Memorias de um Sargento de Melicia
MEMÓRIAS
Dou notícia a respeito de meus amores:
Estão todos sepultados em uma cova rasa,
Em um longínquo e frio pedaço do meu coração.
Mas continuou levando-lhes flores.
Quantas vezes me flagrei, relendo cartas, olhando fotografias, remexendo no baú de memórias...
Eu precisava me desvencilhar do passado, mas como doem essas etapas que precisamos transpor... essas vestes que precisamos despir, esse estar constantemente no passado, esse não querer deixar partir...
Mas eu precisava sair daquele torpor em que me encontrava, precisava sair do quarto escuro, precisava de luz, de leveza...
Precisava ‘reflorescer’
Não é engraçado como as memórias que você mais ama antes de uma separação, se tornam nos seus piores inimigos depois? Os pensamentos que você adorava lembrar, as memórias que você gostava de ver de cada ângulo possível - de repente é muito mais seguro guardá-las numa caixa, longe da luz do dia e jogar fora a chave. Não é um ato de amargura. É um ato de auto-preservação.
hoje maduro, posso afirmar que meu maior conflito e o meu destino, memórias ecoam em meus pensamentos, se eu poder-se voltar no tempo, cometeria os mesmo erros, ora ser falho e uma característica que devo carregar, nada faz sentido , ou tudo faz sentido, o preço da duvida e alto, há dias não escrevo com o coração, lamento, a razão tomou conta do meu ser, e meu pequeno mundo que construi, desaba quando eu penso.
Resgatei as memórias que protegi da chuva.
E das quase me afogou.
E uma vez fora do mar, embalada pela noite e pela brisa.
Gritei alto: Venha meu amor deleita-me na areia. E quando o sol se levantar
Sobre meus ombros... Na tristeza... Um sorriso.
MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE UM AMOR SEM LÓGICA
E assim sucessivamente em uma mente sucessiva, sem hora pra chegar ou pensar em coisas boas, tudo pode ser substituído, vou me despedindo, me despindo, me desfazendo daquela vida de engano sem motivo ou razão, vou acontecendo, descendo e chegando aos poucos, por completo já estou aqui, pronto pra te seduzir, pronto pra um novo amor esperando uma velha decepção, sonho passageiro de uma estrada de ilusão, estou cego, sem juízo, sem novidades pra contar, sei que sou meu próprio caminho, não preciso de regras, suas leis não me bastam, nada me satisfaz, continuo refém de meus medos e o passado sempre a me atormentar, cada escolha tem sua consequência, boa ou ruim, não venha me culpar pelo monstro que você se tornou, já nem me recordo a última vez que dei um bom sorriso, aquele amor foi entre todos o pior e mais agonizante veneno que já provei.
não vou dizer que as minhas memórias seriam especificamente felizes quanto uma criança comprar um doce. coisas pequenas nos fazem felizes. essas coisa pequenas que faltam em vilões e pessoas depressivas.
Memórias
Silêncio absoluto, não posso lhe falar,
Mordaças invisíveis da racionalidade.
Não serei apagado da sua memória,
Suas lembranças gritam por mim.
Jamais quis estar de tal maneira
Jamais quis não ter nada além de memórias,
Memórias perdidas
No meio da escuridão de minhas palavras
Em minha triste lembrança,
Eu tento me aconchegar próxima a parede
Canto gélido e úmido.
Eu jamais pensei estar assim
Perdida em minhas próprias palavras,
Escondida em meio à trevas
Eu não sei para onde ir,
Eu não tenho um lugar para ir,
Eu não sei mais quem eu sou
Ou quem você é.
Sem minha máscara
Eu não sei quem devo ser,
Sem minhas decisões
Jamais teria chegado onde estou
Jamais seria isso,
Esse poço de dúvidas
Suas doces palavras me levaram à ruína,
Eu sou uma ruína
Quando você não está longe de mim.
Pensando nos momentos singulares dos quais passei, levo minhas memórias nas tristezas mais profundas já vividas por mim... Do fardo da vida, só o sabe quem o leva. Tornei-me, durante muito tempo, colecionadora de lágrimas, em meio a tantas histórias, estórias, dores, choros, cicatrizes... Meu passado, por mais doloroso que tenha sido, me traz a tona o que hoje me tornei. Agora, colecionadora de esperanças!
"As memórias com vida própria, ao contrário, não ficam quietas dentro de uma caixa. São como pássaros em voo. Vão para onde querem. E podemos chamá-las que elas não vêm. Só vêm quando querem. Moram em nós, mas não nos pertencem”.
(Trecho de "O velho que acordou o menino" [infância]. São Paulo: Planeta do Brasil, 2005, 14.)
Mãe
Das minhas memórias quando criança
O seu sorriso é que me faz lembrar,
Que seu tempo em mim há de ficar
De amor, emoção, de Deus, em graça.
Não sou de brindar lembranças, partidas...
Sinto falta do colo que você me deu,
Da fé que me fez rezar, tirando o ateu
Entre muitos opostos, curando feridas.
Se mãe é o berço da esperança
Mais sorte eu tenho por ser da santa,
Que age por amor, sem nada pedir.
E, além do louvor, pela fé que se tem,
Sabe ser mãe, como um anjo que vem...
Livra-me dos perigos, ó mãe, sem medir!
Gente da gente
Tem gente que marca a gente. Naquelas memórias boas, daqueles bons sentimentos que são capazes de trazer um sorriso, sabe? Gente assim dá saudade. Gente assim da vontade de ver e rever, ou não, porque tem também aquela gente que é boa só na memória. A mente relembra para não deixar o coração esquecer, não deixar só no passado coisas que ainda fazem bem hoje. Gente assim é imortal... até a gente não ser mais.
SOU
O que você vê, mas com as diferenças
As boas memórias de quem participou
Sempre serei que desejas que eu seja
Aguardo com paciência aprendi assim
Nunca me incomoda sua permanência
O que importa é o seu amor no coração
Reciproca apática não me faz diferença
Serei para você o que representar aqui
Acredito no amor incondicional de mãe
Colapso confundem meus sentimentos
Quer ouvir me pergunte será um prazer
E pessoalmente seus olhos enxergarão
Sou lente de aumento para o ignorante
E microscópio para as suas ostentações
Sempre bom para os dois lados da vida
Pagando os dias as escolhas distraídas
Sigo a vida como ela vier assim aprendo
Que a noite passa e o conhecimento fica
Dica, dicas e dicas mais sua boa opinião
Veio na hora que o meu interesse é NÃO.