Menina Santinha

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O que seus olhos diriam se eles falassem ?

O único dom que me salva é a distração, ela preserva minha sanidade e me ajuda a aguentar.

Uma menina feita de trevas.

Estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiura e sua beleza e me pergunto como uma coisa pode ser as duas.

Mais vale um vagabundo sincero do que uma santinha mentirosa.

"Onde está escrito que eu deveria ser santinha?! Meu bem... Meu sobrenome é provocação."

-Aline Lopes

Nunca fui uma santinha, certinha, boazinha,
Mais sempre procurei ser correta, justa e amiga.
Não sou anjo mais Deus me deu asas para voar.
Não tenho medo das alturas, e não evito os
precipícios, Deus colocou anjos em minha volta,
e sempre me apóiam, e ajudam quando penso em
desistir. Gosto do azul do céu, das cores da natureza,
nasci para ser livre para poder sonhar e voar entre
o azul do céu e a imensidão do mar.

Não ir embora: Ato de amor e confiança.

Meu vicío de hoje, pode ser o passo pro meu abísmo de amanhã.

Em algum lugar, em toda aquela neve, ela via seu coração partido em dois pedaços.

O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A conseqüencia disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feirúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser as duas. Mas eles tem uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.

Odiei as palavras e as amei, e espero tê-las usado direito.

Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade.

Por algum motivo, os homens agonizantes sempre fazem perguntas cujas respostas já sabem. Talvez seja para poderem morrer tendo razão.

Olhou para o rosto sem vida, e então beijou a boca do seu melhor amigo, Rudy Steiner, com suavidade e verdade. Ele tinha um gosto poeirento e adocicado. Um gosto de arrependimento á sombra do arvoredo e na penumbra de coleçao de ternos do anarquista. Liesel o beijou demoradamente, suavimente, e, quando se afastou, toucou-lhe a boca com os dedos.

A pergunta é: e quando o outro é muito mais do que um?

-Que tal um beijo, Saumensch?
Ficou parado mais alguns instantes, com água pela cintura, antes de sair do rio e lhe entregar o livro. Tinha as calças grudadas no corpo e não parou de andar. Na verdade, acho que ele sentiu medo. Rudy Steiner ficou com medo do beijo da menina que roubava livros. Devia ter ansiado muito por ele. Devia amá-la com uma intensidade incrível. Tanto que nunca mais tornaria a lhe pedir seus lábios, e iria para sua sepultura sem eles.

Que tal um beijo Saumensch?

Ele era o segundo boneco de neve a derreter diante de seus olhos, só que esse era diferente.
Era um paradoxo. Quanto mais frio ficava, mais derretia.

Até a morte tem coração.