Memórias
No eco das memórias, sinto o peso da culpa,
Como sombras na noite, escuridão que me envolve.
Eu fui o vento que soprou sua luz para longe,
Na dança errante do destino, errei, e hoje a congelo.
Teu brilho se apagou por minha mão inadvertida,
Minha estrela outrora radiante, agora escondida.
As lágrimas do arrependimento enchem meus olhos,
Por ter sido o motivo desse adeus tão doloroso.
Mas em cada noite, ergo um olhar cheio de saudade,
Buscando redenção, em tua luz, tranquilidade.
No espelho das estrelas, vejo teu reflexo distante,
E peço perdão ao universo por minha falha flagrante.
No firmamento vasto, onde o tempo flui sem fim,
Busco o perdão nas estrelas, um gesto de alívio enfim.
Minha culpa é um fardo que carrego, pesado e profundo,
Mas na imensidão cósmica, anseio encontrar um novo rumo.
A estrela que perdi, agora é uma lição gravada,
Um lembrete constante das escolhas que fiz erradas.
Através das noites escuras, busco redimir meu erro,
Com a esperança de um reencontro, ainda que seja um pensamento sincero.
Minha jornada de auto perdão é uma constelação de aprendizado,
Na escuridão da culpa, desejo ver um novo nascer estrelado.
E se um dia o universo permitir, que a estrela retorne ao meu olhar,
Eu a acolherei com humildade, renovado e disposto a recomeçar.
No firmamento da vida, anseio reencontrar,
Aquela estrela perdida, que não pude mais segurar.
Com determinação e esperança no coração,
Buscarei nos confins do cosmos, a reconciliação.
Erramos no passado, mas o tempo não é estático,
Posso lutar por um novo começo, mais prático.
Com passos cuidadosos, trilhando o caminho certo,
Pode ser que um dia recupere o brilho incerto.
No céu da minha alma, uma constelação de desejos,
Pede que a estrela que se foi retorne aos meus beijos.
Talvez um dia, em um giro cósmico de sorte,
Ela retorne aos meus olhos, como um forte suporte.
Enquanto o tempo passa e a busca persiste,
A lembrança dessa estrela em mim insiste.
Seja nos sonhos ou no olhar das estrelas que brilham,
Guardo a esperança de que, um dia, nossos destinos se unam.
"Nas nossas memórias, nossas histórias
Nas nossas histórias, alegria pa caramba, tristeza pa caramba
Mas mesmo assim é bom pa caramba
Pq nossas histórias são histórias que eu e vc vivemos juntos
Se tem vc, é bom pa caramba"
No passado, memórias a repousar,
Histórias vividas a nos guiar.
No presente, o agora a florescer,
Onde escolhas se fazem acontecer.
No futuro, um horizonte a brilhar,
Um mistério a desvendar.
Passado, presente, futuro a tecer,
A vida é um eterno renascer.
Não é que eu te odiasse, eu só lembro das memórias boas, mas, quando te vejo, lembro das ruins, mas meu coração prefere pensar só nas memórias boas.
Vez por outra nos descobrimos presos a memórias felizes de um passado distante – o amor da adolescência, o momento de uma conquista, o trabalho dos sonhos – esquecendo que a vida nos reserva coisas incríveis neste aqui e agora na forma do amor definitivo, do trabalho que nos realiza, de conquistas autênticas apenas porque do passado ficam as boas lembranças, mas a felicidade real, tal como deve ser, só acontece neste agora!
Dentro da gente moram tantas memórias e tantas pessoas que, às vezes, a gente prefere nem abrir a porta para que nenhuma delas escape do coração.
(*Dos espaços da memória)
AÇUDES QUE SANGRAVAM SEMPRE
As memórias latentes, insondáveis, da infância rebrotam como imagens projetadas em telas grandes de cinema e uma dessas eram os açudes de paredes de areia erguidos com as mãos quando a água da chuva corria pela terra, o que representava uma grande emoção do meu mundo infantil.
Grande era felicidade do menino vendo a água presa alongando-se ao longe. Mas, de repente, o açude arrombava; reconstruía-o e, logo depois, vinha outro arrombamento, e assim, mesmo após repetidos esforços, a parede encharcada não sustentava a correnteza, indo tudo de água abaixo, ficando só o cadáver da barragem sangrante para a tristeza do menino construtor de ilusões.
Quanta semelhança tinham esses açudes com a vida de todos nós. Vivemos invariavelmente erguendo as paredes da nossa existência, enquanto a correnteza nos escorre rapidamente. Isso mesmo, os caminhos são difíceis e as andanças não nos deixam dúvidas que os açudes estão sempre arrombando e as calafetações das sangrias, indubitavelmente incompletas.
A vida tem muito de uma pintura em estado inacabado.
Olhando para trás, sinto que as dores sentidas eram lufadas de ventos acariciando a minha face, sem vislumbrar a corrosão que estava para chegar com a tempestade ou o fim da chuva. Não há como não chorar nas noites tempestuosas, sem a esperança de um sol radiante no dia seguinte.
Não sei para que serve o retrocesso, mas gostaria de ver essas imagens do tempo como lembranças ternurosas e não como sonhos esgarçados por aí para recompormos a nossa infância que se perdeu na caminhada da vida.
Tento obter respostas para a existência tão efêmera e vejo que não tenho mais tempo para pensar nela, pois tudo é muito fluido por entre os dedos.
