Menina Alegre
Tantas vezes me vi tão sozinho, mas lembrei-me de ti Senhor. Meu coração logo se alegrou, um sentimento de paz em mim reinou, tudo se transformou, tudo mudou quando escutei tua voz ó meu Senhor.
Chorar não te faz menor, assim como sorrir não te torna exclusivamente alguém feliz, mas o contrário não deixa se ser verdade.
As pessoas rotulam o que nao entendem, pelo fato de ser mais simples, mais fácil e mais cômodo depositar o seu achar sobre escolhas alheias. Talvez o problema esteja nos excessos. Pois é facil ser rotulado como alegre se você rir muito e triste se chorar for bem mais fácil do está feliz.
Este é o agridoce da vida!
Mas há a espera. A espera é sentir-me voraz em relação ao futuro. Um dia disseste que me amavas. Finjo acreditar e vivo, de ontem pra hoje, em amor alegre. Mas lembrar-se com saudade é como se despedir de novo.
Quando abaixo a cabeça e penso em como o mundo está, imediatamente me entristeço, mas sem demora, ergo meus olhos para o céu e me alegro ao saber que existe um lugar bem melhor.
Nunca se esqueça de ouvir seu coração, pois ele mostra coisas que nem mesmo a razão é capaz de compreender.
Boa tarde.
No insolúvel desejo.
No fim ensejo,
O direito de amar.
A alegria é um conto,
Que existe e permeia.
Até o próprio ar,
Até um simples ponto.
Em uma pequena aldeia,
Emite o próprio conto,
E a sabedoria ancestral.
Que dispõe do saber.
Enfim só quer "SER".
E libertar-se de todo mau.
Isso é um conto de vida.
De uma história sabida,
Do pequeno,
E do todo.
E assim vamos sendo,
E o simples saber.
Nós envolvendo.
É muito fácil para os seres humanos se tornarem adultos, mas sempre ter um coração infantil que torna tudo alegre não é uma tarefa fácil.
Há muitas injustiças nesse mundo.
O negócio é viver ao máximo, quebre
as regras, seja feliz, só não faça
mal à ninguém.
eu passei a tarde inteira com uma menina, mais eu não chamei pra conversar não chamei pra nada, e ela disse cadê a atitude.
Trova do vento que passa
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Última Página
Vou deixar este livro. Adeus.
Aqui morei nas ruas infinitas.
Adeus meu bairro página branca
onde morri onde nasci algumas vezes.
Adeus palavras comboios
adeus navio. De ti povo
não me despeço. Vou contigo.
Adeus meu bairro versos ventos.
Não voltarei a Nambuangongo
onde tu meu amor não viste nada. Adeus
camaradas dos campos de batalha.
Parto sem ti Pedro Soldado.
Tu Rapariga do País de Abril
tu vens comigo. Não te esqueças
da primavera. Vamos soltar
a primavera no País de Abril.
Livro: meu suor meu sangue
aqui te deixo no cimo da pátria
Meto a viola debaixo do braço
e viro a página. Adeus.
Amor é mais do que dizer.
Por amor no teu corpo fui além
e vi florir a rosa em todo o ser
fui anjo e bicho e todos e ninguém.
Quero um poema que diga
Que nada há que dizer
Senão que a noite castiga
Quem procura uma cantiga
Que não é de adormecer