Menina Linda

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Hoje descobri!

Hoje acordei e descobri que não posso mais ser quem eu fui,ou quem gostaria de ter sido. Que o meu passado, tenha sido bom ou ruim, ficou lá atrás.Que não posso carregar comigo o fardo das lembranças, se em meus ombros pesa o que sou agora. Descobri que não devo deixar que as garras do tempo que se foi, agarrem o presente que me conduz ao futuro.Que a minha dor, a dor da lagarta, da uva e do trigo, apenas nos transformaram em algo melhor. Descobri que o tempo que nos trouxe nos levará e que não posso usá-lo para assistir a um filme que já vi, rebobinando fitas, se a história continua e eu sou sua protagonista,embora às vezes sem tempo para assistí-la.Descobri que as feridas que a vida me fez, já se transformaram em cicatrizes, que as lágrimas que chorei já foram secas pelo lenço do tempo.Descobri que a juventude foi um presente que já desembrulhei e usei, mas que não pude guardar no armário,como fiz com as minhas bonecas. Que a velhice também é uma caixa de presentecujoconteúdo se chama vida da qual muitos não puderam desatar os laços.Hoje acordei e resolvi absolver vida que andei culpando por ter matado meus sonhos,por que descobri que sonhos podem morrer,para reviverem realidade .Descobri as mágoas são águas más que devem virar correntezas e não lago parado.Descobri que preciso de mim aqui ao meu lado e não lá atrás ,perdida no caminho, a procura de quem fui,ou de quem poderia ter sido.Descobri que devo seguir o exemplo do rio, que embora murmure, segue seu curso, transpõe barreiras e desce vales, mas encontra o mar...Descobri que traumas são restos dores que a vida varreu para debaixo do tapete e mais do que isso, descobri que podemos enrolar o tapete e dançar no espaço que restou.Descobri que a vida é estrada de mão única e que em cada estação fica um pouco de nós ,mas que devemos seguir em frente com o que restou do que fomos: O que somos!

Inserida por MelindaLacerda

Não tenho medo da morte!Tenho coisas para fazer em Denver!



Não tenho medo da morte. A morte é breve e certa. Tenho medo da vida, muitas vezes longa, tantas vezes incerta... Por que temeria eu a morte,se não a conheço a não ser de passagem,quando cumprindo seu papel, passa por mim levando alguém que fatalmente reencontrarei? Temo antes a vida, que conheço, sei de cada instante de dor, das surpresas que ela me trouxe, das dores que me causou... Não tenho medo da morte, acima de tudo, por que a morte me separará de quem amo por uma única vez... Tenho medo da vida, que por tantas e tantas vezes fez-se ir quem eu mais queria...A morte nenhum outro golpe me dará, que não aquele fatal, único e certeiro... Por quantas vezes fui golpeada pela vida? Ela, sim, me causa medo, insegurança e nem sobre minha própria morte tem poder; Ao passo que a morte de tudo me livra inclusive de viver. Quem na vida chora por mim, me presta homenagem, me honra, me envia flores, me santifica? A morte, sim, essa vem com todos esses atributos e ainda traz com ela uma saudade imensa que todos sentirão de mim... Que títulos a vida me deu,que superará ao meu epitáfio,-(presente que só da morte se recebe-):”Aqui jaz aquela que em vida se chamou Linda?” Por que teria medo da morte? Ela não me perguntará com que roupa quero ir,esteja eu vestida de princesa ou plebéia, não fará reparo,nem me pedirá um pouco mais de finesse;Não marcará horários irritantes que sempre tive que cumprir... Não faz acepção de mim, como não faz de ninguém... A morte é democrática e isso me fascina... Visita a todos igualmente, assim como leva o mendigo, leva o rei e a diferença se atém à indumentária que o luxo possa oferecer.... Diferente da vida, que a alguns deixa todo o seu tempo prostrado na existência vã a esperar por tê-la digna... Por que teria eu medo da morte, se ela virá no dia certo , não me deixará a esperar? Quanto à vida, essa a tudo me faz aguardar,inclusive pelo impossível!... Mas a morte? Pobre morte, nunca me enganou... Antes me deu a única certeza que tenho na vida: A certeza de que morrerei. Não tenho medo da morte...Tenho medo da vida, que na escola do mundo, muitas vezes sem me ensinar, me prova e reprova...A vida me pede tempo, me toma tempo...A morte não tem tempo a perder... Apenas passará para me levar, esteja eu aprovada ou não... À morte não interessa se terminei o meu dever, se fiz certo ou errado... Eu conheço a vida e por isso tenho medo...Medo de viver...A vida não é boa em cumprir promessas...A morte, essa nunca falha...Posso esperar confiante pela sua chegada .A quantos a vida fez esquecer de mim? A morte pelo contrário, me deixará para sempre na lembrança de tantos... De quantas coisas necessito para viver? -Muitas,- diria você... Dinheiro, saúde, amor,amigos...Para morrer, apenas preciso de um corpo são ou inválido, um coração que bata rápido ou devagar e de um último suspiro, entre tantos que dei vida afora...Aqueles, de desgosto, esse, no entanto de alivio... Não tenho medo da morte...Essa nada me cobra...Apenas me levará para acertar contas com superiores, sem querer saber o que devo ou fiquei de receber.... Não tenho medo da morte que não me cobra o futuro... Ela não me prometeu que ele virá e tira de mim qualquer risco de enfrentá-lo! Tenho medo da vida que me tira o hoje e me faz preocupar com o amanhã... E parafraseando ao contrário a sagrada carta de Paulo aos Coríntios,diria no adeus final: “Vida,oh vida, onde está o teu grilhão"?Tragada foste tu pela vitória da morte, por que para mim ,vida não é liberdade e morte jamais será prisão!

