
Caminhos Da Escola
Escondam a coca-cola
Da boca desse menino
E mostrem pra ele
O caminho da escola
Se ele não quiser
Passar a vida inteira
No sinal pedindo esmola
Leia o jornal pra esse menino
Pra que ele entende
A verdade profana da rua
Fale pra ele desse cruel destino
E que amanhã
Essa mesma manchete
Também pode ser sua
Dê pra esse menino
Lápis e papel
Antes que o destino
Vem e te faça réu
No breu malino
Desse aranha céu
Mostre pra esse menino
Que esse mundo tá cheio
De homem mal
E se te pegam na rua
Em vez de estar
A brincar no recreio
Já é chamado de marginal
E o que te acontece depois
Eu até receio.
DIÁRIO DE BORDO
Tudo é um milagre cotidiano, inesperado, se olhamos com olhos de um menino, nesse instante nascido, como um estrangeiro de um país distante, descobrindo nuances, detalhes, paisagens, pontos turísticos que já nos acostumamos. Tudo agora podia não ter acontecido, ser um vácuo inimaginável, improvável, um breu impenetrável. "Faça-se a luz"... Um dia alguém apertou um mega interruptor e tudo acendeu, ganhou cor, aspecto, contornos, formas definidas, ficaram palpáveis, visível no inimaginável caos. Outros dizem que foi uma explosão ao acaso, um acaso inteligente, um acaso parecendo algo, uma explosão sem pólvora que só serviu pra acender a velha questão de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha. Sendo assim, o que gerou a bomba de Hiroshima? Já pensei em comprar um saco de bombas em festa junina e solta-las no quintal uma a uma, umas cem talvez, cem tentativas... E ver o que sai. Uma lagartixa correndo, uma barata queimada, uma minhoca derretendo, escorrendo numa pasta gelatinosa. Um ser asqueroso qualquer, alguma coisa que se mova. Asqueroso... A propósito, só mato baratas em ultimo caso, dentro de casa, numa luta franca, ela ou eu, melhor dizendo. Na rua deixo-as passar, não as piso... Tudo é vida, é pulsar, é dor, é prazer, é cor, é algo que não foi feito a esquadro, nem lixado, pintado, já estava lá. O homem só faz imitar o que vê na natureza. O avião tem a forma de um pássaro, senão nunca voaria, nem pousaria com graciosidade, aerodinâmica, dizem os “inventores”. Um famoso cientista Stephen Hawking, considerado o mais novo Einstein, diz que existem outras dimensões, gente igual à gente noutro canto, gente que já se foi daqui e continua lá, replicando, resistindo, existindo. Vultos que saem do nada, mas, não são fantasmas, fantasmas não existem, diz ele, alguém de outra dimensão, que resolveu passar por aqui, dar um olá e dimensionar-se de novo. Já se admite até a possibilidade de destino, "teoria do caos", uma sucessão de acasos que concorre pra uma conclusão, que obedece a um padrão, um comando qualquer. É que as coisas não são tão simples assim de explicar, a vida surpreende, às vezes: um tsunami, uma enchente, um asteroide a cair na Rússia... E foge ao controle de quem pensa que pode tudo, que a tudo pode explicar. Tudo tem uma razão de ser, uma poça d’água suja na rua, estagnada, tá viva, é um microcosmo, um universo em profusão, é um verso sujo a incomodar nossa estética dominante, determinante. Tudo é perfeito, sincronizado, os dias e as noites, não atrasam, nem adiantam, mesma hora todo dia, tudo é percebido, pouco explicado. Não pedimos pra nascer, fomos aqui lançados. Reparo tudo às vezes, viajo, pelas janelas dos meus olhos como se aqui nunca estivesse estado.
MEU CORAÇÃO DE POETA
Meu coração de poeta
É de menino que canta!
Que brinca todos os dias
Que vive feliz, e encanta
Quando triste nada reclama
Rindo esquece os problemas
E logo seus males espanta!
Brincando, a alma distrai
Renegando seus dilemas!
Meu coração de poeta...
Às vezes até anda por aí
Sozinho querendo amar
Mas, nunca a outro coração
Brinca querendo trapacear!
Meu coração é simplório
Quando recebe insultos...
Não revida, sábio ignora
E vive a vida sempre assim
Com amor na sua plenitude
Na real, sem ser tolo, ilusório!
Cair nos sonhos:
sonhei
brinquei nas águas,
fui no tempo.
Vi um homem
menino,
pedia doce,
mel.
Vi um garoto
vinha,
pedia colo, atenção.
Virei de lado
ouvi vozes
violão,
Fui nos versos
roubei poemas, canção...
escrevi poesias
nos braços da ilusão !
Onde será que se perdeu o menino que fazia poema com a lua, bicicleta e tamanco. Que fazia rir o coração e a alma?! Foi buscar sabedoria, estudou tanto que perdeu a alegria, a sensibilidade do poema sem rima e as preciosidades e a simplicidade que teve na vida.
O MENINO QUE O VALE LEVA
"Você nunca volta pelos mesmos caminhos. Você, o pequeno menino do vale, também é o grande adulto que leva. E se hoje vai embora - cheio de lentidão na marcha - é porque nunca perdeu o medo de voltar. Sempre soube que, o soluço, é o veredito pujante do perdão digerido. E eu, teimoso como sou, dou conversa ao desespero. Tenho calos por ainda ter cordas, na cabeça, para me pendurar em suas fugas. Corra ligeiro, na cidade que há em mim, com todas as suas coisas que vão perdendo o cheiro, exalando o melhor perfume da sua falta. Vale-me muito esse menino. Valei-me...volte! Pois as placas não têm nomes e, as ruas, não têm saídas. Nos fios da barba, há cama para a sua insônia. Riso também é choro. Cacto também se rega. Amor, não se nega".
Em um passado não tão distante
Onde brilha o horizonte
Eu vivia lá, ainda quando menino.
Franzino e traquino volto a recordar!
Embreava-me nos verdes campos do lugar
Onde eu vivia feliz a cantar
Hoje estou grande perdido na cidade grande
Sem vontade de ficar, fujo de tudo volto ao meu mundo.
E volto a recordar que Deus me ajude
Que um dia eu volte para o meu lugar
Esquecêreis-me de tudo
Renascerei como uma nova criança
E reviverei tudo o eu que deixei por lá
Menino que fuça o lixo, quem sabe o que
procura lá,talvez algo com que se pareça.
que pena que não ira axar,
por viver numa sociedade ipocrita que vive a esbanjar jogaram ele fora no lixo ,
mas no lixo não esta
Aniversário quase sem rima
Nasceu a estrela guia
Depois do menino Jesus.
No último dia do ano,
Anunciando flores,
Tantos outros nascimentos,
Parte de um grande começo.
Nasceu a menina faceira,
Jogando tudo pro ar,
Fazendo pirraça e cara feia
Para a mãezinha que só sabe amar.
Pequeno botão
Aprendendo a viver,
A ser.
Reluz sorrisos ao brincar,
O fraterno amor
Já sabe entregar.
O coração foi o primeiro
A se formar,
Latente e ativo para a vida futura
Comemorar.
Dia 31 de dezembro ficou para trás,
E o ano acordou.
Até mais tarde!
Logo mais um fim de dezembro
Despontará
E a garotinha aniversariará
No dia em que o mundo
Solta fogos para o novo ano
Começar.