Menino e Menina
É dezembro!
Vamos dezembrar?
Vamos nos alegrar
Vamos o Deus menino esperar
Vamos nos abraçar
Vamos ... vamos!!!
melania
O meu maior medo...
Não sei se você percebe(acho que não), mas sabe aquele menino que te observa quando você o despreza? Aquele mesmo que, ao vê-la, tenta, mesmo sabendo que não vai ser correspondido, toca-la para poder abraça-la? Pois é, aquele menino, sou eu. Mas por que só agora tomei coragem e comecei a desabafar? Realmente, não sei. So não suporto mais, guarda todos os sentimentos somente para mim, não poder dividir tudo o que eu sinto com você. Saiba que isso dói, e dói muito. Talvez seja porque, o meu maior medo, é amar completamente, a quem apenas minha metade já basta.
Quando Deus que falar Ele usa jumenta prá falar profeta, é menino prá matar gigante. Ele usa quem Ele quer na hora que Ele quiser.
Natal, tempo de celebrar o nascimento do menino Jesus. Que o espírito natalino preencha nosso corações com amor, paz, alegria e generosidade. Feliz Natal!
Dê valor aos seus pais, quando você menino(a) sai para ir na festa com seus amigos, faz alguma besteira ou até mesmo, quando não tem mais ninguém ao seu lado, são eles que vão estar lá, te motivando, ajudando e orando por você. Os amigos que vocês tanto falam pode até ajudar mas não existe amor maior que o do seus pais, eles vão estar sempre de braços abertos esperando por você, então dê valor e não os maltrate, honrar pai e mãe é o que devemos fazer hoje e sempre!
Desculpe ser aquele menino teimoso que você odiava tanto, eu era como uma rosa agradava alguns e machucava outros.
Criado pela fé, vivendo de baixo de oração, foi assim que nasceu mais um menino filho de Deus que não teve seus pais de carne mais que vive hoje em dia junto com o Deus de Abrão; Filho pródigo não foge da luta , vence todas suas batalhas sem ao menos precisar usar de força bruta, só movido pela fé em seu coração , se quiser saber como ele faz, olhe para o céu e fale com o mesmo deus de Salomão.
Uma vez eu estava na fila da merenda e um menino me jogou uma sopa quente. Ele virou o prato de sopa na minha cara, porque eu estava falando com a minha amiga. E ele se virou pra mim, jogou aquele prato de sopa quente em mim, porque na cabeça dele eu tinha que agir como homem, falar com voz de homem, ser homem.
Então, menino, um dia ela cansa. Ela cansa e vai embora.
Dai você vai dar valor, vai bater a cabeça, vai correr atrás, vai fazer o diabo pra tê-la de volta.
Mas ela já terá ido. E terá descoberto que lá fora existe um mundo bem melhor e que não cabe mais você.
E ela vai ser feliz!
E ela vai ser o que quiser!
E você?
Bom... Você vai lamentar a vida toda por ter sido tão babaca.
Babaca e vacilão!
