Memorias de um Sargento de Melicia

Meu maior desafio são as palavras, mas também é o travesseiro onde recosto minha cabeça.

Não sei onde tudo vai terminar, mas enquanto meus olhos repousarem sobre alguma pagina sempre existira um novo começo.

A capacidade é algo que se adquiri; já a honestidade é algo que está no sangue.

A oportunidade muitas vezes se faz pela incapacidade dos outros.

No casamento o homem é a cabeça, mas se não houver o pescoço a cabeça rola.

O aprendizado das letras faz o homem se tornar criador de seres.

Lutamos para não sermos pecadores, mas erramos quando pensamos já ser santos.

Os maiores problemas começam quando se alimenta demais o ego e se embriaga com a autoestima, então, a barriga fica cheia de orgulho.

Justiça e liberdade são coisas que não existem se não houver perdão.

O melhor presente é saber reconhecer o resultado da melhor criação.

Tropeçando em letras chegamos quase ao destino, porém ainda estamos muito distantes.

Algumas coisas e pessoas se tornam saudade e recordação e assim nunca se tornarão ausentes.

Amanhã talvez não te olhem pelo arrependimento, mas pela ilustração daquilo que não realizou.

Não há temor no que é conhecido e não pode haver medo diante aquilo que não irá sentir.

Quando na imagem distorcida não se reconhece o rosto é porque o tempo já modificou a história.

Não se limite a sobriedade, a embriaguez quando bem medida te traz novas possibilidades.

A estrada pode ser sinuosa, mas com boa direção se contornam os abismos.

Confesso que nem sempre foi assim, mas sempre foi esperado que acontecesse o inesperado.

Do sonho vem à revelação, mas só da ação virá à realização.

Dizia o tio do meu pai: “Homem que dança com sua mulher é igual cachorro que morde o próprio rabo”.