Inserida por MelindaLacerda

A difícil arte de ser quem sou!




Não é fácil ser quem sou... Não trilho pela vida em caminhos planos, em brancas nuvens, mas também não passarei em branco... Não deixarei vazia a parte que me coube neste mundo... Vou retocando este croqui que nunca chega à arte final, mas espero que ao fim, eu possa entregá-lo se não perfeito, mas acabado, um projeto do qual a vida me encarregou e que é meu dever fazê-lo da melhor forma possível... Quase nada recebi como subsidio para chegar até aqui... Quando me trouxeram nada me deram além de uma planta desenhada pelo destino, que nunca representou o que sonhei um dia ser, a qual no compasso do tempo fui modificando, nada encontrei senão um terreno vazio e inóspito esperando por mim, no qual afixaram uma placa cujas inscrições eram: “Esta será você... Esforça-te e seja alguém"... Tive que fazer do material bruto matéria prima para iniciar o que hoje sou... Claro que trago calos e calos na alma pelas muitas vezes que tive que me reerguer sozinha, lutando contra tudo que tentou me desmanchar... Não é fácil construir-se sem ter tido moldes, terreno propício e estrutura... Pouca ajuda tenho do destino e o tempo só torna mais feia e sem brilho a minha pintura íntima... Tenho que correr atrás de novas cores que não o preto e branco que a vida me entregou, trazendo novas tonalidades para dentro de mim, dando pinceladas aqui e ali para disfarçar defeitos, colorir meu interior... Neste meu árduo trabalho de arquiteta de "ser”, muitas vezes quando pensei estar construindo pontes, estava levantando muros, fazendo paredes onde deveria ter feito portas, esquecendo-me em muitos momentos de abrir janelas por onde entrasse a alegria de viver, fincando esteios sem alicerce, construindo na areia e não na rocha e por isso tremendo na base a cada vento fraco que passou por mim...Muitas vezes, na ânsia de ser grande, construí labirintos e me perdi em mim mesma ,vagando por corredores infinitos, perdendo o prumo, e o rumo e sem conseguir me encontrar...E não raras vezes, ao invés de quartos arejados, teci casulos por anos a fio, esperando asas que quando vieram já me encontraram sem forças para voar, mas nem por isso rastejei, nem por isso perdi o nível... Alguns me olham e me julgam pronta... Longe disso... Às vezes quando quase me sinto assim, temporais me assolam, rajadas de vento me açoitam, ondas vêm e destroem o meu cansativo trabalho de uma vida inteira, levando para longe o que estava ao alcance das minhas mãos... Pequenas coisas atingem o meu lado mais frágil, onde por razões óbvias não coloquei escoras, não me protegi e lá vou eu de novo, começar da estaca zero onde pensei que havia posto um ponto final... E assim sigo reformando-me reconstruindo-me, colocando remendos em rachaduras que as essas mesmas intempéries fizeram... Portanto, não me julguem pelo meu exterior... Quem vier a me conhecer por dentro poderá se surpreender com matizes na minha alma, com lugares secretos e aprazíveis que fiz como refúgio para quem necessita achegar-se... Verá que por trás da minha aparência simples há uma fortaleza medieval. E por nessa construção ter sido mestra e não ajudante, tive a chance de conhecer cada parte de mim, tenho consciência de todos os meus defeitos... Conheço cada palmo desse chão onde usei o prumo da sensatez para aplainar, conheço cada centímetro dessa casa chamada alma e coração, onde habitam meus sonhos, minhas desilusões, meus anseios, minhas alegrias... Sei do que necessito para vir a ser aquilo que serei: Essa obra chamada "EU", a impossível arte de ser quem gostaria, a difícil arte de ser quem sou!

Inserida por MelindaLacerda

Soneto da flor da infância


Eu me lembro, eu me lembro, doce perfume da flor!
Brancas gotas perfumadas e tinham cheiro de amor...
Inebriavam as noites, da minha infância perdida,
Uma cascata verde e branca no verde da minha vida...

