Menina Tímida
Nos corredores da escola, meu olhar te segue,
Como uma sombra tímida que ao longe se esconde.
Teu sorriso é sol, minha alma se apega,
Mas o medo me cala, e o silêncio responde.
Te vejo na fila, no intervalo, na quadra,
E meu coração bate acelerado,
Mas quando tento falar, as palavras se perdem,
Como um eco distante, num espaço calado.
Penso que você talvez nunca perceba,
Que meu mundo gira ao som do teu nome.
Na verdade, me assusta imaginar,
Que em teu olhar, eu não seja mais que um homem comum.
Será que existe um lugar no teu pensamento,
Onde eu possa habitar, nem que seja por um instante?
Ou será que sou só um reflexo, um pensamento,
Que jamais tocará teu coração distante?
E então, fico aqui, guardando o segredo,
Dessa paixão que cresce em meu peito,
Mas que nunca sai, nunca se revela,
Porque tenho medo que meu amor seja só um defeito.
Se refaz
Sem medida
E traz
Toda beleza que não é mais tímida
Sem deixar
O medo dominar
Deixa a voz de dentro falar
Vira música para dançar
É corpo
É casa
Que da asa
Para quem quer morar
É se apaixonar
Por ti
Por si
Por mim
Me refiz
E senti
Tudo o que sempre quis
A estrela e a nuvem
Esperança vem até mim
Tímida, porém sorridente.
Me fazendo crer que é possível
Erguer me, saltar à luz ardente
Curar as chagas, acalmar a febre
Podendo viver entre as armadilhas
Desse mundo vil,
Entro agora num momento raro
Pacífico, equilibrado, concentrado
Feito a luz das últimas horas da vela
De um candelabro
Ainda é fraca mas dá a satisfação
De enxergar timidamente o cenário
E permitir viver, talvez uma ilusão?
Mesmo que caia e tropece
Na penumbra
Na angústia que hora ou outra
Sei que virá
Preciso lembrar que a chama da esperança não desaparecerá
Ela apaga e acende em ritmos incertos, como quando as estrelas do firmamento assim o fazem
Quando as nuvens lhe cobrem seus brilhos dispersos.
Não deixarão de existir por isso
Sua luz retornará , não é uma esperança
Mas a certeza que esse ciclo
Continuará
Basta saber que a esperança é a estrela
A angústia é a nuvem
sombra e a luz se revezando..
Esteja pronto para ambos!
Sim, eu clamo a ti para que a luz seja permanente
Permanece! Imploro! Fica!
Por favor? O que eu preciso fazer pra você ficar para sempre?
Mas....
No canto da mente
Já sinto a sombra esfregando as mãos , sorridente
Esperando sua chance
para retornar a me colocar sobre seu julgo impiedoso.
Nuvem saia!! Deixa a luz das estrelas passarem!
Não me consuma!
Não me domine.
A nuvem vai e vem, mas a estrela sempre estará lá!
Pense nas estrelas!
As estrelas!
As estrelas!
Me envolva sarça ardente! Me envolva!
Quero deitar e dormir na luz!!
Escutando um vento distante
Sobre a manta uma brisa leve
Som no fundo dos pássaros
Pela janela vejo
O limoeiro balançando devagar
As nuvens passam atrás dela
quase imperceptíveis
Os olhos vão pesando
Adormeço.
Quando acordo atras dos galhos do limoeiro
Não tem mais nuvem
Entre a forquilha
A luz das estrelas!
Sinal de esperança?
Esteja vivo!
Esteja vivo!
Sobreviva!
Ah! Fique vivo!
Sim! Me consuma esperança
Força de viver!
Me consuma!
Me consuma
ME DEIXE VIVO!
VANITAS
Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia
Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria
Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...
Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
…eram onze da noite e a lua estava bela no céu, tímida por entre as nuvens, brilhosa refletia por entre as cortinas, tão cheia, um contraste com meu eu no meu vazio…
Racional , perfeccionista demais..muito tímida...muito honesta, organizada e detalhada...ama rotina ..mulher furacao temperamento instável, uma caixinha de surpresas , incógnita a define bem....odeia ser criticada , ama e as vezes acaba iludindo as pessoas ..rígida demais ...seu excesso de sinceridade mágoa as pessoas..responsável e corajosa ..não tem medo de nada e de ninguém...amorosa é organiza bem seus sentimentos ..não é de demonstrar muito ..se fecha no seu mundo ..não é de paixão.. não é de we entregar facilmente ..não se ilude com qualquer um ..nem sai beijando o primeiro que aparece ...analisa tudo friamente antes de qualquer decisão..não vá com sede ao pote isso assusta a mulher de virgem ..deixe que ela conduza a relação..se realmente ela te quiser ela dará sinais..
TÍMIDA
Saiu do rio
Perdeu-se por quem ama
Nua deitou-se na cama
No corpo tremor de frio...
Em lânguidas magias
De seu êxtase hipnótico
Num prazer hipotético
Fez alegorias...
Vestiu-se de donzela
Saiu feito fera
Sentiu-se bela...
No peito desejos vorazes
Na alma doces loucuras
E outras tantas fugazes...
Irá Rodrigues
A verdade é uma coisinha tímida. Se você se aproximar, ela irá se esconder. A verdade é uma coisinha solitária. Se você se afastar dela, ela vai te perseguir.
Bom te ver hoje
Tímida assim
Bem menos da metade
Escondida atrás do escuro azul
Do céu fazendo parte
Finíssima linha curva, branca
Tornando a saudade
Um jeito bom de fazer do amor
A mais bela arte.
Ela parece tímida, mas é a dor de ter um filho lutando contra as drogas que a deixa exausta emocionalmente. Lutas familiares
Morena, loira ou ruiva.
