Menina poesia
Sou o tipo de menina que imagina coisas impossíveis. Que faz do quintal uma floresta encantada, que transforma seu gato em um dragão...
.. Que as abelhas são guerreiros, que o carro é uma carruagem, que a mãe é uma fada, que o pai é um rei, a casa um castelo...
A irmã uma guardiã, os insetos nojentos inimigos, a vassoura uma espada, as paredes o coração e os livros o portal para imaginação
Sabe,menina, tem momentos na vida que a gente desiste...desiste de tanto esperar...
E nessas horas a gente descobre que as coisas não chegaram até a gente - não porque não era o momento - mas sim porque a gente nunca foi buscar!
Conheci uma Menina inocente
Linda e meiga
Tão nova, mas muito atraente
Triste indecisão,
Maldita essa tal de proibição
Querer e não poder
beijos escondidos
Sentir o coração bater
Conheci uma menina linda
esse poema é para você.
No fundo do meu coração existe um profundo sentimento por você, menina dos meus sonhos.
Sonho com você todas noites, mesmo sabendo que não tenho você, procuro imaginar motivos para você existir no meu mundo.
Mesmo sabendo que você não irá me aceitar, não me importo.. só quero lhe fazer feliz.
Quero um dia poder te encontrar, e te falar: Amor, eu TE AMO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO. E poder ver no seu rosto, a verdadeira expressão de felicidade.
FURDÚNCIO DA BENEDITA
Sidney Santos
Menina o que é furdúncio?
Furdúncio é aquela anarquia
Sempre com muito anúncio
É famosa mixórdia
Em tempo de qüiproquó
É noite que vira dia
Campo sem lei e dó
É sobrinho correndo da tia
É neto atazanando avó
Circo de muita alegria
Dureza da pedra mó
Furdúncio que você apronta
Toda vez que te vejo
Meu coração fica louco da conta
Com o calor do teu beijo
Neste poema tem palavras que minha vó proferia; nascida em 1905, sempre separava meia hora para ler o jornal do dia; quando não concordava com minhas “artes” perguntava:
Menino que furdúncio é esse?
Salve!
Poeta dos Sonhos
Canto do Cotidiano
Santos, 19 /2/2013 as 15:30h
Posso ser teu anjo, se você for meu céu.
Posso ser tua rima, se eu for tua menina.
Posso ser tua dor, mas também ser teu amor.
Posso ser teu jardim, se você morar em mim!
Mulheres Meninas
Mulheres são meninas quando querem ser
E a menina mais mulher, que eu conheço é você
Não tem como eu explicar, mas é tão fácil perceber
Entender, saber o por quer, que as meninas são assim
Mulheres ainda na infância matem a esperança de um dia
Voltar a ser, aquela criança, de sonhos indestrutíveis
De cabelos bagunçados, sorriso aberto, inocente
Nós homens não, somos tão sem noção
Precisamos dessas meninas mulheres
Para cuidar da nossa vida, como já foi citado,
“Mulheres são o que são, e não o que nós queremos que elas sejam”
Mulheres são, pardas, brancas, índias ou negras
A cor não importa, todas tem sua beleza
Meninas são tão mulheres, mulheres tão meninas,
Ao enoitecer, choram pra nos fazer sorrir
Sorrir, pra evitar o chorar, mulheres são simples
Só que a simplicidade, é difícil de entender!
Eu vou embora pra campina
Vou ver minha menina
Faz tempo que não há vejo
Desejo teu beijo
Teu cheiro me alucina
- Menino ou menina?
- Não importa desde que seja com você.
- Só se ele tiver seus olhos, e seu sorriso.
- Mas que tenha seu coração.
- Então terá o seu também, porque o meu é seu.
Nasci pra perdoar.
Essa é minha sina,
desde menina.
Isso, eu não espalho,
se não p'ros outros
eu viro galho.
Quem já suspeita,
a mim, espreita.
Me magoando,
"a torta e a direita"...
GAROTA-MÃE MENINA-MULHER
Menina-Criança,
foi pega de surpresa,
por culpa de seus atos,
meros fatos,
outrora, inatos,
mas que faz diferença,
pra pobre menina.
Oh... pobre menina,
cuja infância fascina,
mas foi interrompida,
para dar vez à outra infância.
Oh... pobre menina,
tão pequenina,
tão abandonada.
Oh... pobre menina,
largou a boneca,
aprendeu a trocar fralda.
Oh... pobre menina,
ainda tem muita esperança,
mas, alimentará uma nova criança.
Pobre menina,
esquecida pela criança feliz,
transformada naquela mini-mulher crescida-menina
que deu a luz
a uma nova menina,
e perdida no mundo,
a menina-mulher segue a vida.
Menina encantada.
Era uma vez um amor perdido.
Meio escondido
Num canto qualquer.
Que apareceu-me do nada.
Com rápidez de uma espada.
Se alojou no me eu.
Desse jeito maluco.
Simples, absoluto.
Invadiu o meu ser.
Não pediu nem licença.
Se apossou...
Virou dona..
Cada passo na escada.
Essa menina encantada.
Sigo com meu olhar.
E no meio da mesma.
No pensar um desejo
Paro. Roubo um beijo.
Somos doidos varridos.
De suspiros, gemidos
Quero sempre te amar.
Ela leva consigo um retalho de fotografias que tira ao longo da vida.
A menina que nasceu em 19 de agosto, dia da fotografia, trouxe do berço a paixão de levar uma máquina a tiracolo sempre que sai pra explorar o mundo.
Gosta de observar miudezas do cotidiano e inventar belezas.