Lua serena no céu, a embranquecer minha ruazinha,
Sem saber que o jasmineiro por me ver assim sozinha,
Eu menina inocente, a me embalar em seus galhos,
Flores lançava aos meus pés, qual fina colcha de retalhos...

Foram-se meus verdes anos, cirandas e brincadeiras,
A doce lembrança da infância, da juventude que passou...
Joia que o tempo levou em leves asas ligeiras...

De menina me fiz mulher, mas na memória ainda há dor
Da doce lembrança dos dias, das minhas tardes trigueiras
Quantas saudades eu sinto, meu jasmineiro em flor!

Inserida por MelindaLacerda

O que é feito da felicidade?


Um dia me falaram sobre a felicidade. Disseram-me ser sentimento etéreo que habita o infinito distante e que não se deixa possuir facilmente. Que é o fruto no galho mais alto, que despreza a quem a procura, que ela é arredia e fortuita, se faz desejada, mas não é de quem a deseja, que é dama orgulhosa e tem gélido coração. Que é mesquinha e enganadora, que assim como vem, se vai e deixa vazios os corações. Que ninguém a possui por inteiro e que alguns dependem de outros para tê-la. Que seu preço vale mais que ouro e que quem a possui, traz consigo um troféu, possui um tesouro... Haviam me dito que quando eu encontrasse a tal felicidade, ela preencheria de glória os meus dias, traria amores verdadeiros, enfeitaria a janela do tempo com lindos vasos de flores da mais pura amizade e com seu dedo de Midas, converteria em riso meu pranto, transformaria em manhãs de sol as minhas tardes sombrias, salpicaria de estrelas as minhas noites, poria lua azul em cada uma delas... Que junto com ela traria o amor, que era companheira da sorte e que ao seu lado eu não teria mais dor e a ventura iria para sempre fazer parte do meu viver. Disseram-me também que imensurável era o tesouro que carregava que me cobriria de puro linho e de ricas joias... Que tornaria dourados meus horizontes faria da minha vida um arco-íris de mil cores... Que tendo-a como companheira de viagem aplainaria meu caminho tiraria dele as pedras e seguiria comigo me livrando dos tropeços e quedas e ao infortúnio faria despedir-se. Que ela me faria tocar estrelas elevar-me-ia me à altura dos mais altos sonhos. Que eu possuindo-a, seria o ser mais completo do universo... Decidi então, partir em busca de tão maravilhoso sentimento...Procurei em meus olhos, mas neles não havia o seu brilho. Procurei-a nos meus sonhos, despertei e ela continuou adormecida... Quis em encontrá-la em antigos amores já haviam morrido. Busquei-a em bares e tabernas, mas lá não estava ela. Em paixões as mais ardentes, porém a sua chama já havia se apagado. Debalde a procurei nas religiões; Ali não se fazia presente. Procurei-a pelas tardes tristes, pelas manhãs de sol, pelas madrugadas solitárias. Quis saber da noite, onde andava a felicidade, mas ela apenas cegou meus olhos à sua visão... Em minhas preces, perguntei aos anjos, que nada me disseram; Procurei-a nas ilusões que tive ao longo da vida, encontrei apenas fragmentos... Desvendei enigmas, consultei pitonisas, joguei dados, porem nada e nem ninguém atendeu ao meu intento. Desesperada, rasguei os sete véus penetrei o além, mas lá não estava a felicidade. Procurei-a no brilho das estrelas e elas nada me mostraram... Quis saber dos deuses, onda andaria tal sentimento tão sutil e eles se silenciaram... Mergulhei no abissal dos sete mares, e lá também não a encontrei... Fui às galáxias mais distantes, me perdi em minha busca vã. Perguntei ao vento se a poderia trazer em suas asas, o vento se foi levando para longe a minha esperança... Voltei à minha infância perdida, quis saber se já havia sentido, ela me respondeu que não... Caminhei um pouco mais até a minha mocidade, quis saber se havia guardado o segredo, ela virou-se, despediu-se de mim e perdeu-se na distância, sem nada me dizer. Procurei-a nas mais remotas lembranças, revirei baús... Cheguei à minha velhice e cansada e desiludida, sentei à pequeníssima sombra do que restara da minha existência, e chorei... Foi então que em sonhos me apareceu um sábio, tomou assento ao meu lado, e quis saber o porquê das minhas lágrimas... Um nó me estrangulou a garganta e me impediu de dizer o que sentia... Ele então olhou-me nos olhos e disse que neles estava escrito o que eu procurava, mas que somente os sábios saberiam ler... -O que você procura, disse-me o sábio, - é um tesouro que todos querem, por isso quase impossível de se alcançar... Você, como tantos, anda em busca da felicidade! Disse-lhe então sobre a minha louca e incessante procura pela felicidade e do meu desejo de saber por onde ela andava. Que vinha de longa caminhada, que tinha os pés sangrando de correr em busca de tal fantasia e que quando estava por alcançá-la, ela se desvencilhava como criança a brincar de esconde-esconde... Falei do meu desejo de ser feliz nem que fosse por um momento, quis saber do sábio como fazer para alcançá-la mesmo que qual pássaro cativo que bate as asas na ânsia de se libertar e fugir para longe, mantê-la em minhas mãos por preciosos momentos; Ansiava por experimentá-la. Eu queria provar a felicidade. Então calma e amorosamente, o sábio me respondeu: Filha, um dia a Felicidade, por um motivo nunca dito, quis ser viver para sempre junto aos homens e então desceu à casa dos mortais para fazer-lhes companhia por toda a eternidade, habitar para sempre em cada ser, em cada mente, em cada corpo, em cada alma, em cada espirito, em