O Menino a Mãe e o Radio
O menino que adorava ouvir rádio com sua mãe, era um radio de madeira com um passarinho e as letras ABC Voz de Ouro, era grande e demorava ligar e ficava em cima de um móvel na cozinha onde a mãe costumava passar horas ouvindo, o menino ficava ao lado de sua mãe observando ela cantar junto com o radio, o menino ficava vendo a mãe cozinhar, lavar roupas e limpar a casa, mas sempre ouvindo radio, ele adorava ver sua mãe cantar com seu olhar fraterno ensinando com muita paciência todos os deveres da casa, ele a acompanhava de mãos dadas em todos os lugares que costumavam ir e sempre ouvindo os conselhos e ensinamentos de comportamento e educação, assim o menino fora criado com sua mãe cantando com o radio, eram varias canções, várias novelas, um programa que tinha um burro (teimoso), uma vaquinha (malhada) e tinha uma voz que dizia É o Zé Bétio e batia em panelas dizendo acorda já são 06:00hs era quando o menino acordava para ir a escola, quando nas férias costumava passar na casa de uma tia e seus (10 primos (as)), sua tia também adorava ouvir radio, mas só de musicas caipira, o menino se divertia com uma Dupla de Japoneses Caipira que cantavam com sotaque muito engraçado, seus primos tinha radinho de pilha e costumavam dormir com ele na beirada da cama, o menino achava legal e queria ter um também, mas sabia que sua mãe não podia comprar, era um artigo de luxo e caro, mas o menino aproveitava o radio do primo quando ele não estava, durante o dia costumava brincar em campo de futebol do outro lado da rua e aos fundo do campo uma mata fechada onde junto com seus primos costumavam explorar, mas só até uma nascente de água onde se refrescavam, não iam muito adiante com medo de se perderem, brincavam de cipó nas árvores feitos tarzam, em uma de suas férias o menino não brincou na mata por medo de um acampamento Cigano que lá estavam, ele ficava por horas na janela do quarto da sua tia que dava pra ver melhor o acampamento, seus primos mais velhos lhe contou histórias sobre os Ciganos pegarem criancinhas, foi a primeira vez que o menino viu um acampamento e ficou com medo, mas era muito bom a convivência com seus primos e primas, a noite o menino era o último a pedir a benção de sua tia que também era sua madrinha, o menino deitava em um dos quartos e contava para si esperando sua vez da benção 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10 e então ele gritava benção madrinha e ficava esperando “Deus lhe Abençoe, era uma vida simples que o menino tinha, mas era muito feliz com tudo que tinha, com o amor de sua família e assim o menino se divertia, escutava radio e até decorava algumas musicas, como a que tocava todos os dias na radio (RONNIE VON - A PRAÇA), foram muitas canções, o menino queria escrever musicas ou até cantar tocando seu violão de plástico com poucas cordas, mas tinha mesmo era vontade de ter seu próprio radinho de pilha para embalar seu sono, apesar de ouvir todos os dias ao lado de sua mãe que cantava com o radio, ela tinha a voz bonita e um longo cabelo preto com tranças que o menino ajudava fazer, nesta época era comum ver os homens (Operários) com um radinho de pilha segurando contra a orelha e o menino observava as cores, modelos e tamanho, comparando com o grande radio de madeira de sua mãe, e como uma caixinha tão pequena podia tocar as mesmas musicas já que não tinha fio para ligar na tomada, eram muitas coisas que se passava na cabeça do menino que não conseguia entender e tudo era, “Como, porque”, no mundo de uma criança há inocência, curiosidade, querem ser muitas coisas, querem saber o que não entendem, não há maldades as que têm foram posta por adultos, assim o menino passava seus dias ao lado de sua mãe com um radio de madeira ABC, até que um dia sua mãe parou de cantar, o radio parou de tocar e o menino parou de ouvir “A Praça” e sem ter tido a oportunidade de ter o seu próprio radinho de pilha, mas o menino sabe que sua mãe ainda gostaria de se sentar ao seu lado e ouvir e cantar o seu velho radio de madeira, assim como o menino adoraria ouvir sua Mãe cantar:
“A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim, tudo é igual, mas estou triste porque não tenho você perto de mim”...
(mas o menino sempre visita sua mãe).
