Menina Elefante
Ora pra, menina sereia
Porque reclamas de tuas escamas?
Se és linda até riscada?
O que seria da sereia sem as escamas
Lisa e sem o que apreciar
Estrias são linhas
Que o homem não sabe traçar.
Trópicos de Sangue
O sol se punha atrás das montanhas,
quando os olhos da menina lacrimejavam
sentimentos borrados de manchas pretas misturadas
à púrpura e a angústia do drama do ente dilacerado
no asfalto quente do caos.
Mais um dia nós trópicos. Mais uma “vida ao mar” de sangue!
Mais um tempo de luto nos “brasis” da impunidade!
Por essas terras até a libélula se comove sobre o fio
das vestes ensopadas ao liquido vermelho do terror!
Enquanto isso larvas e bactérias aguardam ansiosamente
por mais um cadáver no “Jardim da Saudade”.
Bala perdida, ainda ilude, é álibi que testifica a violência!
Legítima a morte! Lá se foi mais uma vida sem sorte!
Para o IML. Para o além...
“Meus Deus!” “Meu Deus!”
Onde estais que não intercede com tuas mãos
nessa guerra de zumbis?
Por que não cura essas feras perdidas,
que tanto fazem da vivência uma selva voraz?
Vivem como máquinas: vazios de sentimentos,
mas sempre em busca de aparências, de poder!
Até quando, Senhor, permitirá essa barbárie?
Até quando? Até quando seremos apenas
números de pesquisas? Até quando? Responde-me, Senhor!
Até quando? Como o “Poeta dos Escravos”,
“eu delírio ou” será “verdade” perante a conivência
dos que ainda vivem nessas terras? O que me diz, Senhor?
Pois o líquido que jorra aqui também prolifera no Oiapoque,
banha o Chuí, irriga o Serrado, molha o Sertão, se esconde
na parcialidade da justiça do patrão ou de quem
tem mais títulos nas mãos.
Os gemidos, Senhor, os gemidos que se ouve
no meu lugar, ecoam tristemente de Leste a Oeste, de Norte a Sul
desse imenso Campo de Batalha!
“Senhor meu Deus!” “Senhor meu Deus!”... Tende piedade de nós!
Tu sabes que não é nossa essa guerra!
Acaba, Senhor, por meio da tua luz toda essa escuridão!
Apaga desse país toda essa violência! Toda forma de corrupção!
Não deixe a diversidade das cores serem coberta
pelo sangue de inocentes!
Antes que o sol se esconda mais uma vez desse
povo alegre e descivilizado, sobrevivendo nos limites do medo
dessa pobre/rica e sangrenta nação!
Não nos vire as costas, Senhor!
Há um tempo de morte, de escravidão!
Não nos abandone diante de tantas injustiças!
“Ó Senhor Deus” dos ensanguentados!
Do livro, O Rio e a Criança.
De Rama Amaral.
Uma Bárbara Menina, com seu Balão Laranja,
Por onde caminha, só energia e dança,
Que contagia e alegria esbanja.
A sabedoria é o sorriso de uma criança.
A Menina Bá e o Balão Laranja
De conto em conto o canto encanta
Contando enquanto acalanta.
Num pedaço fantasioso da realidade,
Em que o compasso traça
Porções desproporcionais,
Uma Bárbara Menina
Confirmou ser astral,
Totalmente celeste,
Ser mais que espacial.
Atracou-se com um amigo,
Que a seguia onde fosse,
Deu-lhe um nome especial,
Batizou-lhe de Pliê,
Seu balão, sua posse.
A Menina Bá e o Balão Laranja,
Por onde passa, alegria esbanja.
Não fazia falta o amigo não falar,
Porque Bá falava pelos dois.
Pliê flutuava a observar,
Balança lá e pra cá depois.
- Já pra casa Bá, logo vai chover !
Mas ela é teimosa, quer o tudo ver.
Uma Bárbara Menina, com seu Balão Laranja,
Por onde caminha, só energia e dança,
Que contagia e alegria esbanja.
A sabedoria é o sorriso de uma criança.
Por onde passa, alegria esbanja,
A Menina Bá e o Balão Laranja.
Sou menina
Mas poderia ser menino
Ou ser um ser misto
Carrego comigo
A doce essência
Feminina
Não quer dizer fragilidade
Mas poderia ser menino
Com pipas a correr pelos campos
Uma pelada na rua
Andar somente de cuequinha
Sem medo do pré conceito
Mas sou menina
Sempre de vestido
Restringindo
Meus movimentos
Correr, subir árvores
Não pode
Que sociedade
Mais descabida
Determinando regras
Azul ou rosa
Gosto da cor preta!!!!
Para meninos e meninas
Quando na verdade
Deveria ser livre as escolhas
Num jogo
O gostoso é a equipe
O jogo só tem graça assim.....
Sem camisa ou com camisa
Sozinha
Somente para os livros, e
Nesse caso não estamos só
Temos a magia
Mas poderia ser menino
Poderia ser menina
Poderia ser misto
Ela: menina, moça, mulher.
Ela tem dias difíceis, sim.
Mas ela tem alma de girassol.