cada coração, porém, cada vez que chegava, notava triste, que as pessoas queriam muito mais que isso. Que tê-la consigo não bastava para elas. Necessitavam algo mais como riqueza, fama, sucesso, glória. Entristecida, a felicidade se fez quieta em um lugarzinho lá no infinito e pôs-se a pensar o que fazer para agradar aos homens. Então tomou a sábia decisão de casar-se com o Desejo, moço soberbo e arrogante, cuja missão era satisfazer a todos no mundo, para que dessa união, nascessem filhos os quais pudesse enviar aos homens, para que assim quem sabe, eles se sentissem donos dela por inteiro. Foi então, que toda pompa e circunstância, realizou-se o casamento da felicidade com o desejo. Dessa união, nasceram quatro filhos; a saber: a riqueza, a saúde, o amor e a simplicidade. Depois de algum tempo, a felicidade ordenou que a sua filha simplicidade viesse a terra para fazer morada nos corações e depois disso então, como a simplicidade era a sua filha mais querida, quem a aceitasse, a teria junto. Então a simplicidade, obedecendo ao seu pedido, vestida de simples trajes e calçada com as sandálias da paz, desceu à casa dos mortais e em vão bateu à porta de cada coração, sem que nenhum lhe abrisse. Cansada de andar a esmo vendo que perdia seu tempo, a simplicidade retornou à casa da sua mãe e pôs-lhe a par da indiferença e da hostilidade com que fora tratada pelos homens. A felicidade então mandou que o amor viesse. O seu filho mais amado, veio, e como a simplicidade, disse a cada um dos homens, que era o verdadeiro e mais sublime sentimento, que faria morada para sempre em cada um deles e que ao seu lado, os homens não guerreariam, as criaturas se amariam e viveriam para sempre em paz e harmonia, mas ninguém deu ouvidos à sua pregação e aborrecido, retornou cansado e desiludido, pois ninguém havia lhe dado guarida, abrigo, nenhum coração o recebera... Então a felicidade mandou a saúde, que como os outros dois irmãos, debalde bateu à porta dos corações... Muitos até se lhe abriram as portas, mas deixaram claro que só a receberiam se viesse junto com a riqueza. Retornou a casa materna desiludida e só, a saúde. Os corações dos homens permaneceram vazios de sentimentos... Preocupada com isso, depois de um tempo, a felicidade tomou a decisão de mandar então a riqueza. Deixando consigo ao amor, a saúde e a simplicidade, devidamente entronizadas ao seu lado. A riqueza então desceu, trajando rica indumentária, cheia de gloria e luzes. Todos se lhes abriram as portas e a receberam com muita satisfação, prepararam-lhe suntuoso banquete, em cuja mesa não tomaram assento os irmãos amor, saúde e simplicidade, pois não haviam sido convidados. A todos que lhe receberam, deu suntuosos palácios, ricas iguarias pôs na sua mesa, anel de ouro pôs em seus dedos, coroa de brilhante na cabeça, vestiu-lhes de gloria, distribuiu ouro e pedras preciosas... Agora que os homens, erroneamente se julgavam possuidores da completa felicidade, que para eles se resumia na riqueza, abateu-lhes a doença, faltou-lhes amor no coração e começaram então a contrair toda espécie de males, no corpo e na alma e então começaram a morrer no auge da sua gloria , a guerrear-se e a destruir-se uns aos outros... O que farei então, para salvar os corações, pensou a felicidade... Então o senhor desejo que se julgava dono de tudo, tomou sozinho a resolução de enviar junto seus dois filhos maiores, a saúde e o amor, deixando com a felicidade, apenas a sua filha mais moça, a simplicidade, para fazer-lhe companhia na velhice. Dessa forma, obedecendo às ordens do pai, desceu a casa dos mortais a saúde e o amor, para juntos com a riqueza, tornarem completa a felicidade dos homens... Chegando a terra, ao juntarem se com a riqueza, a saúde e o amor não puderam viver em harmonia, pois depois de habitar o coração dos homens, a riqueza se tornara por demais arrogante e pretensiosa e quis comprar a saúde. A saúde, não se vendeu, então quis conquistar o amor. O amor, cheio de brios, não se rendeu... De forma, que tal divergência causaram entre si, que a felicidade então, sabiamente desceu à terra e pediu a cada coração que escolhesse qual dos seus filhos gostaria de ter como companhia, uma vez que os três que sempre haviam vivido em perfeita união, haviam se tornados dissolutos, contaminados pela ganância dos homens. Assim, obedecendo ao pedido da felicidade, quem escolheu o amor, viu partir a riqueza... Quem escolheu a riqueza, viu despedir-se do amor. Restou então saúde, que alguns corações escolheram e com e como ela e o amor viviam harmonia, ficaram juntos num só coração. A riqueza porém, nunca pode conviver com os seus irmãos saúde e amor. De forma que quem tem a primeira vivendo consigo, dificilmente terá consigo amor e a saúde. Em raríssimos casos, a riqueza visita os corações onde moram esses dois irmãos. Quanto à simplicidade, essa é moça velha, cheia de dias, que habita o infinito junto coma sua mãe a felicidade, que tão ocupada vive, tentando unir seus filhos, que aparece muito rapidamente em cada coração, e vai-se à procura de agradar outro, faz visitas constantes aos seus filhos amor e saúde, e à sua filha riqueza que a renegou, visita esporadicamente; e por isso, por ter que se dividir o seu tempo entre todos os homens, e tão momentaneamente fazer-se presente, diz-se que podemos encontrá-la nas pequenas coisas e que a felicidade não existe. O que existe na vida são momentos felizes!