(Ricardo Cardoso)
O Menino e o Velho Cigano
Meados dos anos 70, o menino nas suas andanças pelos arredores de sua casa se depara com um acampamento Cigano (era a segunda vez que o menino se depara com um acampamento o primeiro fora na casa de sua tia), ele olhou com curiosidade, mas prosseguiu, no dia seguinte contou a um amiguinho e o assunto claro foi aquele que escutamos diariamente, ciganos roubam crianças, mas tinham o espirito aventureiro, gostavam de desafios e perigo, algumas vezes ao entrar na mata pegavam aquelas frutinhas silvestres e juntos contavam até três e comiam dizendo se morrer morrem juntos e sempre foi assim, portanto resolveram ir juntos até o acampamento que ficava duas quadras de suas casas, era uma antiga chácara com uma casa grande, com um porão o qual o menino acreditava que os escravos dormiam ali, na lateral havia uma granja e em frente um terreno que outra hora servia de campo de futebol e lá os Ciganos acamparam, o menino e seu amiguinho ficaram atrás de uma árvore observando os Ciganos, havia cavalos, carroças, mas também dois carros antigos e ao redor de uma fogueira mulheres com lindos vestidos coloridos faziam comida e ao fundo um velho de chapéu e barba branca batia em um balde cor de ouro e o menino ficou curioso em saber o que o velho fazia, escutou de sua mãe que ciganos gostavam de ouro, gostavam de dançar, tocar violino e violão, tentando não ser visto pelos homens que escovavam os cavalos e as crianças que ali estavam correndo, aos poucos o menino foi se descuidando até que o velho fez um sinal com as mãos para se aproximarem, com muito medo o menino e seu amiguinho correram enquanto aqueles homens e crianças os olhavam, chegando em suas casas nada falaram, mas o menino ficou pensando nas crianças correndo, nos cavalos lindos e no velho batendo o balde de ouro, o menino tomara uma decisão, no dia seguinte retornaria ao acampamento com seu amiguinho ou sozinho, assim o fez após o retorno da escola, o menino ficou atrás da árvore observando e novamente o velho estava batendo em um balde de ouro, as crianças estavam comendo milho e as mulheres estavam cuidando dos bebes de colo e não tinha cavalos presos às árvores, o menino estava sozinho, pois seu amiguinho não quis ir por medo de ser raptado pelos ciganos, o pequeno menino com o coração acelerado as mãos molhadas e com muito medo que transparecia em seus olhos, novamente o velho lhe acenara com a mão para que ele se aproximasse o menino que gosta de se aventurar, que gosta desafios, que gosta de ouvir histórias de pessoas velhas, como a que o Senhor Piscidone costumava contar, um senhor de noventa e poucos anos que viera da Bahia aos dezoito anos de idade trabalhar em uma fazenda com seu tio que aqui já estava instalado onde hoje situa o bairro em que o menino vive, filho do “Ventre livre”, mas aprisionado na fazenda na Bahia ao lados de seus pais escravos, ele falava sobre as trilhas de carroças hoje as principais vias do bairro, morrera aos cento e três anos de idade, o menino tomou coragem respirou fundo e foi na direção do velho Cigano de cabelos e barba branca com um chapéu preto desbotado, uma fogueira com um caldeirão que tinha um cheiro bom, as crianças sentadas no chão comendo milho e os olhares voltados para o menino daquelas lindas mulheres com seus lindos vestidos coloridos, como os desenhos que o menino costumava fazer, o velho Cigano pediu que o menino sentasse ao seu lado em um toco de madeira, perguntou ao menino se ele estava com medo dele, o menino chacoalhou a cabeça dizendo que não, mas com as pernas tremulas ouvia o velho, passado alguns minutos, já descontraído perguntou ao velho Cigano porque ele batia naquele balde de ouro, ele sorriu com seus dentes de ouro e disse que era um tacho de cobre, ele o fazia para vender, que os seus irmãos sairá a cavalo para vender e comprar mantimentos, o menino perguntou lhe se eles haviam pegos aquelas crianças, porque ouvira dizer que se as crianças que ficassem na rua seria pegas pelos ciganos ou o homem do saco, novamente o velho sorriu mostrando seus lindos dentes de ouro – menino olhe ao seu redor, não existem cercas, somos livres, as crianças são livres, não pegamos crianças, muitas são abandonadas em nossos acampamentos e cuidamos como nossos filhos, mas aqui são todos filhos e filhas dos nossos irmãos, o menino ficou por horas escutando e vendo as peças de cobre que o velho fazia, comeu milho assado bebeu chá de frutas conversou com os meninos de sua idade, mas não entendia o porque não iam a escola, porque não tinham casa de tijolos, não tinham televisão e nem brinquedos, o menino na sua inocência convidara aquelas crianças para ir a casa dele brincar, o velho então retrucou, venha aqui quando quiser mas eles não iram a sua casa, o menino abaixou a cabeça desolado sem entender o porque elas não podiam ir na casa dele, o velho lhe disse você é só uma criança quando crescer vai descobrir que não somos bem vindos e logo seremos expulsos deste local e assim foi a primeira e a última conversa com o velho cigano dos dentes de ouro, barba branca, cabelos brancos um chapéu preto desbotado que fazia tachos de cobre, pois alguns dias de castigo por ter saído de casa sem avisar (nesta aventura de ir no acampamento cigano), na primeira oportunidade o menino foi até a chácara e chegando lá se deparou com um terreno vazio sem carroças, sem cavalos, sem crianças, sem fogueira, sem mulheres bonitas com seus vestidos coloridos e seus lindos bebes só tinha o toco onde o velho cigano fazia seus tachos de ouro e assim o menino voltou para casa e em seus pensamentos queria ser cigano, cavalgar com um lindo cavalo preto livremente sem precisar ir a escola, andar por muitos lugares e viver em uma barraca ao lado do velho cigano fazendo tachos...