O doce som que o obturador faz ao clicar esses instantes eternos, mistura-se a explosão de sentimentos que ocorre em sua cabeça e coração a cada click.
Ela não era detalhista, mas aquela florzinha no cantinho da calçada no começo de primavera chamava sua atenção. Ou aquela pipa colorida contrastando com o céu azul em dia claro.
Gostava de registrar em ângulos que ela mesma inventava, situações sinceras, sorrisos escancarados.
Sentia-se feliz com sua pequena-grande máquina fotográfica!
Não importava se em dias de sol ou chuva.
O sol trazia a luz perfeita, a chuva, os tons poéticos de cinza que entristeciam o céu.
Mas pra ela, a fotografia não depende só das lentes da máquina, e sim das lentes dos olhos.
E essas pequenezas que nos encantam, a gente traz de dentro pra fora!
É mais que paixão e arte, é dom!
Procurava a mulher, surgiu a menina.
Procurava a menina e sugeriu ser ela a tal mulher.
Ela em seu a, b, c, d.
Ele em tanta hermenêutica.
Ela no soprar bolinhas de sabão e ver tudo se espalhar e voar.
Ele em fórmulas fabulosas de bomba atômica ou de ataques nuclear.
E uma única equação entre eles.
Uma só matemática, 1+1 e pronto!
Ela sem tantos paetês, sem máscaras anti-rugas, sem batom e sem quase nada!
Ela na sandália rasteira e na camiseta básica.
Ele no paletó e no arco íris cinzento das tantas gravatas!
Ela no vestido floral e conduzindo o passo feito bailarina!
Era ela a menina, era sim!
Lá ia ela!
Ia no vestido de chita, com a pulseira amarrada ao tornozelo e com nenhum endereço estranho.
Lá ia ela, ia sim!
Lá ia ela, ia sim!
Ela acreditava em Papai Noel, fadas e duendes.
Ela tinha pingentes estranhos.
Ele sempre acreditando apenas em inveja e mau olhado!
Ela tentando convencer acerca da força do amor e do amar!
Ele querendo qualquer coisa, brigando com tudo e pouco sabendo que amor é para ser algo fácil!
Ele no jeito escroto, no jeito sério.
Ela na rota de colisão no itinerário de também ser gente grande!
Ela uma menina, a minha menina.
Eu o seu menino!
Eu e ela!
Pedaços dela no que ainda não sei!
Lá ia ela, ia sim!
Caneta na mão
Debruçada no travesseiro
Chora menina
Com seu caderno
Caneta na mão
Lágrimas nos olhos
Palavras transbordam coração
Sente medo
Dor, Angustia
Não se define
Certa da esperança
Crê no que haverá
De ser bom
Tudo que passa
Sofre
No que vê
Chora
Muito humana
Sensível por demais
Até que dorme
Caneta na mão
Ela diz que falo com o meu sotaque “cantado”.
que sotaque é esse menina ? que eu canto ? que eu mio ? que eu mio no canto ?
E eu digo, é só minha voz arrastada.
Ela diz que o meu sotaque é "cantado", que flutua, que acalma.
e flutua pra onde menina ? eu nem sei cantar.
Ela diz que o meu sotaque é "cantado", que eu não sei cantar mas sei falar, e que minha palavra flutua pra ela, acalma, como as palavras de Jah.
Eu ? eu desisti, vamo guria, deixa meu sotaque "cantado" pra lá.
Bolacha Colorida
Um dia uma menina doce surge na cidade e em minha doceria entrou perguntando o que era bater bolacha. Eu queria responder mais aqueles lábios de mel açucarando sua inocência de menina me deixou um pouco sem jeito, você sabe como que é, não é?
- Mas bater bolacha, o que é mulher, pode me dizer?
- Não sei direito não, como ainda não sei o seu nome te chamarei de Doce Maria Bolacha e te digo mais, já ouvi tantas coisas nessa praça de cidade de interior, que nem uma vida toda daria tempo de lhe contar, mas desconfio que isso é coisa só de mulher.
- Oh dona Ana Maria, venha cá minha doceira mais querida e vizinha entendida, é tão entendida que entende de bolacha, também de gente e rocambole de chocolate ou de creme.
- Escute ela minha doce menina Maria Bolacha, pois o que ela diz é verdade e sempre me conta que as vezes mistura as receitas caseiras e fica aquele barulho danado no quarto com os bate bate dos pratos, parece fanfarra desafinada tocando lá no andar de cima da casa.
- Vou lhe contar um segredo menina, confie na tia Ana Maria, e espero que num queira pensar em bater a sua bolacha ainda de água e sal na minha traquina formosa recheada que eu fico vermelha e arretada.
- Minha doce menina, você pode ser uma bolacha colorida, mas não seja frágil e pense direito, pois se quiser hospedar-se aqui, logo lhe dou um conselho. És uma jovem linda de doze ou treze anos, é o que seu rosto aparenta, cuide de sua beleza, pois se abrir sua bolacha irá esfarelar e não poderá mais consertar e se espalhar e seu recheio no meu lençol dourado que comprei vendendo doces e panos de prato, debulharei em prantos em meu quarto.
Ei menina antes de partir não posso deixar de ti dizer
Que o melhor de você se encontra em mim, e que não há ninguém capaz de deixar isso morrer.
Assim como as bolhas de sabão, que a menina brinca, se diverte, quer afagar, tocar, prender... e o momento passa;
A minha felicidade se esvaiu...quando eu quis pegar entre os meus dedos, o momento, que sonhei, vivi e tanto me apeguei!