Inserida por MelindaLacerda

Sozinho

Andou a esmo,subiu em palcos,disse poemas, fez canções...
Extraiu liras de cordas bambas, se desequilibrou na vida
Encerrou atos, cerrou cortinas...Foi luzes e sonhos...
Cobriu o rosto, escondeu lágrimas, engoliu prantos.
Não sorriu,filosofou,baixou decretos escreveu artigos.
Fez-se rei sem majestade, usou cetros e coroas.
Engravidou de solidão, se embriagou de vinho barato;
Percorreu calçadas avenidas ,bares e bazares...
Nadou contra a corrente, se desnudou de ser.
Lançou palavras ao vento que se fizeram eco.
Pediu abrigo ao destino, pediu um tempo ao tempo,
Atravessou a rua,cambaleou, avançou o sinal
Bebeu no bar da esquina, tapou os olhos com as mãos.
Parou no banco da praça, chorou por ele e por nós.
Estendeu a mão ao homem que passava ali
Desceu a escada em frente, caiu na sarjeta ao lado,
Revolveu-se no próprio vômito, ergueu os braços,
Retirou as roupas rotas, mostrou-se ao mundo...
Cego, surdo, mudo. Lançou palavras ao vento
Pediu abrigo ao destino, pediu um tempo ao tempo.
Bateu de porta em porta voltou-se para a calçada
Fez uma prece sem nexo, sorveu o último gole,
Mergulhou na solidão dos ébrios e em delírio febril
Dormiu seu sono sem volta...

Inserida por MelindaLacerda

À Heloisa


Se lodo,és pérola,se lama,és lótus,se cinzas,és Fênix
rimas do poeta,liras do cantor
Se dama,és da noite,se elemento,és fogo
Se satélite,lua,se estrela, sol
Se divindade, Vênus, se flor, a mais rara
Se jóia,diamante, se caminho, o mais florido
Se abraço, o mais cálido,se beijo,o inesquecível,
Se amor, o primeiro,se canção,a da vitória
Se luz, a mais brilhante, se vida...A minha!

Inserida por MelindaLacerda

Procura-se

Estou tentando te encontrar pra depois eu me perder;
Estou pensando em te amar,para então me arrepender.
Procurando te entender não sei como nem por quê!
Te buscando no caminho,no atalho e no viver...
Te procuro pela estrada,pelos becos, pelos bares,
Vejo cartas,cartomantes,olho mãos e quiromantes...
Chuto latas e te caço, como astronômos a estrela,
Espio pelas frestas,fechaduras e vazios!
Tento ver-te no olhar do viajante que passa,
Nas esquinas da minha vida,esbarrar no teu abraço!
Te procuro em pensamentos, em tarôs em pitonisas,
Volto ao passado e não te encontro, no futuro não estás
Não és presente em minha vida, em que lugar te escondes,
Onde será que vives, não sei se perto, se longe...
Te procuro em uma história,que sei que não tem fim...
Te busco em pensamentos,na bruma , no céu no vento,
E quando penso que encontrei te afastas de mim.
levado pelo destino,ou por caminhos opostos,
será que passou por mim, depois que o sinal abriu?
Fui eu quem não te olhou,ou tu quem não me vistes?
A noite te traz nos sonhos,o dia te leva de mim!
Sigo os pontos cardeais numa procura sem fim...
Seguirei te buscando em devaneios,em delírios febris,
Em rios, luas, estações,em tristes céus de agosto,
Mas o destino nos leva por caminhos opostos...

