Memórias
Tudo o que nasce morre
Apagam-se da minha mente memórias.
O caminho sinuoso à minha frente vai deixando o presente para trás.
Na dor do momento tudo o que nasce... morre.
Uma lágrima corre.
Enquanto uma onda vem... outra vai.
Abismo profundo onde toda esperança cai.
Equilibro-me no fio da vida.
Sei por onde entrei...
Não me dizem onde e quando vou encontrar a saída.
Sigo o caminho sinuoso aos meus pés.
Era... agora já mais é.
E fim.
Hoje consigo entender o porque de sermos tão apegados as memórias...
Independente de qualquer coisa, as memórias nunca mudam, mesmo que as pessoas que as construiram tenham mudado.
Memórias de um sentimento em transe
Te lembras do dia em que escarrou a desesperança em minha cara?
Te lembras do dia em que me estapeou a cara com sua falta de empatia?
Te lembras do dia em que derramou o amargo de seu rancor sobre minha cabeça?
Te lembras de quando socava minha boca toda vez que eu gritava 'eu te amo' ?
Lembra-te da perversão de sua língua, quando esta atirou palavras pra assassinar o que ainda havia dentro de mim? Eu lembro.
O amor não é lindo. O amor dói, corrói, destrói. O amor é como o câncer que consome o meu pâncreas. O amor é escuro e fétido como um sumidouro raso. O amor é sujo e usurpador, como a terra que há de sorver minha carne e meus ossos.
O amor é estúpido, imoral, mordaz. O amor é vão, breve, voraz. O amor é o prato que não se serve na saga humana do escárnio.
O amor é a arte do contentamento em face do desencanto. O amor é assunção da decadência, conjugação do esquecimento.
Eu lembro, tu lembras. Eu esqueço, te esqueço.
Vão sentimento. Em transe.
Alma que não morre por trazer as memórias que habitam o ser de corpo e visceras, em suas metáforicas pronúncias diz sempre de sua plena existência cognitiva.
Viajo em pensamentos, com memórias de um passado que se tornou ausente, deixando de viver o presente pois nada mais o deixa contente e vive com a ansiedade do que o futuro lhe resguarda, quem sabe encontrar novamente sua amada?
Tesouros no fundo do mar
Naveguei em algumas memorias e vi o que era confidencial brilhando no fundo do mar,
fui de encontro aquela caixa de surpresas bem guardadas a tempos e me deparei com um passado tão belo ao abri-la,
resgatei muito daquela época e prendi a respiração, agora estou emergindo borbulhando pensamentos novos e carregando um tesouro para o presente.
Suas memórias sempre serão recheadas de coisas boas e ruins, mais cabe a você decidir as quais são melhores para o seu viver.
Das memórias ... confesso o dia em que vivi ...
Confesso que nos dias mais amargos saboreei as mais diversas degustações da vida ...
Confesso que em meus momentos mais solitários encontrei alguém em mim ...
Confesso que nas penumbras do silêncio, ouvi minha alma em luta ...
Confesso que nos dias de inverno, minha pele se aquecia das intempéries do acaso que busquei ...
Confesso que nas longas madrugadas escuras, a chama da memória me iluminou as horas fio a fio ...
Confesso que ao amanhecer o sol era o quebranto das ilusões que não mais me submeti ...
Confesso que o tilintar dos sinos me fez olhar o restante do sol poente ...
Confesso que aspirei as sobras da vida ...
Confesso que amei todos os finais ...
Confesso que me apaixonei a cada recomeço ...
Confesso que me desesperei a cada partida minha ... e entendi
Que foi confessando sobre o eco que pertuba minha infinita calma os dias em que mais vivi em mim ...
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A morte é uma coisa estranha. Num instante você está vivo, rejuvenescendo células, criando memórias e interagindo com o mundo ao redor. E num piscar de olhos, seu coração para. Seus órgãos, seu sangue, tudo para, e começa a se decompor.
- O Poeta, a caneta e o papel -
Estranha relação,
dificil; impiedosa
cheia de memórias; silêncios
como os espinhos de uma rosa.
Coisas por dizer
nunca por sentir
dificeis de esquecer
que fazem desistir.
O Poeta decadente
a caneta gasta; triste
o papel roto de existir
a Alma morta ... persiste.
Impera a solidão
a distância e o vazio
e sofre um coração
jaz morto sobre o rio.
Reencontro de Saudades
Nas memórias, o tempo se desfaz,
A nostalgia de revê algo que gostamos.
Entre saudades, o coração jaz,
Num reencontro, sonhos reavivamos.
Memórias
Em cada lembrança nossa, sempre há aquela parte em que lembro o quanto fui feliz ao seu lado e o quanto te amei.
Hoje sou o que sou graças ao seu amor
Meu amante, meu amante da noite, foi a noite onde nossos beijos quentes aconteceram
E então nossos corpos se uniram e nossas almas se conectaram assim
Sentimos a energia um do outro, gostaria de saber se você ainda pensa em mim...
Nas profundezas da mente, as memórias efêmeras criam conexões, onde, com o deteriorar do tempo, tendem a quebrar e serem substituídas por novas informações, desfazendo as anteriores e encerrando aquelas que poderiam ser importantes, ao mesmo tempo que as histórias podem ser construídas ou erradicadas.
Memórias são tesouros que nos instruem, e só são preciosos tesouros porque não podem mais ser vividos; passaram por nós e sepultaram-se nos mausoléus de nossa mente. Às vezes queremos visitá-los, embora saibamos que nada ali possa ser mudado!
O cheiro de laquê no meu cabelo
a fadiga satisfatória do meu corpo inteiro
Memórias que me fascinam
que me envergonham
me ensinam
O cheiro das luzes ao som da fumaça
e lembrança que passa
que voou.
Do empenho e da rotina de quem, legitimamente
constante e sorridente
se preparou.
A felicidade estampada
a criança com sincera risada
e a descrença, velada, superada
da força que revela sem ter mentido
sem ter mentido em nada.
A abundância que cresce
a coisa toda que, como um filme, se esvanece
numa confusão tão tranquila
pra quem sempre e nunca pronta
já se apronta na fila.
A satisfação, a crítica;
mas um amor tão sincero por toda a mística
de quem misteriosamente e sem saber por que
vive assim, sem querer
de maneira tão doce, às vezes tão cítrica,
a imensidão que só há numa vida artística.
O poeta que fez da cachaça sua inspiração
Tem em seu copo vazio a certeza de muitas memórias
Sejam elas tristonhas, alegres, inventadas ou verdadeiras
Mas acompanhadas sempre da Cachaça Nogueira
À medida que se esvazia o copo
E a franqueza toma conta da conversa sobre a mesa
Revela-se feridas do passado, seus medos e suas incertezas
E sobre a mesa já se foi assim, meia garrafa de Cachaça Nogueira
Não há pressa em ir embora
E junto aos novos e velhos amigos, ouvindo e compartilhando histórias
Percebe-se que de garrafa vazia e mesa cheia
É hora de pedir ao garçom: - Traz mais uma garrafa de Cachaça Nogueira!
E a cada letra cantada uma recordação que faz partir o coração
E logo o violão decide fazer parte da conversa
Ouvindo músicas de Fagner, Belchior e João Bandeira
Me fazendo tomar mais uma dose de Cachaça Nogueira.
E como o pedido final, um brinde ao nosso encontro
É hora da despedida, mas o meu pedido em meio a essa tristeza
É que nunca nos falte na mesa de bar: Amigos e Cachaça Nogueira.