(O menino cresceu, não virou cigano, mas tem um espirito cigano, hoje admira e defende a cultura cigana)
(Ricardo Cardoso)
O Menino e o Jardineiro
O menino corria pelo quintal contemplando os pássaros, as borboletas, as flores do jardim e um pequeno lago com peixes dourados, em frente da sua casa tinha muitas árvores, pé de frutas silvestres o qual os passarinhos, abelhas e o menino desfrutavam, sua mãe costumava pagar alguém para capinar o quintal e o jardim o qual o menino adorava plantar cravos, margaridas, palmas e onze horas, ficava ansioso esperando dar onze horas para ver a flor abrir, no fundo do quintal também tinha cana de açúcar, um pé de ameixas e girassóis, o qual ficava se perguntando o porquê do girassol estar sempre olhando para o sol, aquilo tudo era sua floresta o qual brincava de índio e outras vezes de filmes de faroeste o qual costumava assistir, a mãe do menino contrata um homem baixinho, meio corcunda pelo peso da vida, com os olhos azulados pelo desgaste do tempo, a mãe ficou sabendo que se tratava de uma pessoa muito pobre, mas que fazia questão de trabalhar para se sustentar e assim o fez, o homem começou ao amanhecer, o menino estava na escola o qual adorava desenhar escutar as histórias do bairro em que vivem, seus professores eram todos moradores do bairro, assim que o menino chegou a casa, sua mãe preparou um prato de comida e uma jarra com água fresca pediu que o levasse para o jardineiro, ele aproveitou e sentou se no chão perto daquele homem com o rosto tão enrugado as mãos tremula, ele pegou o prato de comida, tirou o chapéu preto desbotado ou talvez fosse cinza, agradeceu e começou a comer, o menino então pergunta qual era o seu nome, ele com uma voz roca e pausando diz Picidone, o menino achou estranho e disse que nunca tinha conhecido ninguém com este nome e perguntou o porquê da sua mãe dar este nome, o jardineiro então com uma lagrima nos olhos respondeu que não sabia o porquê deste nome, o menino viu as lagrimas em seus olhos azulados pelo tempo, mas nada falou o menino então pergunta por que ele era corcunda e andava com aquela bengala feita de um galho de árvore, o menino na sua inocência não entendia que as pessoas envelhecem para ele as pessoas nasciam como ele (Criança) ou como o senhor Picidone, antes que ele respondesse, a mãe chama o menino e diz para ele deixar o jardineiro almoçar sossegado, o menino pergunta a mãe se ele mora perto, se era o homem corcunda do filme, ele é rico ou pobre, o menino não entendia o porque tinha pobres e ricos, na escola a Professora explicava que no mundo existiam pessoas ricas e pessoas pobres, o menino indagou a Professora porque não pegava o dinheiro de todo mundo e depois dividia igual para todos, assim ninguém seria pobre, esta indagação lhe custou um bilhete no caderno pedindo para sua mãe ir até a escola falar com a Professora (estava em plena Ditadura e a Professora queria saber onde o menino tirou aquela ideia), o menino então retornou para o quintal onde o senhor Picidone trabalhava, mostrou algumas plantas e flores que ele teria que tomar cuidado para não cortar, ficou mais um pouco por ali mexendo nas minhocas que saiam da terra misturada nos matos, o sol começa a se recolher o menino leva o senhor Picidone até o portão e diz até amanhã, ao entrar em casa começa a fazer perguntas a sua mãe e ela com toda paciência explica que o senhor Picidone era muito pobre, um homem da roça muito sofrido e que precisava trabalhar para poder comer e ter um lugar para