O fato é que nada se sustenta, tudo se dissolve no ar, ficando apenas a imagem da correnteza que levava as construções de areia, só ficando poucas raízes agarradas à terra, que ainda não se deixaram ser levadas, que nada mais são do que visões de sonhos durante sonos profundos.
Nada melhor para expressar o que balbuciei acima do que os dois tercetos extraídos do poema Prelúdio, de Bernardo Guimarães, que transcrevo abaixo:
“Quando o presente corre árido e triste/E no céu do porvir pairam sinistras/As nuvens da incerteza, Só no passado doce abrigo achamos/E nos apraz fitar saudosos olhos
Na senda decorrida”.
O presente texto faz parte do meu primeiro livro intitulado REFLEXÕES TECIDAS EM PALAVRA, editado pela Amazon, tanto digital como impresso.
O passado, por vezes, se torna um fardo pesado demais para carregarmos. As memórias, as experiências, os erros e as mágoas podem nos manter aprisionados em uma realidade que já não nos pertence mais. É como se estivéssemos constantemente olhando para trás, presos em um ciclo vicioso que nos impede de avançar.
Para alcançar a plenitude, é necessário deixar para trás as amarras que nos prendem ao passado. É preciso coragem para confrontar nossos medos, nossos hábitos e nossas crenças limitantes. É preciso se reinventar.
Aventure-se a olhar para a frente, para além dos horizontes já conhecidos. Permita-se explorar as possibilidades que estão à sua volta, sem medo de falhar ou de se decepcionar.
Traçar novos sonhos é desbravar territórios desconhecidos. É como colocar uma tela em branco diante de si e começar a pintar uma nova história. É ter a liberdade de moldar o seu destino, de construir cada detalhe da sua trajetória.
Não se engane, no entanto, o caminho para a realização pessoal não é fácil. Cada novo desafio que se apresenta é uma chance de aprender, de crescer e de ganhar mais experiência. Mas também é uma oportunidade de nos fortalecermos, de nos prepararmos para os desafios futuros.
Não tema deixar para trás os apegos ao passado. Não permita que eles lhe impeçam de trilhar um novo caminho, repleto de realizações e felicidade. Abrace a oportunidade de se reinventar, de se superar e de alcançar o que realmente importa para você.
Lembre-se de que a vida é curta e valiosa demais para ser desperdiçada remoendo o passado. Desamarre-se das amarras que lhe aprisionam e siga em frente com leveza e determinação. O futuro está ao seu alcance, esperando por seus sonhos e suas conquistas.
- Edna Andrade
Memórias do Eterno Navegar
Entre sombras e luz, o coração palpita,
Velhas memórias, ao vento, sussurram canções,
Nas veredas da mente, a história se agita,
Entre os passados e futuros, cruzam-se paixões.
Dentro de mim, um eco antigo chora,
Resquícios de um tempo que se foi,
E na melodia do que em mim ecoa,
Sinto o doce e o amargo, o tudo e o depois.
Sou um barco à deriva, sem destino,
Nas ondas da vida, doce e amarga sina,
No sabor das palavras, encontro abrigo,
Uma pausa do mundo, uma rima divina.
Neste vasto mar de sonhos e de espaços,
Sou o que fui, o que serei, em laços,
Mas aqui, no presente em que abraço,
Sou a melodia, a rima, em confusos compassos.
Tudo o que vivemos está guardado em nossas memórias, mas quando a memória falhar, como lembraremos de nós? O que somos um para o outro está em nossas almas, então, quando não pudermos mais lembrar sentiremos, pois o sentir é eterno.
Agradeço por ter tido a oportunidade de te conhecer, por ter tido bons momentos e boas memórias com você!
Agradeço pela oportunidade que foi me dada, de crescer ao seu lado, de poder ter sentido o seu carinho e o seu amor que me foi dado. Pois através desses momentos que me foi dado com você, me fez ter a percepção de um mundo melhor cheio de amor.
Agradeço por você ter existido, mesmo que por um momento em minha existência, mas foram momentos que me proporcionaram vibrações de paz, amor e felicidade!
Hoje, você vive em minhas lembranças e em meu coração! E agradeço imensamente por ter tido a oportunidade desses pequenos momentos que significaram muito em minha vida como um todo! Gratidão por todos os momentos bons vividos com você!
Você se foi, mas sempre viverá em meu coração! Te amo eternamente!❤️
Metafisicamente
Tenho uma lembrança de todas as memórias que esqueci há pouco.
O absoluto da vida que me foi exposto; hoje, não significa nada.
Se eu pudesse ver além do horizonte: - Talvez fosse feliz.
Talvez pudesse ter evitado todos os erros da minha vida.
Mas se assim o fosse, que gozo teria?
Metafisicamente estou a viver do impossível.
O dispensável em mim é o irrealizável nos outros.
Assisto a vida como a uma possibilidade.
Tenho olhos algures! No futuro e avante!
Sempre em frente e jamais a desviar o meu olhar.
Estou firme e justo, forte e bruto. – Fiz-me assim.
Quem se esquece do que tem, começa a lembrar do que jamais teve.
O que não nos completa: É carência! – Até mesmo a falta dela.
Obstinado, quero somente aquilo que é hodierno!
Não me apeteço em solidões.
– Marchar, marchar, marchar. Eu nunca estou parado!
Eu e a minha senil consciência!
Inquietada pelos fatos e robusta a progredir.