Menina Alegre
- Como tu me fazes bem menina, esse teu jeito me alucina. Rebolando a raba fazendo minha mente pirar, fazendo minha mente se desligar, se desligar do mundo de todos e focar no mundo de poucos.
- O movimentos dos nossos corpos bombam mais que qualquer hit, que fita menina, tu não tem limites.
- Seja sempre você com esse seu exagero de ser, bom seria se existesse duas de você, uma comigo à noite e outra ao amanhecer. Enquanto uma vai embora a outra fica sem se preocupar com a hora.
- Na noite uma é luz do luar que me faz querer amar, desperta meus prazeres e desejos, tudo começa com seu beijo, nossa cama nunca é fria quando não está vazia, fazemos loucuras entre quatro paredes todas ás noites até os amanheceres.
- No amanhecer a outra me faz mais e mais te querer, sendo o motivo do meu sorriso ao entardecer. E o teu sorriso onde se esconde? Talvez seja aquele brilho no horizonte, onde o pôr do sol ganha mais cor, onde se acaba toda dor.
Menina do sorriso sereno e dos olhos pequenos, tens um coração grande que quase não cabes no peito, tu me facinas com esse teu jeito.
Com ela é tiro, porrada e bomba, estás suave na nave, ela caí de cara e vence qualquer entrave. Encara qualquer coisa de frente, com ela é assim, siga em frente ou enfrente!
L.e.m.b.r.a.n.ç.a.s
Brincadeira literária com palavras e expressões pré-escolhidas
Ainda menina, corria pelas ruas, pés no chão.
Brincava muito; pulava; pedalava bicicleta com guidão alto que atrapalhava o roteiro de minhas andanças.
Quantas vezes, distraída, estatelava-me por cima de pedras e tijolos. Resultado: esfoliação dos joelhos, além da luxação de dedos e tendões.
Tudo isso acontecia em frente à casa da vovó, que dizia ter nascido longe, muito longe. Num lugar muito frio, cheio de mares e de gente feliz!
A cidade em que nasceu se chamava – e ainda se chama -, Copenhagen, dizia vovó sempre contente.
Sua especialidade na cozinha remete-me às melhores lembranças. Lembro de seu inesquecível bolo de chocolate molhado, assim chamado por seus netos.
O bolo foi adaptado com ingredientes da nova terra, dizia.
A calda que recobria o bolo era levemente picante – sua marca inconfundível, cujo segredo nunca fora revelado às suas curiosas comadres, aos parentes e vizinhos.
Quando, nas noites frias, era indagada sobre tal feito, respondia sorridente e com seu sotaque inesquecível:
__ Hej, godnat, tak (1) pur perguntar, ér u cheirrú dáo ’Dinamarrk (2) ki tragú cómiga i, sempre kipóossuû, ponha’ um pitadãñ nu cardã di chucollate’ parra trazerr meo paisse maiss prróximuû...
Para trazer sua Dinamarca mais perto ainda, e brincar com seus ouvintes, emendava umas palavras dinamarquesas, deixando-as mais longas e à moda alemã, como:
__ Speciallaegeprakisplantaegningsstabiliseringsperiode!!!
Todos riam sem entender nada e, provavelmente, naquela altura de sua vida, nem minha avó querida!
(1) Olá, boa noite, obrigada...
(2) cheiro de Dinamarca
Agosto/2022
Casa de meu pai e cinzas
*
Adentro a casa habitada por meu pai desde menina
- agora espírito!
Estranho a sua ausência...
Onde está o ser vivo
de matéria carbonada de infinitos?
*
Dos céus, estrelas caem, cadentes,
sobre minha existência.
Deixam-me a pensar na vida:
__ Como pode, aquele ser,matéria viva,
ser hoje, espalhadas cinzas?
*
Enfim, a madrugada finda...
*
2024
CAJUÍNA-MENINA
(Ode à cidade de Teresina)
Diante de mim, a cajuína-menina
do campo, Moça meiga e valente.
À beira do Poti, a estátua imponente
do Cabeça de Cuia. Hora vespertina.
Mas o Riso de anjo da pequenina
atravessava a ponte, águas correntes;
e o Rio Parnaíba, à minha frente,
cortava a cidade-luz, Teresina.
