Menina Gente Boa
É muito difícil agradar a todos. Mas desagradar é MOLEZA!
Essa gente nunca tá satisfeita como nada, como pode ?
No início a gente se encanta por um sorriso torto mas fofo, um jeito de olhar que esconde uma malícia coberta de inocência, uma maneira de andar atrapalhada e por vezes charmosa... no primeiro contato agente se envolve com as maneiras de falar, com o cuidado em não nos deixar sozinha no meio de uma festa, com a forma preocupada de nos olhar quando dizemos que toda aquela gente está nos sufocando, com o modo carinhoso de ouvir nossas estórias sem nenhuma interrupção... Nosso primeiro pensamento quando chegamos em casa é o quanto ele é bonito e suas mãos pareciam firmes e frias mesmo num ambiente deveras quente, o quanto ele sabia o que dizer mesmo quando agente não falava coisa com coisa, o quanto ele era doce e selvagem ao mesmo tempo...
Mas nada disso nos revela se é amor, o amor se revela quando ele não liga e você passa a noite esperando em vão mas ainda assim ele continua pulsando em você, o amor se revela quando ele se mostra rude, quando o trabalho toma lugar dos passeios de domingo, quando ele já não pergunta sobre você com o mesmo entusiasmo mas ainda assim ele continua encantador, o amor se revela quando ele já não é tão bonito quanto antes, nem tão corajoso, nem tão meigo e ainda assim tudo que ele faz lhe encanta, o amor se revela quando ele já não está tão bem nos negócios, quando ele já não se faz presente e quando esquece o aniversário de namoro mas mesmo assim o modo como você o vê não muda, o amor se revela quando no final do expediente de trabalho no dia em que aquela promoção chega o happy hour não faz mais tanto sentido tudo que você quer é estar nos braços dele, o amor se revela quando tudo na sua vida se encaminha, você está no emprego dos sonhos, seu cabelo não está precisando de nenhum retoque especial, você e sua mãe finalmente andam se entendendo e você está querendo explodir de alegria mas tem que se conter porque ele está passando por problemas no trabalho e brigou com o pai.
O amor se revela quando a crise chega, quando a dor não permite mais passeios, nem viagens, quando o dinheiro se torna escasso e quando a morte leva as esperanças pra debaixo do tapete mas ainda assim você não se ver com ninguém mais além dele. O amor se revela quando agente não encontra justificativas plausíveis para ele existir, ele simplesmente existe!
Ninguém é tão feio como em seu RG, tão belo como em seu Facebook, tão gente fina como em seu Twitter, nem tão bom como em seu Curriculum Vitae
A gente anda tão dependente de relacionamentos que muitas vezes confunde estar apaixonado com querer estar apaixonado - por um medo irracional da solidão ou do preconceito subliminar que determina ser socialmente inaceitável estar só e ser feliz assim.
É perdendo o apoio que a gente descobre que o resto do mundo não para só porque nosso mundo parou. A gente vai aprendendo a viver assim, na marra, no grito, no sufoco, no impulso, e tenho repetido que no que depender de mim, me recuso a ser infeliz.
Você nunca se pergunta por que a gente tem uma capacidade finita de sentir prazer, mas infinita de sofrer? Nosso limite para o prazer é pequeno, mas o teto para a dor é interminável.
A gente só se torna realmente feliz e completo quando passa a aceitar as tristezas e decepções como parte do jogo, não como derrota.
Eu devo ser uma incapacitada, cada vez mais por fora. Não faço parte dessa patota inútil de gente filósofa que gosta de plagiar frases para aparentar um perfil culto.
A gente se encontra, perdemo-nos, nos encontramos de novo e tudo isso no acaso da vida. Mas quando for o momento certo, nos reencontraremos, e dessa vez não haverá partidas nem desencontros, e será segundo Vinicius de Moraes “Que não seja imortal (...) Mas que seja infinito enquanto dure.” Ou apenas será assim, como sempre foi, será como tiver que ser.
Mãos, pele, olhos, boca. Sentidos e desejos. Necessidades e carências. Tudo na gente tem cores, assim como nosso sangue. Tudo na gente tem fome. Fome de outras cores.
Tem gente que compra o que não precisa com o dinheiro que não tem para mostrar pra quem não gosta.
Nota: Adaptação do pensamento de Robert Quillen.
Como definir, ao certo o que é ser amigo?
Amigo mesmo, é coisa rara. Amigos de verdade, a gente conta nos dedos.
Amigo é quem sente falta da gente, quem estende a mão, quem se importa por se importar de verdade, não por mera curiosidade. Amigo é companhia, é alegria, é risada, é silêncio, é torcida… É quem quer o bem da gente, quem se preocupa, quem dá bronca, quem ri com você, e ri de você. Quem faz loucura com a gente, e pela gente. É quem tá ali mesmo ausente, quem lembra, quem liga, quem surpreende. É pra quem a gente conta os segredos, com quem compartilha os medos, os desejos, os sonhos…
Quem não se encaixa nisso, não se pode chamar de amigo. Se chama alguem-que-se-considera, se chama colega, se chama conhecido, se chama qualquer coisa. Mas amigo, amigo mesmo, é bem mais que isso, é mais forte, mais intenso, sincero, e acima de tudo, verdadeiro.
Sabe o q me irrita profundamente? Gente desesperada, que faz tempestade em copo d'agua. Calma, deixa para desesperar quando for realmente algo horrendo. Fora isso, para tudo se tem um jeito uai, só não tem jeito para a morte. Exercitar a paciência é bom viu!
Tem gente que tá sempre com o pavio da bomba esticadinho, pronto para uma explosão. Só olho, sinto pena e deixo que outros risquem o fósforo.
Nenhuma casa é bela se nela não houver cheiro de comida, música, dança e gente reunida querendo deixar mais vida entrar.
Tem gente que fica de mau humor por estar com fome, com TPM, por estar com sono; e ainda há aqueles que se transformam em bicho por estarem num lugar onde não há ninguém pra lhe massagear o ego. No meu caso, a única coisa capaz de alterar o meu humor é ter que suportar gente mal humorada estragando o meu dia. Chuta que é macumba! Volta pro mar, oferenda! O lugar ideal pra essa gente chata, purgante e desnecessária manifestar livremente a sua chatice é ali: bem distante de mim.