Memórias
"Que seja leve, e nas palavras encontre um mundo seu, não penso em felicidade, mas acredito que, em algum momento, houve reciprocidade, entre o tempo e a vida, causando uma grande onda, um evento de ousadia, que agora são meus tesouros, memórias minhas... Segredos e sagrados".
Fui descalçar as botas, que estavam apertadas. Uma vez aliviado, respirei à larga, e deitei-me a fio comprido, enquanto os pés, e todo eu atrás deles, entrávamos numa relativa bem-aventurança. Então considerei que as botas apertadas são uma das maiores venturas da Terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar. Mortifica os pés, desgraçado, desmortifica-os depois, e aí tens a felicidade barata, ao sabor dos sapateiros e de Epicuro. [...] Inferi eu que a vida é o mais engenhoso dos fenômenos, porque só aguça a fome, com o fim de deparar a ocasião de comer, e não inventou os calos, senão porque eles aperfeiçoam a felicidade terrestre. Em verdade vos digo que toda a sabedoria humana não vale um par de botas curtas.
-Alô
-É da policia?
-Sim, qual é emergência?
-Moça, tem uma garota perto de mim, ela chora muito, seu cabelo está bagunçado, sua roupas está toda rasgada, seu corpo está molhado de lagrimas e sangue.
-Mas a onde você tá?
-Oh moça, ela não aguenta mais, sua rotina é todo dia assim. Todo dia é uma luta enorme com seus pensamentos. Quando anoitece ela sai para o lado mais deserto da cidade, deita no meio das folhas secas, somente ela e seus pensamentos luta naquela imensa escuridão. Ela tem apenas 17 anos, só 17, mais foi forte o suficiente durante todos esses anos, ela só queria ser forte pelo menos mais uma vez
-MOÇA POR FAVOR ONDE VOÇE…
-O Moçaa já é tarde, ela já amarrou a corda no pescoço, ela já não tem mais nada a dizer. valeu por me ouvir pelo menos 2 min antes de eu ir.
-Adeus!
tu,tu,tu tu,tu...
Não importa o quanto eu ignore, o quanto eu fuja, o quanto eu finja que nada aconteceu, perace que o passado sempre acha uma forma de me encontrar, uma forma de se esgueirar pela minha vida, jogar tudo pro alto novamente, e me fazer virar noites pensando no que eu poderia ter feito de diferente.
Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro.
Vocês tiraram alguém de mim. Alguém com quem me importo muito. Então agora vou tirar seu conhecimento, suas memórias, sua existência e deixá-lo inerte e indefeso, preso na escuridão eterna da sua própria mente.
Tenho um carretel de memórias afetivas e sempre que possível, solto a linha para que elas possam voar livremente no céu como uma dança, inspirando-me. Ainda sou o menino que fazia pipas.
Construiremos caminhos nas memorias cultivadas, por aqueles que buscam sempre novos horizontes. Reinaldo Vasconcelos
Era assim que os momentos inesquecíveis começavam a cavar ranhuras em nossas memórias para se agarrar às entranhas de nossos cérebros, petrificando os neurônios e gravando neles, como hieróglifos, as mais marcantes e vívidas recordações.
A noite passada tive um sonho, um sonho especial.
Minhas memórias voltaram há tempos, verdadeiramente atrás, atrás de uma árvore frondosa em um fim de tarde onde a luz do sol era dourada, quase um laranja luminoso. Depois de um passeio entre flores e pássaros, deitamos por trás daquela linda árvore. Nossas cabeças sob aquela grande e forte raiz centenária. Soprava uma suave brisa, que batia em teus cabelos e os deixavam dançando em direção a meu rosto. Ali deitados, olhávamos as folhas das árvores balançando ao vento, e olhávamos um para o outro.
Era um lugar de paz, pois eu acho paz em teu sorriso, voz e olhar.
Ali perto tinham frutas, mas preferi desfrutar do doce sabor de teus lábios.
Minhas mãos te tocavam tua pele arrepiada pelo toque que recebia e pelo jeito bobo que eu te olhava. Nossos corpos ainda puros estavam preparados para ser um do outro, ou melhor, para ser um só.
Por perto não havia ninguém, a não ser nós dois e todo o nosso amor pronto a ser celebrado. Queria que o tempo parasse, que aquele momento fosse o paraíso da minha eternidade. Mas, em um piscar de olhos, descobri-me acordado. Percebi que não era um sonho, era a lembrança do passado. Era o tempo e o lugar onde eu queria para sempre ficar. Era ali no lugar de paz, cheio de árvores, flores, pássaros e nosso amor. É lá onde minha alma deseja está.
Poesia(INFÂNCIA)
Infância maravilhosa
Com amigos que ficaram nas memórias
Era tudo lindo e muitas glórias
Poxa que saudades das brincadeiras, sorrisos, amigos incríveis
Impossível não lembrar, do jogo na pista, pique - esconde, bila, entre outras, lembranças inesquecíveis
Está sendo inevítavel segurar as lágrimas, tentarei impedir de cair
Éramos apenas crianças, só pensavamos em divertir
Fomos crescendo e vivenciando um mundo cheio cheio maldade
Só queriamos ter paz, amor e liberdade
Mas cada um foi construíndo pensamentos diferentes
Conto essa história com todos meus sentimentos
Alguns se perdendo nas drogas, uns no cadeado e outros papai do céu levou
Como é triste ver, que tudo se acabou.