Memorias de um Sargento de Melicia
ode aos mortos;
brindo-lhes
as memórias
de todos
que se foram—
fantasmas
que habitam
meu passado,
bebendo
minhas lágrimas
como vinho.
ao seu legado,
aquilo que foi
construído
e desmoronado:
ruínas
que carrego
no peito,
pedras
que nunca
viraram pão.
momentos únicos,
fincados
na carne da memória—
feridas,
sangrando
abertas,
como portas
que não levam
a lugar nenhum.
na infinitude do tempo,
no deserto da vida,
imensidão de areia
que enterro
perguntas
e vestígios.
levanto o copo
aos que ficaram,
mas não estão
mais aqui:
espectros que
bebem meu vinho
e deixam
o copo vazio,
sussurram
promessas
que não
se cumprem,
como flores
que murcham
antes de nascer.
que seu jazigo
perpétuo
lapide
o futuro
daqueles
que morreram
em vida—
e que eu
seja
seu fardo
mais pesado,
um monumento
ao que nunca
foi dito.
um brinde
a mim:
o coração bate,
os ossos doem,
a alma seca
como um rio
que nunca
vai ao estuário,
arrastando
consigo
o que sobrou
de mim.
o legado póstumo
deixou um véu
de saudade
e pálidas
perguntas,
como lápides
sem nome
em um cemitério
esquecido.
a todos
que desfalecem,
letárgicos amigos:
desejo-lhes
saúde—a vida,
ou, ao menos,
um túmulo
onde eu também
possa descansar,
enquanto o tempo
nos devora
a todos.
"As memórias marcam as nossas vidas! Com os 5% racionais denominamos as emoções e transformamos em sentimentos. Com as terapias racionais (psicologia e psicanálise) conseguimos leves mudanças! Mas, quando revivemos (reprocessamos / revivenciamos) as memórias a mudança é impactante!"
"#todamemoriatemsignificado"
#todosentimentotemsentido
#trgresolve
Colecione memórias, meu amigo. Não bens que se desfazem com o tempo. Não há nada que valha mais a pena do que guardar momentos.
Guardados em caixinhas de madeira, cada lembrança é um tesouro a mais.
Não há nada que traga tanta alegria quanto recordar momentos de paz.
Esqueça as quedas, não há fracasso, apenas aprendizado, a cada tentativa, um novo resultado.
Não tema a incerteza, a mudança, pois é ela que traz a esperança.
Erguer-se com toda a disposição, é o que nos leva à superação.
Memórias
são nossas digitais no tempo!
Sempre únicas, reveladoras, intransferíveis!
Bem como todos os afetos
e sensibilidade que origina;
nos propicia!
... verdadeira
desolação é não criar raízes,
afetos e memórias...
Essas nervuras próprias
do espírito, sempre necessárias;
propiciandocor e sentido
ao nosso estimado
viver!
Título: Estrupício.
Revirei memórias, fucei no passado,
Lembrei de um amor... meio atrapalhado.
Na escola, inocente, bobo e sonhador,
Mas já carregava o dom do pavor.
Ela me olhava com brilho no olhar,
E um belo apelido vinha me dar.
"Meu anjo", "meu doce", seria? Quem disse!
Com todo carinho, me chamou de Estrupício.
Que sorte a minha, um nome de classe,
Soava elegante... mas só na audácia.
E eu, orgulhoso, sorria safado,
Mal sabia que era um xingado disfarçado.
E assim se passou meu primeiro carinho,
Com tapas, insultos e um certo jeitinho.
Se amor é isso, estranho que sou,
Talvez Estrupício... seja quem amou!
A verdade é que não consigo carregar ninguém nas minhas memórias, nem a mim mesmo, quanto mais você. Mas isso não significa que não te amo. Significa que me apaixono por você todos os dias e que, na intensidade e profundeza do teu olhar, me refaço no amor que em ti vem me ancorar.
Chuva e Saudade
A chuva cai como versos perdidos,
escorrendo memórias pelo chão.
Cada gota sussurra teu nome,
ecoando o desejo em meu coração.
Teu perfume dança no vento,
mistura de passado e ilusão,
um toque ausente, um fogo aceso,
queima em mim como um furacão.
Os trovões gritam tua falta,
enquanto a tempestade me abraça.
Sinto teu beijo na água fria,
mas é só saudade que me enlaça.
Se a chuva soubesse o que sinto,
talvez parasse pra me escutar,
mas ela insiste em cair sem piedade,
como o amor que não quis me deixar.
E assim, molhado de lembranças,
me perco na noite sem fim,
pois cada gota que toca a terra
é um pedaço de ti dentro de mim.
[...] Então, faremos história, não memórias,
Sim a vida, ela é colorida,
Como um arco, sem o íris,
Como um rodo cheio de nojo do chão ou da multidão.
[..]
Memórias afetivas,
São de relevância vital...
Criar e manter boas recordações vivas,
É sempre um prazeroso e importante ritual...