E o coração de passarinho.
Está sempre em busca da luz.
Quando não a encontra, voa do ninho.
Transforma suas dores
em poeira no vento.
Não espera por mudança do mundo.
Muda é seu jeito de ser
e enfeita seus desertos.
É cheia de incertezas na mente.
Mas leva mil esperanças no peito.
Silencia quando não está bem,
por medo de magoar quem quer que seja.
Aprendeu desde cedo a superar as adversidades.
E o sorriso? Ah, esse é o primeiro a acordar bem cedo!
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 27/11/2020 às 10:40 hrs
Manter créditos de autoria original #Andrea_Domingues
Meu Deus, como você cresceu! Já nem se parece mais com aquela menina de trapos. Aprendeu a se vestir de amor próprio, foi?
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
A menina dos meus olhos.
De alma Plugada com minha visão..
Busquei abraços...
Busquei risos...
E sentindo o aroma da vida...
Dei fôlego em minha imaginação...
Nessa missão de voar sem destino...
O céu me seduz...
O Sol me reluz...
Sonhar é bom....
Mas o sonho sonhado em vão...
Não relata nada em meu coração....
Abandono o meu ego....
Vou pelos labirintos de uma realidade Seduzido por uma força estranha...
Minha respiração ofegante não me deixa desviar daquele teatro que almejo....
O Temor é forte....
Essa rasgadura que me faz imaginar....
Quão grande é esse nosso universo...
Quando me deparo com o que está a minha frente....
Penso eu...
Como dispensar tons coloridos que me fazem inspirar....?
Não sei quantos poemas já escrevi...
Também não sei qual seria entre eles...
"A menina dos meus olhos..."
Cada um com tem seu brilho....
Trago comigo á essência desde o meu nascer....
Viverei ainda para saber....?
Não sei...!
Caso eu não descubra....
Será esse então....
Que escrevo e deixo em mim mais uma vez....
Renascer....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
"A menina
pura e ingênua;
feliz e encantada,
com a vida...
jamais deixará
de habitar em mim
e se manifestar!
Nem por nada
E por ninguém...
Neste mundo as vezes podre.
A beleza do viver
e da sagrada vida
hão de penetrar
em meus olhos
fazendo sorriso vir!
Leticia Gil Siqueira Santos
14/12/2015
A cada foto uma nova história, de uma menina tão linda quanto um por do sol, tão doce quanto açúcar. 🌹❤️
Dama de Honra.
Minha menina...
Vem cá...
Deixe-me descobrir suas curvas...
Nelas...
Quero explorar o diamante que tanto procuro...
E nele garimpando...
Quero a pedra mais bruta que eu possa lapidar....
Nela quero eu...
Moldar ao meu modo...
Assim...
E aos poucos...
Darei o brilho que que tanto almejo...
Querida...
Por essa vida vaguei muito....
E alguns prazeres inúteis eu tive...
Foram mais que vazios...
Permita-me...
Em teus seios...
Quero também tentar descobrir...
Algo de bom e inovador...
Talvez quem sabe...
Uma almofada...
Para que eu possa dormir e sonhar....
Vem...
Pois esse garimpeiro...
É Poeta e Arquiteto...
Posso eu também...
Construir um castelo de flores pra você...
Onde no exalar dos odores...
Beija flores farão parte nessa obra de arte...
Cores...
Serão usadas sem medidas...
Onde será o mundo colorido que tu em mim viverás
E te farei...
De minha dama de honra...
Tu...
Despida....
Quero provar de todos os seus sabores...
E meus costumes....
Te darei pra você sonhar e me amar...
Teus vestidos...
Brilharão junto a luz dos lustres que no teto colocarei...
Em cada ponto....
Terá um brilho diferente...
E eles...
Farão companhia junto ao teu sorriso....
Comigo...
Serás mais que protegida e mimada...
Porque o Poeta e arquiteto que sou...
Apenas quer levar a poesia junto aos teus olhos...
E quero ver...
Apenas brilhos....
E com requintes de Amor...
Mostrarei pra você...
O Amor de poeta que tenho...
Isso...
Não é apenas sonhar...
É ser mais que ser um Poeta....
É ser mais que Amor...
E ser mais que Calor...
É ser a poesia...
Que te fará....
Ser a Dama de honra...
De todo o meu Amor...
Autor;Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
A poderosa.
A verdadeira nordestina
vai a luta e não reclama
a estrela da menina
brilha como uma dama
e a luz que lhe ilumina
reflete o poder da chama.
Bela menina de coração extasiado, tão doce e inocente. Tentava constantemente dançar com a sua tristeza sorrindo para todos que estivessem ao seu redor. Ela é incrível diziam eles e de facto ela era, mas não havia ninguém no mundo que sabia lidar com seu jeito. Acho que de tanto ser especial as pessoas não sabiam nem como cuidar dela.
MENINA!
Beleza, no sorriso da criança preta! Luz da pureza, brilho de leveza, resistência com esperança, leveza que encanta..."
Atrás de uma mulher forte, habita uma menina que soube se reinventar.
Marilina Baccarat De Almeida Leão
Escritora brasileira premiada no Brasil e no exterior