Vasculho minhas memórias,as lembranças,os baús...
Em galáxias e nebulosas vislumbrei um rastro teu.
Subi ao monte Olimpo e procurei-te num deus,
Lanço teu nome ao vento,ouço o eco do meu grito!
Será que habitas as estrelas,o cosmo, o infinito?
Te afastas como as vagas,como a bruma da manhã...
Mando recados e mensagens,faço preces e orações
Te procuro em ciclos,em ciclones,furacões,
Na leve e mansa brisa que passa,tento te encontrar,
Na chuva que cai de mansinho,no temporal que desaba,
Nas frias madrugadas,nas noites quentes de verão...
Em crepúsculos,em nascentes,em horizontes sem fim....
Em uma estrela cadente,em rostos na multidão!
Te desenho nas espirais da fumaça do meu cigarro,
Te procuro dia após dia,nos jornais e nos diários!
Classificados e filmes e até em contos de fadas.
Te procuro na velhice,na juventude que perdi,
Me debruço em janelas, te espreitando com o olhar,
Estou à beira do caminho,te esperando passar!
Deixo pistas onde passo,faço sinais e cartazes,
Afixo minha procura nos muros e nas árvores...
Nos guetos, avenidas,ruas e praças e calçadas...
Te desenho,idealizo,concreto ou abstrato!
Minha solidão te procura,te retoca,te realça...
Levo a vida a procurar, perco tempo e tu passas!

Inserida por MelindaLacerda

Aqui estão quase todos os textos que escrevi ao longo de um ano...Prosa poética,poesia,contos e crônicas ...Espero que gostem,pois a opinião de quem lê é muito importante para quem escreve!

Inserida por MelindaLacerda

Com que roupa eu vou a esse "fim de mundo" que me convidaram e que prato devo levar?