dormir, o menino não entendia o porque, o porque ele era pobre, o porque ele era corcunda, o porque ele andava com uma bengala, o porque ele tinha a pele escura, o menino fora criado respeitando todas as pessoas, raças, religiões sem se importar com a cor da pele e se era rico ou pobre e assim ele foi dormir cheio de duvidas e inconformado porque a vida era assim tão desigual, no dia seguinte na escola ele contou para os amiguinhos sobre o jardineiro Picidone, que ele era igual o homem do filme (corcunda de notre dame), o menino era muito atento, se preocupava com as injustiças da vida, assim que chegou em casa correu para o fundo do quintal para ver o jardineiro, novamente ao se sentar para almoçar o menino começa a perguntar e o senhor Picidone lhe conta que nasceu na Bahia e seus pais eram escravos em uma fazenda, ele nasceu na lei do Ventre Livre, mas teve que esperar completar dezoito anos para vir trabalhar com seu tio que já estava aqui trabalhando na fazenda, ele dizia que tudo ali era uma grande fazenda que com o passar dos anos foi transformada em chácaras e depois em lotes e que ali as margens do córrego onde o menino morava era uma plantação de algodão feita por arrendatários, uma família de japoneses que plantou bambus nas margens esquerda do córrego, onde o menino costumava brincar se pendurando nos bambus e envergando o até a outra margem do córrego, contou lhe também que todas as ruas eram de terra e só existia uma trilha de carroças, sobre a primeira construção de dois andares ( a casa do português Sr. Antônio), a construção da linha do trem, a construção da principal Avenida que cortou o bairro no meio, a primeira igreja e assim muitas coisas que serviram para o menino tanto na escola como em sua vida, e assim foi por uma semana as conversas com o jardineiro, mas não só um jardineiro, o Senhor Picidone, um homem que não sabia ler e escrever, más que tinha uma grande sabedoria e que dera grande contribuição na formação do menino e daquele dia em diante passou a ver com frequência aquele homem franzino, curvado pelo tempo, olhos azulados pelo desgaste da vida com seu terninho e chapéu desbotados e sua bengala feita de um galho de árvore, foi doloroso pro menino quando o Senhor Picidone aos cento e três anos de idade partiu deste mundo, então o menino chorou, mas nunca esqueceu as histórias daquele jardineiro com o nome de Picidone...
(Ricardo Cardoso)
Manoel …
Ele era o
Manoel de Barros!
O menino que
tinha asas.
E que chocava
esperança,
no ninho
de passarinhos!
" O menino e o seu mundo."
Quem é ele ?
Um menino,
mas não um simples menino
Ele é aquele que sonha
entre a realidade e a utopia.
É nas viagens no tempo,
no reencontro com a saudade,
e na fantasia do viver,
que o seu mundo se cria.
Ele quer voar,
a falta de asas lhe tira
a possibilidade do voo,
mas não sua qualidade de anjo.
Ainda que não possa voar,
um universo infinito,
ao subir no telhado,
é por ele contemplado.
Lá tudo é possível,
ele fala com as estrelas,
as escuta, toca a lua
e por ela é tocado."
Viviane Andrade
"Medo de menino
é medo de perder a si mesmo
na in(segurança) de um grande amor.
Porque saber amar não é fácil.
É mais do que se assumir, é ter que se dividir,
trazer para si mais um com medo de errar.
Dá medo de se entregar... por perder-se de si mesmo.
da certeza de ser livre, de quem ainda vive...
a perspectiva de tantas paixões,
dos desejos loucos e das ilusões,
Porque amor seria algo forte demais,
seria ter que morar dentro no outro e ter que ficar.