E enquanto eu declamava Torquato
e Costa e Silva, rio abaixo, rio arriba,
quando nem havia ponte estaiada,
o Sol fulgurante, no artesanato,
vinha alçar-se, no céu, lá em riba,
brilhando no rosto de minha amada.
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
“CUGINA” FLÁVIA
Se da morte predomina a saudade
Da saudade a lembrança de porte
Doce menina, nunca pela metade
Tenho na falta uma saudade forte
Um vazio tão cheio de recordação
Que invade a todo momento o dia
Pulsa abafante, árduo. Tristura não
Pois deixaste aquela boa simpatia
E, tenho da privação aquele pesar
O teu olhar arraigado no passado
Numa carência do silêncio a surrar
Ah! o tempo distância mais e mais
Mas também abrevia o reencontrar
Pois, tivemos a regalia de te amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 de março, 2022 – Araguari, MG
*data natalícia da prima Flávia Magalhães Nogueira (In Memorian)
Canto pra Manuela
A menina
está Manuela
tão pequenina
tão bela...
põe nos cabelos fita
seus laços
sua sainha de chita
ah! tão cheia de abraços
está menina
Manuela
guerreira, faina
brava, dá esparrela!
tão bela
tão pequenina
está Manuela
menina
para ti um canto
de doçura divina
cheia de encanto
que tua graça ilumina!
Tio/avô Luciano Spagnol
nos seus 3 aninhos
20 fevereiro, 2023 – Araguari, MG
O SORRISO.
A menina que foi vista andando sozinha com o sorriso nos olhos surpreendeu a todos quando falou que tinha mils motivos para sorrir, disse que o amor já tinha batido na sua portas tantas outras vezes, falou que vivia de alma lavada, pois era com os seus belos sorrisos que ela acalmava suas tempestades.
e uma ponta de rua existe uma menina na janela debruçada sonhando com um grande amor apaixonada aguardando que a sorte lhe traga o que seus sonhos Prometeram encontros de fadas um príncipe a cavalo montado a galope ao encontro de sua esperançosa e apaixonada debruçada na janela na ponta de uma rua de uma vila pequena A Sonhadora menina com esperança espera o romântico príncipe a cavalo chegar de um outro conto para escrever mas uma linda e bela história de amor
Menina ouve, e preste atenção, menino que olha teus olhos, com sorriso nos lábios, pode também roubar teu coração!
Menina, vá se enfeitar, coloque o sorriso nos lábios e a alegria no coração. Esteja sempre preparada para boas novas.
Você era a mais bonita das colombinas
Menina, que se foi na folia do carnaval
E nesta festa de confetes e serpentinas
Prossegue... O sonho sambando até o final...
Luciano Spagnol
Ficou orgulhoso ao buscar em minhas memórias e ver que a menina de minhas lembranças, nascida em solo tão áspero, desabrochou e tonou-se hoje uma grande mulher.
De uma forma espontânea menina, você não deve se preocupar no que irão pensar de você, você merece ser livre com os seus sentimentos e sua vida, você merece mais que felicidade. Felicidade? Aaah menina! isso só você pode dar a si mesma.
A menina e a caverna
Essa história que vou contar
É da menina que vive na caverna
Não precisa se preocupar
Ela está bem onde está
Pois lá é o seu refúgio
Um subterfúgio
Lá ela se sente segura
Não há o que temer
Ela quer se proteger
Admira o céu pela janela
Com as cores de aquarela
Ela gosta de apreciar
Você vai se perguntar se caverna tem janela
Mas não se preocupe!
Essa história tem figura de linguagem
E também tem personagem
Ela tem medo de sair
E não sabe aonde ir
É que lá fora tem gigantes
Mas é importante
Saber enfrentar
Mas medo ainda há
Mas a menina ainda sonha
Da caverna um dia sair
E ver o que tem lá fora
E poder se distrair
Mas enquanto isso
Na caverna ela está
Olhando pela fresta
Para ver o que que há
Mas ela tem super poder
E ela vai vencer
E não terá mais o que temer
Ela tem muita esperança
Que assim como criança
Terá muita confiança
De sair e achar o seu caminho
Neste dia tão especial,
nasceu uma menina de sorriso lindo, cheia de amor e delicada como uma flor.
Menina dos olhos de Deus, que faz a diferença por onde passa. Que o Senhor te encha de luz, de alegria e de graça.