Quando em criança eu viajava muito com uma tia e infelizmente, sofria de terríveis enjoos durante a viagem... Então, para evitar acidentes ela sempre me dizia: “Quando se sentir enjoada, peça para parar.” Eu agora, depois de adulta continuo sentindo enjoo, mas de outras coisas e outras atitudes... Por isso peço: Deus pare o mundo na próxima estação, que eu quero descer... Descer antes que eu vomite na gola desses cientistas apocalípticos nostradâ -(micos) contemporâneos, ladrões da boa e farta mesa , sádicos devoradores do apetite alheio. Eu, graças a Deus, estou imunizada contra toda e qualquer espécie de previsão que provenha dessas bocas loucas, por que aprendi desde criança, que o que mata é a fome e não a comida; Que o que falta no planeta são pessoas que façam política para dividi-la entre todos. ...Que o mundo não precisa de outros cristos se sacrificando pelas florestas e rios. Precisa de homens que salvem a humanidade da fome, da desigualdade social, da miséria... Em 1999 vieram dizer que o ovo mata. Agora Após uma ampla pesquisa feita na Universidade de Harvard, nos EUA, os médicos chegaram à conclusão que comer uma unidade por dia não é nenhum pecado. Até porque a proteína desse alimento é de altíssima qualidade. Que eu devo comer no mínimo, quatro ovos por semana senão corro risco de ficar com deficiência de luteína. (parece nome de vó)!Luiz Fernando Veríssimo quer cobrar indenização pelos fios de ovos que deixou de comer, que segundo ele, dariam a volta ao mundo... Pouco depois, para alegria dos granjeiros, peixeiros e afins, descobriram que carne vermelha era veneno... Mas a alegria durou pouco... O frango também mata por excesso de hormônios...De forma que o povo ficou saltitando como galinha do primeiro ovo entre o açougue e a granja, sem saber o que comer... Noite passada,para desespero meu, flagrei minha filha naturista convicta rezando fervorosamente:"O pão integral nosso de cada dia nos dai hoje..." Algumas repórteres e nutricionistas agora já apelidaram a margarina de "gordura do mal"...Mas antes não era a manteiga que matava? Que margarina é que era do bem? Será que vou ter que ir as compras com uma pistola, meu Deus? Será que no futuro os alimentos terão cara de Jack, o estripador? Pacotes de carne embalada a vácuo com cara do Jason de sexta-feira 13 de machadinha em punho? Os biscoitos recheados com cara de Tuck, o boneco assassino? Não bastasse, colocaram o açúcar no banco dos réus e quando correram em busca do mel, ele já não estava lá... Também poderia causar a morte, infestado pela perigosa Clostridium botulinium, assassina confessa,causadora do botulismo.Pobres abelhas operárias... Desempregadas da rainha,demitidas por justa causa pelos "zangadões"sem causa...Queda triste Iracema, com seus lábios infectados...Fiquei pensando o que restaria nas prateleiras dos supermercados, que me alimentasse sem que eu fosse considerada uma suicida em potencial, se décadas depois viesse a morrer... Meu vizinho morreu semana passada, depois de ter ficado cinco anos sem provar um naco de churrasco de picanha, por que a gordura contida nela poderia lhe abreviar os dias. Seu último desejo foi um pedaço de chuleta, que a esposa só lhe deu depois de ele ter assinado o testamento, uma vez que poderia ter morte fulminante e não ter tempo de fazê-lo. Três dias depois, os mesmos cientistas que lhe proibiram comer a tão sonhada e desejada gordurinha, vem, eles mesmo, dizer que a bendita gordurinha do churrasco não faz mal nenhum e que devemos sim, é fazer de 10% do nosso prato diário, gordura de carne vermelha! Pobre do meu vizinho, onde estará repousando a agora a sua alma? Sob as asas de um anjo, ou paira penada sobre os verdes campos da sua terra, onde pastam seus gordos bois de corte? Agora descobriram que o alimento transgênico que seria a salvação da lavoura, ou melhor, dos agricultores com seus preços altíssimos, está provocando câncer em ratos... E como a única coisa,-segundo os cientistas malucos-, que nos difere do rato é o cérebro, eis aí o povo que passou a santificar o transgênico, sendo obrigado a apelar para outros santos pra não morrer de câncer... Seria cômico se não fosse trágico. Hoje os meteorologistas até me dizem com que roupa deve sair, se levo ou não guarda-chuva e até que acertam, mas o que é preciso mesmo é saber desses loucos, que roupa os humanos devem comprar para o fim do mundo... Nunca se sabe se acabará em fogo, em água, em gazes tóxicos, em um amontoado de sacolas plásticas e garrafas pets... Cansei da brincadeira “Tá quente,tá frio” desses idiotas que num ano dizem que o planeta vai derreter de calor, no outro dizem que vamos ter o inverno mais frio desde 890 a.C... É preciso saber também,-e eles precisam decidir logo, - não para mim, por que sei das suas loucuras e não dou ouvido a pregações de falsos profetas, - mas para os néscios que deixaram de comer, para minha vizinha alienada que passou a fazer xixi no box na ânsia insana de evitar o desperdício de água e assim aproveitar para afugentar as visitas que não suportam mais usar o seu banheiro por causa do odor característico que fica impregnado-, para os neuróticos que deixaram de comer, para os discípulos dos loucos que transformaram comida em veneno. É preciso que eles decidam logo que tipo de apocalipse teremos... Que joguem fora essa sua bola de cristal vencida e opaca, que cada dia escurece mais, afastando deles a verdadeira visão do que deve ser a realidade... Melhor que se vistam de pais de santo, de "mães de nada", comprem um jogo de cartas, um conjunto de búzios e venham para as praças anunciar o fim do mundo, mas de outra forma... Delirando como pregadores fanáticos, falando ao vento, ,nada recebendo em troca senão o desdén natural de multidões apressadas quem têm algo mais relevante com se preocupar... Mas, por favor, meu povo, volte a comer. Leonardo de Caprio, meu filho, volte a tomar banho! A água do planeta dará para você gravar mais um milhão de Titanic parte II,Titatanic parte III,Titanic parte IV...Titanic parte...E viva os que acreditam que a salvação do planeta compreende antes, em salvar quem nele habita!

Inserida por MelindaLacerda

Você em mim

Tua companhia me agrada
Teu amor me preenche
Teu sorriso me alegra
Teu olhar me enternece.

Tua paixão me incendeia
Teu carinho me abriga
Tua mão me desnuda
Tua boca me atiça.

Teu galope me cega
Teu cheiro me embevece
Tua comida me nutre

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Cotidiano...

É domingo e quero contigo passear
Na segunda já te quero pro jantar
Terça é dia de em ti me aconchegar
A quarta é de ouvir música juntinhos no sofá
Quinta chega e quero em teu corpo me enroscar
Amanhece a sexta e só penso em te namorar
Sábado tem café na cama, caipirinha e muito chamego no ar
Volta o domingo e já não quero te largar!

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Lembranças...

Ainda que se passem todos os tempos...
Ainda que qualquer dia não nos vejamos mais...
Sempre restarão as lembranças...
da nossa deliciosa rotina e nossos jogos de amor e sedução
de algumas palavrinhas (sempre repetidas) do nosso dicionário íntimo,
do nosso calendário (jantares de 2ª, almoços de 6ª, aniversários, dia que nos conhecemos, etc...),
das nossas músicas, pano de fundo dos nossos encontros e reencontros,
de tantos sorrisos e olhares de paixão e cumplicidade.
Enfim, nossa vida já se fez,
definitiva e para siempre nas milhares de lembranças,
que sempre estarão presentes e nos farão lembrar de nós...!