Olhos verdes, castanhos ou azuis.
Tímida, simpática ou estressada.
Linda, bonita, gostosa...
Maravilhosa, princesa, perfeita.
Hoje você já elogiou de diversas formas
Mas ainda falta...
Falta elogiar quem somos além das aparências.
Elogie nossa maneira de pensar,
Elogie o assunto que abordamos,
Elogie a forma que defendemos nosso ponto de vista.
Aprecie nosso coração,
Aprecie nossa alma,
Aprecie nos mulheres não somente pela nossa aparência exposta.
Ela é uma mulher diferenciada, tímida para socializar, desconfiada sem igual. É de um carinho sem medida para aqueles que conquistam sua confiança, sua seriedade acaba afastando os menos paciêntes, bobos perdem a oportunidade de conhecer o lado brincalhão, debochado e sarcástico dessa mulher. Princesa? Não de forma alguma! ela é autêntica, pé no chão, não foi moldada para submissão, nem para escravidão da estética. Prática para se arrumar, gosta de se sentir confortável, mas quando resolve caprichar no look e na make é de tirar o fôlego. Mulher difícil de decifrar, adora ser uma incógnita, inteligência emocional é sua principal aliada. Amor só o verdadeiro, essa tem paciência para descobrir, jamais brinque de dar gelo nela, pois ela pode te esquecer no freezer para sempre! Caprica com orgulho.
Um dia acordei tão tímida
Faltava um pedaço de mim
Em vão me estremeci
Mudei de posição
Sou a mesma ainda
Mas algo me espeta de novo
E insiste em espetar
Busco resposta, não há perguntas
Busco onde me acalentar.
Nem sempre é possível estar bem.
Às vezes, sequer razoável...
Entre o vazio e a obstinação
entre o medo e o descuido
entre a loucura e a coragem
onde estou?
entre fanatismo e o ceticismo
a culpa e a falta de consciência...
Sem saber onde estou me coloco em terceira pessoa.
Onde se deve estar então?
Medo de viver, medo de morrer…
Culpa por ter, por não ter…
Crer em tudo ou em nada crer…
E no meio de tudo a loucura, o vazio…
Como não sucumbir?
Acordei tão tímida,
tateie o ar em busca de um signo qualquer que pudesse me expressar…
nada.
Para os sentimentos mais profundos somos meros analfabetos.
Tem dias que quero ser grande,
e os sonhos parecem inevitáveis,
projetam um futuro, um passado,
sem cálculos, pura futilidade.
Tem dias que quero ser mais uma,
passar despercebida pela vida…
seguir a rotina e…
enfim, morrer.
Tem dias que o medo me trava,
sinto meu corpo suar,
às vezes uma mudança abrupta,
ou a vida me forçando a VIVER
sem eu estar preparada.
E a culpa – meu Deus – como o medo
me deixa paralisada
e peço perdão a qualquer um
por tudo, por nada…
Há mais, mas não quero dizer
cansei,
deixe esse poema assim, incompleta
a vida ainda está incompleta.
Hoje uma amiga um tanto tímida, mas com um jeitinho todo carinho perguntou-me: por quê você tem falado tanto em amor minha poetisa preferida? Com um sorrisinho nos lábios e o pensamento longe respondi: minha querida, Jesus disse que a boca fala do que o coração está cheio (Lucas 6:45), preciso dizer mais alguma coisa?
Lua e suas fases
A lua nova é tímida e misteriosa
Ainda não está pronta para revelar sua beleza
Escondida pela sombra da terra poderosa
Aguardando o momento certo de mostrar sua destreza🌑
A lua minguante é uma criança curiosa
Que está despertando-se em meio a multidão
Que vai vencendo aos poucos a sombra da terra impiedosa
Revelando sua coragem em meio a escuridão🌒
A lua crescente é corajosa e imponente
Está quase na sua inteira plenitude
Seu brilho vai ganhando força intensamente
Já se sobressaindo sobre as estrelas com sua aplitude🌔
A lua cheia é poderosa e cheia de misticismo
É um símbolo de poder e adoração
Os mares e os animais se curvam ao seu pragmatismo
E os apaixonados fazem juras de amor ao coração
Meu viver é bordado
pelo caminhar
de uma alma plácida
com pés intrépidos.
Essa timida valentia
faz dos meus passos
silentes versos
uivantes de vida.
Lágrimas Tímida do Conhecimento
Todo aquele que teme o Alto, cria em si um princípio de conhecimento oculto. Tal conhecimento que afecta a escrita sobre a vida no futuro de uma longa caminhada, vida perdida pelos insensatos do escuro, aqueles que desprezam a sapiência do sentido oculto, servida como principal utensílio da intuição do homem que pensa uma letra, porque também chora na porta da ponta do mestre, para que sua frase seja lida pelos sábios que de nada ainda têm, com finalidade de instruir um povo sobre os caminhos da escrita e da vida divina; aquela escrita que forma a lenda dos seres e que amanhã será vista como lágrima da vitória de um herói, porque até agora por ela ainda chora uma lágrima tímida do conhecimento.
Flagelo da ingenuidade
Vozeava o sol fundo, quase inaudível
o que a tímida matutina ocultara,
pormenor banal, é simples e plausível,
ontem o dia terminou, hoje ele para.
Frio como o concreto calçado,
ramos esquecem a casa do leão
aposentando o seu olhar cansado
sobre a intemperança de quem é são.
Aquilo que virá, outrora aconteceu,
mas turvos pelo domínio do fato,
na vergonha da noite se percebeu.
Que o disparate revela um aceno
aos túrpidos de crueldade não dita,
e ao choro desse sol moreno.