Por que ficar e se prender
em um enorme mar de dúvidas e inseguranças?
Medo de menino, medo genuíno,
da força avassaladora do amor...
Medo de se entregar, por não compreender que amar,
não é deixar de ser, ou se exercer
e muito menos se abandonar.
Amar também é ter que se reinventar,
é ter que se exercitar, na difícil missão de se compartilhar.
Transitar do seu universo particular,
para a cumplicidade de alguém sobre tudo que será.
Meninos ainda não sabem que assumindo um amor ou não,
Errar é tão certo e inevitável como respirar,
e que na arte de tentar, errar, cair e levantar,
sempre melhor será ter um amor a lhe acompanhar.
levando consigo, alguém que se tornará abrigo.
Pois nas horas em que o homem quiser se vestir de ser menino,
fará seu destino no colo da menina,
para quem ele teve a capacidade de se entregar,
preservar, ficar, cuidar e compartilhar,
ou simplesmente... aprender a amar...."
Preciso me policiar.
Seus olhos, menino, são profundos demais.
Doces demais.
Carregam alegria e dor, vontade de ficar e de partir.
Porque não se decide se vai ou fica?
Porque dorme tanto?
Porque gargalha ao falar de si?
Queria eu que se visse pelos meus olhos.
Através deles, sentiria a alegria de ver teu rosto
De te olhar quando sorri
De esperar a hora de te ver outra vez
Tenho vontade de lhe dizer muitas coisas
De te dizer quanto tempo esperei alguém como você
Dizer que sua sinceridade é pra mim um paraíso
E que a cada vez que sorrio, meu coração se enfurece
Se enfurece por estar tão perdido em você.
Vez ou outra me pego pensando qual foi sua jornada ate mim
Se alguém já te machucou, se alguém já teve você e se alegrou por isso
Se já viram teu rosto pela manha ou te deram um beijo de boa noite
E todas as vezes que penso nisso tenho a certeza de que não
Isso nunca aconteceu, pois fosse esse o caso, não teriam lhe deixado ir embora.
E eu não saberia de todas essas coisas que só são possíveis conhecer
Por ter você.
Mãe de menino.
Ao acordar, beija e abraça em quem mais ama.
Vamos para a escola meu amor? Levanta dessa cama!
Brinquedos por toda casa, espalhados pelo chão.
Prepara seu filho, pois a tia da escola lhe espera no portão.
E lá vai ele, mas do pensamento não sai.
Será que ele vai ficar bem? Pois hoje quem vai buscá-lo será seu pai.
Arruma o que pode, toma banho e vai trabalhar.
Pensando em que o filho vai querer comer hoje no jantar.
O dia inteiro sem o filho parece a eternidade.
Saudade bate e aperta sem piedade.
Retorna para casa, aproveita recolhe boneco, carrinho, motinha e caminhão.
Um chamado, é a voz do pai, vindo lá do seu portão.
Corre com um sorriso, e ganha um abraço apertado.
O filho, é tudo que ela mais precisa do seu lado.
Já tomou banho? Seu pai te deu banho? Já comeu?
Perguntas, que seu filho não esquece desde quando ele nasceu.
Janta, brinca e assiste televisão.
Deita no colo, e sente um leve carinho da sua leve mão.
Gestos que se repetem todos os dias com sua incansável mãe amorosa.
Gestos de mãe de verdade, de uma mulher incrível, simplesmente maravilhosa.
Boa noite filho, dorme com Deus, essa é a minha oração.
Pois a mãe te ama e sempre te guardará em meu coração.
Lembrança.
Conheci-te eu era apenas um menino.
O que te ensinava também estava aprendendo.
E, no entanto, nada de tão puro e intenso
aconteceu depois de ti..
Houve outros lábios, mas eu sempre beijava os teus.
E nunca, nada, poderá mudar aqueles dias
em que eu adormecia no calor das tuas coxas,
sob aqueles teus olhos que brilhavam ternura.