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Ainda...

Ainda sigo te amando
Mesmo sem você por perto
Porque meu amor é completo.

Ainda planejo nossos encontros
Mesmo sem tua anuência
Para suprir minha carência.

Ainda sonho te ter de novo
Mesmo sem nenhuma perspectiva
Para aplacar tua ausência na minha vida.

Ainda ouço teus sussurros
Mesmo com todo o afastamento
Para não esquecer nossos momentos.

Mesmo sabendo que não tem volta
Ainda alimento nossa deliciosa história
Para te manter aquecido na minha memória!

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Beijo Roubado...

De repente... uma noite
Nenhuma intenção
Um beijo roubado
Alguma tensão!

Olhares travessos
Alegria no ar
Risos nervosos
Revelações a pairar!

Conexão instalada
Paixão transbordante
Encontros furtivos
Separação adiante!

Êxtase, suspiros
Coração sensível
Encanto, magia
Amor impossível!

Tardes sem lei
Noites de prazer
Corações inquietos
Não sabem o que fazer!

Amar simplesmente,
Amar de verdade
Ignorando o mundo...
Até a eternidade!

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Soneto do Amor Insano

Quero tanto esse amor insano
Que tento em vão renegar sua existência
Mas insistente ele me faz perder o prumo
E vai fundo até minha mais pura essência.

Desejo tanto que se acalme e passe
Que meu olhar não mais lhe alcance
Mas tão forte o coração bate
E de novo me vejo em estado de transe.

Não era pra ser assim,
Não era pra transbordar,
E agora, no que vai dar?

Não sei o que fazer com essa dor...
Que me deixa em completo torpor,
Mas...que me completa e me enche de amor!

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Em Carne Viva...

Ama-me com todos os teus sentidos e teu coração.
Deixa-te levar pela paixão, do que nunca foi.
Ama-me com tudo o que tens, que dar-te-ei tudo o que eu sou.
Ama-me com toda a coragem, que amar-te-ei com todas as minhas forças.
Deixa-te levar por este amor, ainda que confusos os sentimentos.
Não foge do teu caminho...não teme não entender.
O medo faz parte do amor e da alma de quem vive.
Ama-me simplesmente aqui e agora...
Como jamais amaste alguém na vida.
Ama-me como se fora só nós dois...e não houvesse depois.
Mas...
Ama-me!

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Cotidiano...

Andar de mãos dadas
Acordar com carinhos
Café com seu amor
Receber mil beijinhos.

Caminhar no parque
Tomar um bom vinho
Ver filme na cama
Rolar no seu ninho.

Paixão louca no sofá
Dançar coladinho
Cantar baixinho no ouvido
Sentir o cachorrinho.

Galope na cama
Delírio em desatino
Chegada ao nirvana
Junto com seu cavalinho.

Amor segue tranquilo
Coração enternece
Suspiro profundo
Saudade permanece.

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Amor Impossível...

Você chegou de mansinho, qual posseiro se instalando...
Sem hora marcada, nem licença concedida...
Me tocou de forma intensa e por vezes indefinida.
É um amor insano, é um amor em sonho.
Me faz sonhar impossível, me faz flutuar no infinito.
Na confusão da minha cabeça e do meu coração...me agito.
Impulsos incontroláveis, não resisto ao teu olhar...me dispo.
Caminhos tão paralelos... impossível se encontrar.
Nada é definitivo, a vida é um caminho a completar.
Nunca sabemos o que pode nos esperar.
Por isso, é mister que sigamos nossos caminhos.
Em busca da felicidade que definimos.
Quem sabe um dia o que virá...ou se vamos nos reencontrar...
Mas agora, não posso te amar... e nos meus sonhos você vai ficar.
A lembrança do amor proibido e da doçura do teu olhar, pra sempre comigo vão estar.
Vai meu amor in-possível...e sê feliz!
A felicidade não é difícil de encontrar...
Basta olhar para o lado, querer enxergar e se deixar vivenciar.
Não é caso de sofrer...
É caso de agradecer e guardar a lembrança onde ela deve ficar!

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Abrindo o Espaço...

Como é tão difícil renunciar a esse amor
Que chegou pequenino, se aninhou e se agigantou
Como esquecer a maciez dos nossos momentos
Como não querer provar novamente esse sabor.

O amor se esvai na girândola da vida
Entram outros ais, as coisas mudam de cor
É mister aceitar e entender esse andor
Mas a saudade fica, tão silente e dolorida.

O amanhã vai chegar com todo seu esplendor
Sua luz vai clarear, iluminar o coração, tirar a dor
Renovam-se as folhas, abre-se espaço para outro amor
É hora de um novo tempo, mais ameno e apaziguador.

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